O presente texto analisa as diferentes concepções de cultura, em seus elementos objetivos e subjetivos. Ela pode ser compreendida como objetivação das necessidades humanas externalizadas no trabalho e como subjetivação e compreensão do mundo simbólico constituído no campo ideológico. O texto ressalta ainda que a cultura se constitui não apenas enquanto trabalho ou reposição das necessidades humanas por meio dos produtos materiais gerados pelo trabalho, mas também enquanto símbolos, regras, valores, ações, modo de ser e de ver o mundo.
Este estudo analisa a memória e o arquivo como lugares de memória a partir de autores como Nora (1993), Winter (2006), Huyssen (1996), Freud (1997), que contribuíram com a noção de memória aliada ao processo de esquecimento e ao museu como instituição de memória. Analisa-se ainda, a memória pela via do arquivo, a dimensão documental que encerra o acervo e a dimensão do conceito de arquivo, qual seja, a noção de arquivo que se efetiva a partir do “mal de arquivo” (Mal d´archive) em Derrida (2001) e Roudinesco (2006) e do processo de arquivamento pelo qual passa a instituição museológica.
O presente trabalho consiste em um estudo sobre a socialização humana e a internalização da cultura, no qual, analisa-se os diferentes processos de socialização e as determinações sociais que os envolvem. Percebe-se que a socialização está mediada pela coerção das diferentes instituições sociais, bem como pela ideologia presente nestas instituições. Neste sentido, a compreensão da socialização humana passa pelo debate entre cultura e sociedade, pela influência desta sociedade nos processos de socialização e pelos determinantes históricos, sociais e simbólicos que envolvem os processos de socialização.
Este artigo evidencia e problematiza a necessidade e as dificuldades pedagógicas inerentes ao ensino de história local. Para além da defesa dos conteúdos acerca do local, defende-se o ensino da história local enquanto estratégia pedagógica para a formação da consciência histórica no ensino fundamental. Assim, discute-se a demandas curriculares por esse ensino relativo às questões históricas do local, a conceituação de história local, e as dificuldades encontradas para a concretização dessa proposta pedagógica.
As práticas pedagógicas e suas relações com os estudos de gêneros e sexualidades, quando tratadas no contexto escolar ou universitário, são constantemente elaboradas a partir de uma estabilidade, impedindo uma abordagem curiosa e lúdica. Considerando este aspecto, neste texto o objetivo é discutir algumas possibilidades curriculares para o ensino da temática, a partir de obras de arte de artistas mulheres contemporâneas em diálogo com referências bibliográficas da área. Propomos refletir, de modo multidisciplinar, como as obras de Rosana Paulino, Adriana Varejão podem vir a ser um interessante ponto de partida para refletir sobre os feminismos e a diversidade sexual, com todas as urgências destas temáticas, considerando a potencialidade crítica da arte.
A educação e a formação humana são questões que permeiam grande parte dos debates acadêmicos atualmente. A formação diz respeito a um indivíduo livre, consciente de si mesmo e de sua cultura, que atua na sociedade por meio dessa consciência e em coletividade. Para Adorno é preciso educar para ler imagens de forma crítica, educar para ver televisão, para confrontar-se com a mídia, com a propaganda, com o mundo na sociedade capitalista, absolutamente ideologizado. Ao se refletir sobre a ideologia contida na cultura e na arte compreende-se que na indústria cultural não há processo formativo, há semiformação. Somente um sujeito universal, autônomo, estaria livre da barbárie – é preciso buscar a condição humana, pois somente quando se instaura a condição humana se instaura a civilização, a cultura, a formação humana.
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