ResumoEste artigo coloca em pauta os jovens estudantes de Ensino Médio da cidade de Santa Maria e algumas de suas perspectivas relacionadas ao processo de escolarização. Santa Maria, pela sua condição de cidade universitária, interfere significativamente na vida escolar dos jovens. Tomamos como referência para esse texto a pesquisa "Educação e Juventude: jovens das escolas públicas de Ensino Médio de Santa Maria", realizada ao longo do ano de 2009, cujos dados são resultantes de entrevistas com 370 jovens do Ensino Médio, envolvendo escolas situadas na zona urbana e rural de Santa Maria. A metodologia definida pela investigação constitui-se de duas etapas, uma quantitativa, em que os dados foram levantados e analisados, e outra qualitativa, a que utiliza como método "grupos de diálogo", técnica utilizada em outras investigações com jovens e que privilegia o diálogo e a expressão juvenil. O texto apresenta, inicialmente, uma discussão ampla acerca da juventude e dos processos de escolarização e, posteriormente, os dados e as análises correspondentes à referida pesquisa. Por fim, focalizamos e debatemos dois pontos: o "gostar" de estar na escola na perspectiva dos jovens e a invisibilidade da cultura desse segmento social no âmbito escolar.
O texto apresenta a fala da Professora Drª Ana Lúcia Goulart de Faria realizada no Seminário Especial “Reflexividade(s) e ação social: ponderações à pesquisa sobre socialização e individuação”, promovido pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGEDU/UFRGS) e Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (PPGE/UFSM). O encontro realizado em 21 de outubro de 2021 teve como tema: “A pesquisa com crianças descolonizando o olhar e a escuta” e foi transmitido via redes sociais da UFRGS. O diálogo partiu da questão: em que momento e como o conceito de descolonização se tornou uma questão para as pesquisas. A pesquisadora Ana Lúcia Goulart de Faria coordena a linha Culturas Infantis do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Diferenciação Sóciocultural (GEPEDISC) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A partir da questão e através de outras que serão apresentadas a Professora desenvolveu seus argumentos expressando como a noção de descolonização (seu doutorado em 1994 então focado na Pedagogia Macunaímica) desde as condições para sua constituição como conceito e como processo, contribuiu e contribui na pesquisa com criança.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre ser criança em contexto da educação infantil, considerando a emergência do pensamento decolonial, gênero e interseccionalidade. Apresenta dados de duas pesquisas alicerçadas em princípios da etnografia e pesquisa com crianças, a partir da observação participante e da descrição das interações e brincadeiras, assim como ações docentes. Autores como Abramowicz e Oliveira, Faria, Finco, Walsh entre outros/as compõem o substrato teórico. Pretende-se pensar o protagonismo infantil como um ato político com a lógica de desenvolver a perspectiva de ação no mundo das crianças como atos de microrrevoluções.
Juventude e ensino médio: os processos de afastamento da escola Este artigo discute alguns dados da pesquisa "Culturas Juvenis e Formação Educacional: um estudo com jovens estudantes das escolas pú-blicas de Santa Maria que se afastam dos processos formativos" a qual teve como objetivo compreender o processo de afastamento de jovens estudantes da escola. A pesquisa quantitativa e qualitativa de caráter etnográfico utilizou diferentes técnicas para a produção dos dados: questionário, observação, entrevista, grupos de discussão e análise documental. Os fatores que colaboram para o afastamento dos/as jovens são inúmeros, neste artigo vamos nos deter em alguns: falta de diálogo entre a escola e as culturas juvenis; negligência da importância da atividade intelectual para os estudantes produzindo mais uma forma de exclusão; conteúdos que não atendem as necessidades desses/as jovens estudantes. PALAVRAS-CHAVE: Ensino médio; Processos de afastamento; Exclusão cognitiva.This article discusses some of the research data "Youth Cultures and Education: a study with young students from public schools in Santa Maria that departed from the formative processes" which aimed to understand the process of removal the young school students. The quantitative and qualitative ethnographic research used different techniques for generating the data: questionnaire, observation, interviews, focus groups and document analysis. The factors that contribute to the removal the students are numerous, in this article will be discussed some of them: lack of dialogue between the school and youth cultures; neglects the importance of intellectual activity for the students producing another form of exclusion; Items that do not meet the requirements of young students. AbstractResumo
Este artigo faz parte dos resultados preliminares de uma pesquisa de mestrado e versa sobre as questões de juventude e ensino médio. O objetivo deste trabalho é compreender as possibilidades de viver a juventude no contexto escolar, considerando a relação das jovens estudantes com os colegas, com a escola e os desafios do cotidiano, com base em suas narrativas. A metodologia utilizada é de natureza qualitativa com base em narrativas produzidas através de entrevistas narrativas sobre as vivências no ensino médio de duas jovens estudantes do ensino superior, da Universidade Federal de Santa Maria. As entrevistas narrativas foram analisadas a partir da análise temática que trouxe a tona tramas/categorias para organização dos dados e posteriormente pela análise estruturalista. Essas possibilidades de viver a juventude no cotidiano escolar referem-se aos processos de socialização, que se traduzem na relação dos jovens com os pares durante o percurso formativo; nos processos e expectativas de preparação para o futuro, principalmente quando a escola se coloca como uma das únicas possibilidades de mobilidade social; no enfrentamento dos desafios vividos, como a falta de oportunidades de expressão corporal e a fragilidade das relações sociais, como o Bullying e nas táticas empregadas que criam uma forma própria de viver a escola, driblando normas para tornar acontecimentos do cotidiano em ocasiões de ganho e vantagem. As narrativas de Aline e Juliana mostram que, mesmo na diversidade de experiências, elas conseguem representar as vivências e a universalidade do ser juvenil.OF WAYS OF LIVING BETWEEN DIVERSITY AND THE UNIVERSALITY OF YOUTH IN SCHOOL: narratives on high schoolAbstract: This article is part of the preliminary results of a master's research and addresses the issues of youth and high school. The objective of this work is to understand the possibilities of living the youth in the school context, considering the relation of the young students with the colleagues, with the school and the daily challenges, based on their narratives. The methodology used is of a qualitative nature based on narratives produced through narrative interviews about the experiences in high school of two young students of higher education, Federal University of Santa Maria. The narrative interviews were analyzed from the thematic analysis that brought to the fore the frames/categories for data organization and later by the structural analysis. These possibilities of living the youth in the daily school refer to the processes of socialization, which are translated in the relationship of the young with the peers during the formative course; in the processes and expectations of preparation for the future, especially when the school is one of the only possibilities for social mobility; in the face of the challenges faced, such as the lack of opportunities for corporal expression and the fragility of social relations, such as Bullying and, in the tactics employed that create a proper way of living the school, avoiding norms to make everyday events in times of gain and advantage. The narratives of Aline and Juliana show that, even in the diversity of experiences, they can represent the experiences and the universality of the youthful being.Keywords: Narratives. Youth. High school. Diversity. Universality. DE LOS MODOS DE VIVER ENTRE LA DIVERSIDAD Y LA UNIVERSALIDAD LA JUVENTUD EN LA ESCUELA: narrativas sobre la enseñanza mediaResumen: Este artículo forma parte de los resultados preliminares de una investigación de maestría y versa sobre las cuestiones de juventud y enseñanza media. El objetivo de este trabajo es comprender las posibilidades de vivir la juventud en el contexto escolar, considerando la relación de las jóvenes estudiantes con los colegas, con la escuela y los desafíos de lo cotidiano, con base en sus narrativas. La metodología utilizada es de naturaleza cualitativa con base en narrativas producidas a través de entrevistas narrativas sobre las vivencias en la enseñanza media de dos jóvenes estudiantes de la enseñanza superior de la Universidad Federal de Santa María. Las entrevistas narrativas fueron analizadas a partir del análisis temático que trajo a la luz tramas/categorías para la organización de los datos y posteriormente por el análisis estructuralista. Estas posibilidades de vivir la juventud en el cotidiano escolar se refieren a los procesos de socialización, que se traducen en la relación de los jóvenes con los pares durante el recorrido formativo; en los procesos y expectativas de preparación para el futuro, principalmente cuando la escuela se sitúa como una de las únicas posibilidades de movilidad social; en el enfrentamiento de los desafíos vividos, como la falta de oportunidades de expresión corporal y la fragilidad de las relaciones sociales, como el Bullying y, en las tácticas empleadas que crean una forma propia de vivir la escuela, driblando normas para hacer acontecimientos de lo cotidiano en ocasiones de ganancia y la ventaja. Las narrativas de Aline y Juliana muestran que, incluso en la diversidad de experiencias, ellas logran representar las vivencias y la universalidad del ser juvenil.Palabras clave: Narrativas. Juventud. Enseñanza Media. Diversidad. Universalidad.
ResumoNeste artigo apresentam-se os resultados da pesquisa intitulada Culturas juvenis e formação educacional: um estudo com jovens estudantes de Santa Maria que se afastam dos processos formativos, pela qual se buscou compreender os motivos que levam muitos jovens a se afastarem dos processos formativos escolares. A metodologia utilizada baseou-se no paradigma qualitativo de cunho etnográfico. Foram utilizados instrumentos de produção de dados como observação, entrevista aberta e diário de campo. Os resultados evidenciaram que os processos de afastamento têm início ainda no ensino fundamental e que a fragilidade do vínculo entre a escola e o aluno está ligada a um processo de resistência, relacionada a fatores como metodologias inadequadas e problemas no processo de comunicação. Palavras-chave: políticas públicas, juventude, escola, ensino médio. I DO NOT GAVE VERY WELL WITH SCHOOL:A STUDY WITH YOUNG MIDDLE SCHOOL Abstract This article presents the results of research entitled Youth cultures and education: a study with young students of Santa Maria that departed from the formative processes, which sought to understand the reasons that lead many young people to move away from school training processes. The methodology used was based on ethnographic qualitative paradigm. Instruments of production data such as observation, interview and open field diary were used. The results showed that the process of alienation still start at the elementary school and the weakness of the link between the school and the student is linked to a process of resistance, related to factors such as inadequate methodologies and problems in the communication process.
No abstract
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.