RESUMOO crescimento urbano acelerado e a ocupação desordenada do solo podem influenciar negativamente no microclima. Dessa forma a vegetação é um importante instrumento no auxílio para o provimento de um ambiente termicamente mais agradável. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto de alguns diferentes tipos de distribuição de vegetação inseridos no meio urbano em relação ao conforto térmico. Foi considerado um trecho urbano, tipologicamente similar na cidade de Vitória (ES), localizado nos bairros Jardim da Penha e Mata da Praia. Para as medições, foram selecionados quatro pontos de amostragem distribuídos retilineamente a partir do Parque Pedra da Cebola. Foram medidas as variáveis climáticas temperatura, umidade e velocidade do vento, realizadas simultaneamente durante três horas ininterruptas no verão, considerando horários de maior incidência solar do dia. Os dados encontrados nas medições permitiram constatar a influência da vegetação como um forte condicionante para o conforto térmico. Verificou-se que a influência térmica da vegetação concentrada no Parque ocorre apenas no entorno imediato no que diz respeito à temperatura, no entanto, em relação à umidade, o raio de interferência é maior. A vegetação distribuída apresenta resultados mais satisfatórios em relação à temperatura, quando comparado à sua disposição concentrada, concluindo-se que embora os parques urbanos exerçam influência no conforto do entorno imediato, a distribuição da vegetação na malha urbana tende a trazer melhores resultados. PALAVRAS-CHAVE:Vegetação urbana. Clima urbano. Conforto térmico.
A ocupação das áreas urbanas e grandes centros tem se tornado intensa nas últimas décadas, fazendo com que ocorra interferências no meio natural através de ações antrópicas, podendo provocar a modificação do balanço de energia. O conforto térmico se apresenta como uma condição para expressar o grau de satisfação dos indivíduos em um determinado ambiente, compreendido pelos fatores naturais e pessoais. Nesse sentido, este estudo tem o objetivo de analisar o conforto térmico da área de estudo, localizada no perímetro urbano do município de Viçosa-MG, na Zona da Mata Mineira, no ano de 2014, por ser considerado um ano em que a precipitação média anual foi muito abaixo da normalidade. O índice de Temperatura Efetiva (TE), como proposto por Missenard (1948), foi estimado através das médias de temperatura do ar e umidade relativa do ar, procurando identificar e justificar os valores que se encontraram nas zonas de classificação de desconforto térmico. Os resultados mostraram que na maior parte do ano de 2014 a cidade de Viçosa ficou classificada com sensações de desconforto térmico para o frio, chegando a atingir valores próximos de 13°C. No entanto foi verificado que o ano de 2014 não apresentou um maior desconforto tendo em vista que os valores de umidade não ficaram tão abaixo do habitual.
O crescimento das cidades tem causado uma maior aglomeração humana que, requerendo mais moradia e desenvolvendo o processo de urbanização, pode agravar problemas relacionados ao clima urbano e, assim sendo, ao conforto térmico. Todavia, a avaliação da sensação térmica da população deve ser cautelosa, avaliando a situação climática local pois, alguns índices podem não ser apropriados para algumas cidades, criando a falsa impressão de conforto/desconforto. Nesse sentido, a presente pesquisa buscou apresentar os resultados da comparação de quatro índices de conforto térmico para cidade de Viçosa, MG, sendo: a) Índice de Desconforto Térmico de Thom (IDT), b) Índice de Temperatura e Umidade (ITU), c) Temperatura Efetiva (TE) e d) Temperatura Efetiva em função do vento (TEv), para o ano de 2014, escolhido pelo por ter sido o mais seco da série histórica da Estação Meteorológica (1968-2019), caracterizando uma situação singular. Os resultados obtidos indicaram que o IDT e o ITU não retratam o desconforto em relação ao frio durante a estação seca e o TEv mascara a sensação de conforto durante a estação chuvosa considerando a velocidade do vento em sua equação. Assim sendo, o TE foi o índice que representou mais adequadamente as condições de conforto nessa análise.
A conformação do espaço urbano apresenta grande influência no microclima local e, consequentemente, no conforto térmico da população. As transformações do ambiente urbano ocasionam alterações da superfície natural, assim como do albedo e do balanço da radiação, gerando grandes impactos para o meio. O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução das condições de conforto térmico da cidade de Vitória, ES, relacionando o comportamento do clima e a evolução urbana, a partir das médias mensais das normais climatológicas do banco de dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) abrangendo no total o período de 1931 a 2010. Para essa avaliação foi definido o índice de Temperatura Efetiva (TE) utilizando para o cálculo da sensação térmica as variáveis temperatura e umidade relativa do ar. Os resultados mostraram que ao longo dos anos, com o avanço da urbanização, tanto a temperatura do ar está aumentando quanto, consequentemente, a sensação de desconforto térmico, demandando um maior esforço do sistema termorregulador da população para preservar a temperatura interna do corpo. A temperatura aumentou 0,6°C em média entre os períodos, chegando a uma máxima de 1,6°C de diferença no mês de abril comparando os períodos de 1931-1960 e 1981-2010 e, como resultado, ocasionando uma variação na sensação de conforto de 1,3°C.
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