A dengue tem se constituído como uma epidemia no final do século XX e início do XXI, cujo aumento de casos está associado a aspectos socioambientais. A complexidade da doença se intensifica na globalização, com os fluxos populacionais e a densidade populacional. A escola se destaca como espaço de educação formal e de prevenção da dengue no qual as práticas educativas podem ser continuadas e contextualizadas com os problemas locais. O objetivo do artigo é refletir sobre o ensino do tema dengue na educação básica e apresentar uma proposta interdisciplinar e/ou transversal de ensino da temática com enfoque da Geografia da Saúde. Utilizou-se a metodologia da Sequência Didática proposta por Zabala (1998). Na proposta apresentada para o ensino de geografia os conteúdos previstos nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia do Ensino Fundamental e Médio (BRASIL, 1998), a temática da dengue pode ser contemplada, nos tópicos: fluxos populacionais, as alterações climáticas no meio urbano, a desigualdade social, urbanização e degradação ambiental. Destaca-se a necessidade de incluir esse assunto no planejamento pedagógico das escolas e a importância da elaboração de mais pesquisas que considerem o ensino da doença não somente na disciplina de geografia, mas também na integração com as demais áreas do conhecimento.
RESUMO PASTORIZA, Taís Buch. Estudantes com deficiência na educação superior: estudo do perfil e do ingresso via Prouni 2020. 221f. Tese (Doutorado em Educação)-Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, 2020. Versão corrigida. O Programa Universidade para Todos (Prouni) consiste na concessão, pelo governo federal, de bolsas de estudos a estudantes com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio, no caso das bolsas integrais, e de até três salários mínimos para bolsas parciais em cursos de graduação por instituições privadas de educação superior, que, em contrapartida, recebem isenções fiscais. As bolsas são destinadas aos candidatos egressos de escola pública ou ex-bolsistas integrais de escolas privadas, com desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio superior a 450 pontos e que não tenham obtido nota zero na redação. Para aqueles que atendem esses critérios, há possibilidade de ingresso por ampla concorrência ou por reserva de vagas, nesse último caso apenas aos autodeclarados pretos ou pardos, aos professores da rede pública de ensino não formados e a pessoas com deficiência (BRASIL, 2005a). Considerando que o Prouni tem sido uma via de acesso à educação superior por pessoas com deficiência, o objetivo geral desta pesquisa é identificar e traçar o perfil dos estudantes com deficiência bolsistas do Prouni, a partir das categorias deficiência, sexo e cor/raça, no período de 2011 a 2016. E os objetivos específicos são: verificar se, no período analisado, houve crescimento do número de estudantes com deficiência com bolsa do Prouni; identificar e analisar os cursos acessados por bolsistas do Prouni com deficiência, bem como as diferenças de acesso por sexo e por modalidade de bolsa concedida: integral ou parcial. A pesquisa, de abordagem quanti-qualitativa, se caracteriza como descritivo-analítica. Os procedimentos metodológicos utilizados no levantamento e análise dos dados foram a extração de microdados de matrículas do Censo da Educação Superior, de 2011 a 2016, com uso do software SPSS, análise das frequências (absoluta e relativa), com a organização dos dados em gráficos e tabelas. Para análise dos dados foram utilizadas as referências: Ricoldi e Artes (2016), Artes e Ricoldi (2016) e Barreto (2012). Os resultados apontam para um crescimento de matrículas de estudantes com deficiência bolsistas do Prouni, entre 2011 e 2016, e que esse ingresso ocorreu predominantemente via ampla concorrência e não por reserva de vagas. Dentre as modalidades de bolsas concedidas, a prevalência recaiu nas bolsas integrais. Quanto às categorias de deficiência dos estudantes, o predomínio foi da deficiência física, deficiência visual e deficiência auditiva, nessa ordem, que juntas somaram 96% das bolsas. Sobre o sexo de estudantes com bolsa integral, o predomínio foi do sexo masculino, enquanto nas bolsas parciais foi o feminino. Relativo à cor/raça, os autodeclarados brancos foram majoritários. Os cursos que mais concentraram essas bolsas foram Direito, Administração, Engenharia e Pedagogia. Na Engenhari...
A matrícula de pessoas com deficiência nas escolas regulares em diferentes etapas tem crescido nos últimos anos e com isso também as pesquisas na interface da educação especial com as outras áreas do conhecimento. O objetivo deste estudo foi analisar a produção de pesquisas sobre ensino de geografia para pessoas com deficiência, com foco na visual, bem como analisar os temas pesquisados e as Instituições de Ensino Superior onde as pesquisas se realizaram com vistas a apontar os desafios e as possibilidades para futuros trabalhos. O referencial teórico sobre análise de produção científica pautou-se em Bueno (2010) e Silva e Gamboa (2011). O levantamento da produção foi realizado no banco de teses da Capes, e os descritores utilizados foram: inclusão, deficiência, cegueira e ensino de geografia. Os resultados dessa análise mostram que a escolarização das pessoas com deficiência tem sido um tema em crescimento nas pesquisas dos últimos anos, mas que o enfoque das pesquisas está nas metodologias de ensino. Também há uma indicação para uma possível diversificação nas deficiências estudadas e nas Instituições de Ensino Superior.
A demanda por atendimento educacional especializado e por recursos adaptados na escola regular especialmente a partir da Constituição de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, impõe desafios aos professores para garantir oportunidades equivalentes de ensino e aprendizagem aos alunos com e sem deficiência, de forma que o mesmo conteúdo seja aprendido por ambos. O objetivo do artigo é descrever e discutir uma possibilidade de estratégia de intervenção pedagógica realizada no 5º ano do ensino fundamental I em que há uma aluna cega matriculada na rede pública municipal de ensino. A atividade aplicada pela professora regente da sala em conjunto com a pesquisadora envolveu o coletivo da sala e condizem com os fundamentos da Pedagogia Histórico-Crítica e da Psicologia histórico-cultural em relação à interação social da pessoa com cegueira e da mediação cultural para aprendizagem de conceitos escolares. Durante a aula foram desenvolvidas e mobilizadas atitudes de colaboração, atenção, concentração, abstração e generalização para construção do conceito/fenômeno do ciclo da água pelos alunos. Os resultados do artigo indicam a importância da mediação do professor estabelecida no jogo para mobilizar a interação entre as crianças para a aprendizagem de conceitos científicos como o ciclo da água e a formação do rio. Antes do jogo, os alunos concebiam de forma linear e superficial a formação do rio e o ciclo da água, a maioria ancorada em conceitos advindos do senso comum. Após a atividade, muitas dúvidas foram esclarecidas e a maioria dos alunos avançou de uma visão sincrética à sintética, ou seja, conseguiram compreender a dinâmica do rio de forma concreta e apreendida em sua totalidade, não mais fragmentada como no início.
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