A tuberculose bovina é uma enfermidade infecciosa de ocorrência mundial. O teste intradérmico é o método padrão para seu diagnóstico da tuberculose, embora possa carecer de sensibilidade e especificidade. O presente estudo teve como objetivo avaliar diferentes métodos complementares para o diagnóstico da tuberculose bovina incluindo os exames macroscópicos de tecidos, histopatológico, bacteriológico e ELISA. Um total de 97 bovinos reagentes à prova de tuberculinização foi testado, e amostras de tecidos e soro foram colhidas no momento do abate. Do total de bovinos examinados, 70 (72,16%) apresentaram lesão macroscópica sugestiva de tuberculose. Na avaliação histopatológica, 63 animais (64,95%) apresentaram lesão granulomatosa característica. Assim, a histopatologia concordou com a avaliação macroscópica em 92,78% das amostras. Em 47 (48,45%) amostras foram visualizados Bacilos Álcool Ácido Resistentes (BAAR), todas positivas à histopatologia ou à avaliação macroscópica. Com relação à cultura bacteriológica, foram isolados Mycobacterium bovis em apenas 11 amostras (11,34%). Quanto ao desempenho do teste de ELISA, 33 (34,02%) soros foram reativos. O exame macroscópico detalhado associado ao exame histopatológico, devido à sua alta especificidade, são recomendados como ferramentas complementares e podem ser utilizados para confirmar os casos duvidosos no abatedouro.
Foram examinadas 351 amostras de soros sangüíneos de matrizes de suínos oriundos de 18 propriedades de exploração intensiva localizadas em dez municípios do estado do Rio de Janeiro. O teste sorológico foi realizado pela técnica de soroaglutinação microscópica (MAT) utilizando-se antígenos vivos dos serovares pomona, wolffi, bratislava, hardjo, tarassovi, copenhageni, icterohaemorrhagiae e bataviae. Foram observadas 232 (66,09%) reações positivas. Das 18 propriedades examinadas, 16 (88,89%) apresentaram índices de reatividade. O serovar ictetohaemorrhagiae apresentou o maior percentual de observações com 28,48% de ocorrências, seguido de pomona com 11 ,97%, copenhageni 9,69%, tarassovi com 6,55%, hardjo com 4,56%, bratis/ava com 2,56% e wolffi, com 2,28%. Reações para o serovar bataviae não foram evidenciadas em nenhuma propriedade pesquisada. As provas sorológicas demonstram a alta ocorrência de sororreatividade para leptospiras nas propriedades, com alteração na freqüência de serovares anteriormente descritos como os prevalentes na suinocultura.
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