Definir o espaço-escola é difícil. Todas as suas espacialidades atribuem-lhe um caráter contraditório, tanto quanto os atributos que caracterizam o espaço geográfico. Neste trabalho, acatando às múltiplas facetas que a escola apresenta, concebemo-la enquanto um reflexo ativo (produto e produtor) da sociedade. Indissociável a esta realidade, o ensino de geografia se (re)configura no espaço-tempo de acordo com os ordenamentos sociais vigentes. Na contemporaneidade, o ensino de geografia se vê marcado pela emergência de debater temáticas arredadas por um passado não tão distante. Tomando como objetivo refletir aceca dos estorvos a que a educação geográfica construíra espacialmente ao longo dos anos, o presente trabalho faz um recorte a fim de compreender as (im)possibilidades de dialogar com as tão polêmicas questões de gênero. A problemática se configura à medida em que desvelamos que o ensino atual está arraigado às amarras de seu tradicionalismo. Espera-se, aqui, contribuir com a (auto)crítica necessária à dimensão concreta da educação geográfica, a fim de (des)construir e analisar a viabilidade de novos itinerários.
A Educação 5.0 se caracteriza como uma nova proposta educacional disposta a unir as diversas aplicações que as tecnologias oferecem ao ensino, a formação para o mercado de trabalho aliados ao bem-estar dos indivíduos e a construção de uma consciência socioambiental individual, coletiva e integradora. Pensar em um avanço educacional é também pensar um processo que engloba o direito universal à educação de qualidade, pautada na cidadania e autonomia dos estudantes perante os avanços tecnológicos e seus reflexos no tempo e espaço. O presente trabalho constrói relações entre os encaminhamentos presentes na BNCC, a formação de professores e as suas decorrências, vide a complexidade de um sistema educacional fundado sob a égide do sistema capitalista. Encaramos o desafio de desenvolver reflexões sobre repensar o ensino de geografia, tal que seja capaz de se conectar com as múltiplas vivências dos sujeitos escolares - muitas dessas negligenciadas por séculos, consolidando formas de educar mais acessíveis e menos reprodutoras de desigualdades. Desta maneira, a reflexão acerca dos paradigmas que a sociedade enfrenta em tempos de uma modernidade líquida, em que o poder, o direito e a verdade ditam o rumo da educação idealizada nos documentos oficiais, revelam a real face de como o educar para os direitos humanos é uma realidade que necessita de planejamento tanto quanto de engajamento de todas as instâncias que tangem à sua realização.
O objetivo do presente trabalho é refletir sobre a formação do docente universitário dos cursos de licenciatura, visando perceber se a prática desse docente corresponde às exigências do mundo contemporâneo em face da legislação brasileira. O foco principal de nossa investigação é a produção e a mobilização de saberes da experiência na prática docente. Considero como saber da experiência aquele saber oriundo de vivências, sejam pessoais ou profissionais, que o professor mobiliza na sala de aula, os saberes do saber-fazer. Nesse contexto, tomamos inicialmente como categorias de análise o trabalho docente, a formação docente, a epistemologia da prática que permitem focalizar as relações dos professores com os saberes que dominam para poder ensinar e aqueles que ensinam. Para primeira trilha percorrida na investigação, utilizou-se, uma abordagem qualitativa por acreditar que o uso desta análise permite estabelecer conclusões mais significativas, a partir dos dados coletados, bem como da observação direta, in locus, dos sujeitos envolvidos na pesquisa. Os resultados da pesquisa possibilitam afirmar que grande parte dos docentes não possui uma formação pedagógica adequada que atenda as exigências da contemporaneidade. Essa carência pedagógica tem refletido diretamente no cotidiano da sala de aula.
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