These results concur with recent literature proposing revision of the age-of-onset criterion for the diagnosis of ADHD.
Concepções dos cuidados em saúde mental por uma equipe de saúde da família, em perspectiva histórico-culturalThe concept of mental care of a family health team from a historical-cultural perspective
RESUMOEste artigo trata do trabalho em equipe de saúde objetivando compreender o papel do enfermeiro no exercício da coordenação de uma equipe na Estratégia Saúde da Família, em relação às competências e habilidades praticadas e desenvolvidas no seu cotidiano de trabalho e às dificuldades em exercer essa função de acordo com a percepção desses profissionais. Os dados, coletados por meio de grupo focal e submetidos à análise de conteúdo, evidenciaram cinco categorias temáticas: 1) o contexto da coordenação de equipes multiprofissionais na ESF; 2) fatores intervenientes no cotidiano do trabalho na ESF; 3) conflitos vividos na interface entre o trabalho em equipe e a coordenação central na ESF; 4) dificuldades da população diante do novo modelo de atenção coordenado pelo enfermeiro; e 5) a competência sentida no exercício da liderança em coordenar equipes multiprofissionais. Este estudo apontou a necessidade de criar espaços formais para discussão das principais dificuldades encontradas pelas enfermeiras coordenadoras de equipes multiprofissionais, como, por exemplo, a função de coordenar equipes multiprofissionais, a sobrecarga de trabalho, a sobreposição de tarefas e a falta de capacitação. Destacaram o conhecimento técnico e científico como uma competência importante entre outras competências vinculadas às práticas relacionais.Palavras-chave: Enfermagem. Programa Saúde da Família. Gerência. Liderança.
Este trabalho descreve a experiência de preparação de alunos do primeiro ano da Faculdade de Medicina de Botucatu-Unesp para as visitares domiciliares da disciplina Interação Universidade-Serviço-Comunidade. Docentes de Psicologia e Psiquiatria coordenaram a atividade, realizada com dois grupos de 45 alunos por meio da técnica de sociodrama, que inclui as etapas de aquecimento, dramatização e compartilhamento. Os principais temas trazidos pelos alunos nas dramatizações foram: a) briga e violência; b) miséria e carência; c) desapontamento e desinteresse; d) impotência e fracasso; e) rejeição e desconfiança. Assim, muitas situações temidas e emoções raramente abordadas nos cursos médicos puderam ser vivenciadas e elaboradas em poucas horas. Esta experiência reforça a necessidade de preparar o graduando para entrar em contato com os múltiplos e complexos determinantes do processo saúde-doença e para atuar no cuidado à saúde segundo uma perspectiva interdisciplinar e intersetorial. É fundamental que o aluno tenha uma visão ampliada do paciente inserido na sua família e contexto sociocultural, se dispondo a um trabalho de parceria, colaboração e mútuo aprendizado.
Parte-se do interesse dispensado contemporaneamente às articulações entre saúde mental e atenção básica. Após uma breve síntese histórica e conceitual neste campo, discutem-se aspectos operativos da desinstitucionalização dos cuidados a pessoas com transtornos mentais na atenção básica. Com a análise de alguns estudos e experiências são destacados, a seguir, componentes fundamentais para avançar neste sentido: (1) desenvolver processos de comunicação que visem ampliar a legibilidade profissional, (2) superar a centralização em ações restritas aos enquadres tradicionais, (3) manter questionamento permanente com relação ao risco de psiquiatrização do cuidado em saúde mental, (4) superar concepções culpabilizantes do grupo familiar, e (5) investir na formação das equipes de atenção básica para as múltiplas dimensões do cuidado em saúde mental. Apontam-se, desta forma, alguns caminhos e direções possíveis para o desenho de ações de saúde mental na atenção básica que tenham, no horizonte, a perspectiva antimanicomial.
O presente artigo trata da concepção de processo grupal e poder social enfocada por Martín-Baró.<a name=volta1></a><a href="#nota1">¹</a> O autor retoma a concepção de grupo presente no trabalho de Sílvia Lane, quando considera os aspectos pessoais, as características grupais, a vivência subjetiva e realidade objetiva e o caráter histórico do grupo. Na perspectiva da psicologia social, segundo o autor, é muito mais relevante a análise do papel do poder na vida cotidiana, no dia-a-dia das pessoas, do que se centrar nos acontecimentos excepcionais e não rotineiros. Considerando que grande parte da prática profissional do psicólogo, principalmente numa perspectiva psicossocial, envolve o trabalho com grupos, a abordagem da questão do poder passa a ter papel fundamental. Neste sentido, o contato com a produção de Martín-Baró é essencial e pode contribuir incisivamente no nosso trabalho cotidiano.
A assistência à saúde mental brasileira passa por uma transformação do modelo psiquiátrico tradicional, centrado na exclusão da pessoa com transtorno mental, para a criação de uma rede de serviços substitutivos na comunidade. Assim, provoca-se uma mudança no papel dos familiares, que são chamados a participar das estratégias de cuidado, reabilitação e inclusão social. Este ensaio visa discutir a opinião dos familiares de usuários da Associação Arte e Convívio, Botucatu-SP, Brasil, sobre aspectos relacionados à sua realidade e à convivência com o transtorno mental, pois a Associação não consegue contar com a participação dos familiares em suas atividades. A metodologia utilizada foi a de história oral. Constatou-se sobrecarga econômica, social e emocional decorrentes do preconceito e da convivência com a pessoa com transtornos mentais. Conclui-se que a AAC, para superar as dificuldades de envolver os familiares em suas atividades, deve dar atenção às questões de fundo econômico e social.
RESUMO. Desde a regulamentação do Sistema Único de Saúde (SUS) as transformações na saúde pública têm se refletido na organização do trabalho. A Estratégia Saúde da Família (ESF), uma das medidas para tornar realidade essas mudanças, constituiu-se como objeto desta pesquisa, cujo objetivo foi identificar a relação entre o sofrimento psíquico do trabalhador e a organização do trabalho na ESF. A fundamentação teórica foi o Materialismo Histórico, com contribuições da Psicologia Social, da Psicodinâmica do Trabalho e da Saúde Coletiva, possibilitando o entendimento do sofrimento psíquico na organização do trabalho orientada pela lógica capitalista. A observação participante e entrevistas foram utilizadas no levantamento dos dados, numa abordagem qualitativa. A análise foi realizada com a divisão do estudo em temas e subtemas, procedendo-se à análise de conteúdo. Os três temas foram: "Implicações de ordem pessoal", "O cotidiano do trabalho de atenção" e "A infraestrutura institucional", não se mostrando as relações entre dificuldades estruturais e funcionais na organização do trabalho e o sofrimento psíquico. Palavras-chave: sofrimento psíquico, Programa Saúde da Família, organização do trabalho. PSYCHOLOGICAL DISTRESS OF THE FAMILY HEALTH WORKER IN THE ORGANIZATION OF WORK ABSTRACT. Since the regulation of the Unique Health System (SUS), the transformations in the public health have brought reflexes in the work organization. The Family's Health Strategy (ESF), one of the measures to bring into reality the extolled changes, was the scenery of this research, whose aim was to identify the relation between the psychological distress of the worker and the organization of work in the ESF. The theoretical foundation was historical materialism, with contributions of Social Psychology, Psychodynamics of Work and Health, enabling the understanding of psychological distress in the organization of work, permeated by the capitalist logic. Participant observation and interviews were used in the survey data in a qualitative approach. The analysis was performed using themes and subthemes, with content analysis. The three themes were: implications of personal order, everyday work of care, and the institutional infrastructure, showing relationships between functional and structural difficulties in the organization of work and psychological distress.
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