A ambliopia é uma desordem visual com maior incidência em crianças, as dificuldades de tratamento se apresentam em decorrência do avanço da idade e a crença de que a plasticidade visual tende a diminuir. Objetiva-se investigar condições de tratamento para crianças amblíopes, através da classificação da ambliopia, identificação dos protocolos existentes para pacientes pediátricos e avaliação de tratamentos atuais desenvolvidos. Como metodologia, foi desenvolvida uma meta-análise, com revisão de estudos do período de 2018-2022, escritos em português, inglês e espanhol que trataram sobre ambliopia, plasticidade neural e protocolo de tratamento. Vislumbrando o tratamento para a ambliopia, as pesquisas ainda são incipientes, pois foi possível contemplar uma amostra mínima de literaturas, em sua maioria de estudos utilizando sempre objetivos semelhantes. Diante dos achados, a terapia de oclusão, terapias de estimulação cerebral, aprendizagem receptiva ou ainda intervenções de diferentes terapêuticas foram observados como tratamento promissores para ambliopia, pois de maneira individual ou correlacionadas possibilitam fortalecimento e recuperação binocular e estereopsia, levando a redução da ambliopia e melhoria da acuidade visual. A existência da plasticidade cerebral leva a reconhecer que protocolos de tratamento para ambliopias pediátricas podem continuar a ser desenvolvida, pois diante da adesão novos protocolos mistos podem e devem ser uma diretriz para os profissionais da saúde visual com abordagens que considere as particularidades do diagnóstico e graus de severidade, para que haja as devidas intervenções.
No final do ano de 2015, surgem os primeiros casos de recém-nascidos com microcefalia relacionada ao vírus da Zika, em Pernambuco. Diante da forma severa, do baixo volume encefálico e do potencial destrutivo do vírus, especialistas sugerem o termo Síndrome Congênita do Zika vírus. O presente estudo objetiva analisar os transtornos visuais e as alterações motoras associadas em crianças com a Síndrome Congênita do Zika vírus. A pesquisa adotou a abordagem quantitativa, longitudinal, sendo que do ponto de vista dos objetivos se apresenta como descritiva e analítica, com procedimentos técnicos de estudo de caso coletivo. A investigação contou com 16 crianças atendidas num Centro de Reabilitação de Pernambuco; diagnosticadas e confirmadas pela infecção do Zika vírus. O trabalho pode contribuir cientificamente para esta temática que conta com poucos estudos. Através das análises pode-se afirmar que as crianças com Síndrome Congênita do Zika vírus apresentaram um desenvolvimento atípico para a idade, e que a partir do olhar da Optometria demonstram suas potencialidades em várias áreas do desenvolvimento visuo motor. Os achados mostraram evolução em todas as crianças no conjunto das avaliações. A maioria das crianças apresentou alterações motoras graves as quais estão associadas às alterações e dificuldades visuais também graves. A caracterização desses achados poderá orientar o planejamento e as condutas terapêuticas visuais e multidisciplinares adotadas pela Optometria, possibilitando sugerir algumas orientações na reabilitação visual, bem como para pais e cuidadores.
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