A partir da literatura acerca da ordem liberal internacional, buscou-se, no presente trabalho, contribuir com o debate da existência (ou não) de uma crise na referida ordem -aqui tomada enquanto uma crise da própria legitimidade da liderança estadunidense. Assim, perpassando por temáticas como ascensão de novas potências, o fortalecimento de movimentos populistas, nacionalistas e anti-globalistas e as contestações que ameaçam a hegemonia estadunidense, pretendeu-se investigar a posição norte-americana na ordem internacional em um evento específico: a 9ª Cúpula das Américas. A partir de revisão bibliográfica, com o objetivo de identificar no caso escolhido o fenômeno observado pela teoria, investigou-se a atuação da Organização dos Estados Americanos (OEA) e sua aderência aos interesses dos Estados Unidos na definição da promoção da democracia liberal -nos moldes norte-americanosenquanto uma de suas funções e objetivos fundamentais. Da análise da referida Organização Internacional e, mais especificamente, do evento da Cúpula das Américas sediado nos EUA em 2022, fez-se possível identificar elementos da denominada crise da ordem liberal, entendida como uma crise de legitimidade no exercício da liderança estadunidense. A crise de legitimidade, no presente trabalho, passa a ser observada quando analisados os discursos de países latinos que questionam e se opõem à maneira com a qual a liderança estadunidense é exercida no âmbito da OEA -e as contradições existentes na retórica e prática dos EUA ao redor dos valores liberais que se afirma defender e, principalmente, das atitudes impositivas e excludentes de promoção da democracia.
Resumo: As mídias sociais têm sido cada vez mais utilizadas como fonte de informações políticas nas democracias atuais. Por esse motivo, com base na abordagem minimalista e procedimental da teoria democrática, alicerçada nas contribuições de Przeworski (1999), Schumpeter (1961 e Dahl (2005), este artigo desenvolve uma revisão bibliográfica que objetiva analisar o impacto político das mídias sociais no contexto das campanhas eleitorais e no governo de Donald Trump (2016 -2020) nos EUA. Com análise bibliográfica de notícias, artigos científicos e bases de dados, foi possível inferir o uso amplo, consciente, e estratégico, por Trump e sua equipe de governo, das mídias sociais, como instrumento de disseminação de informações de teor político, falsas e/ou alienantes, interferindo na capacidade de formulação de preferências políticas de forma livre, elemento empregado por Dahl como uma das condições necessárias para o alcance da democracia plena. O uso antidemocrático das mídias sociais para mobilizar sua base eleitoral durante o governo culminou, em 2021, na invasão do Capitólio, centro legislativo do país, motivada pelo próprio então presidente, o que representou uma histórica não aceitação da alternância de poderes e ataque à democracia estadunidense.
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