Resumo: Os porcelanatos apresentaram altas taxas de crescimento de produção e consumo no Brasil e no mundo na última década e possuem valor agregado mais elevado, dentre as tipologias de revestimentos cerâmicos fabricadas atualmente. Ainda que mais de 70% da produção brasileira de revestimentos cerâmicos seja fabricada pelo processo via seca, os porcelanatos são produzidos quase que exclusivamente por via úmida no Brasil e no mundo. Considerando as vantagens meio ambientais e econômicas do processo via seca, este trabalho teve por objetivo contribuir para a viabilização da fabricação de porcelanatos esmaltados a partir de massas de cor de queima clara, através do processo via seca. Para isso, foram estudadas as condições mais adequadas para a preparação da massa e posteriormente analisadas as possibilidades que se configuram para a formulação de massas destinadas a este processo. Ao final do trabalho, conclui-se a respeito do potencial técnico deste produto e são apresentadas as condições de processamento mais adequadas para sua viabilização em escala industrial. Nesta segunda parte do trabalho, encontram-se os resultados referentes à granulação da massa.Palavras-chave: porcelanatos, via seca, meio ambiente e granulação. IntroduçãoNa primeira parte deste estudo 1 , foram apresentados os resultados relacionados com a homogeneização e moagem das matérias-primas envolvidas na fabricação de porcelanatos esmaltados produzidos por via seca a partir de massas de cor de queima clara. As conclusões do trabalho apontam para a necessidade do uso de moinhos pendulares de elevada capacidade de redução de tamanhos de partículas para assegurar as principais propriedades técnicas dos porcelanatos fabricados por via seca.Nesta etapa do trabalho, encontram-se os resultados dos estudos de granulação da massa através do processo via seca. Tradicionalmente, os porcelanatos fabricados por via úmida são produzidos a partir de massas granuladas por atomização 2 , que apresentam excelente fluidez para o preenchimento dos estampos das prensas. As massas de revestimentos cerâmicos preparadas por via seca no Brasil, em contrapartida, são granuladas em umectadores verticais que produzem baixa aglomeração das partículas, de modo que seus grânulos são muito finos e de formatos irregulares 3 . Consequentemente, os grânulos das massas de revestimentos cerâmicos preparadas por via seca atualmente possuem baixa fluidez.A baixa fluidez 4 dificulta o preenchimento uniforme dos estampos das prensas e tende a gerar compactos verdes com gradientes de porosidade. Estas deficiências podem ser toleradas mais facilmente nos revestimentos cerâmicos atualmente fabricados por via seca, mas podem ser barreiras expressivas para a fabricação de porcelanatos por este processo. Isto se deve ao fato de que os porcelanatos apresentam graus de vitrificações muito elevados durante a queima e atualmente são fabricados em formatos de grandes dimensões. Os gradientes de densidade aparente nos compactos verdes oriundos da utilização de massas de baixa fluidez para o carr...
ResumoO fenômeno de deformação piroplástica ocorre frequentemente em produtos de alta vitrificação como os porcelanatos. A deformação do formato provocada por forças de gravidade, devido ao próprio peso da peça cerâmica, durante o ciclo térmico está relacionado ao volume de fase líquida e/ou à viscosidade da mesma no durante a queima. O desenvolvimento de novos produtos com grandes dimensões e espessuras menores contribuiu para o aumento da preocupação com a deformação piroplástica. O objetivo deste trabalho foi avaliar comparativamente o efeito da substituição do feldspato por filito em massas de porcelanato esmaltado sobre a deformação piroplástica. Os resultados obtidos indicam que, nas condições deste estudo, a substituição do feldspato pelo filito reduz significativamente a deformação piroplástica da massa. A análise dos resultados sugere que tal diminuição se deve principalmente ao fato de que a viscosidade da fase líquida formada pela fusão do feldspato é consideravelmente menor do que a resultante da fusão da mica muscovita, que o volume de líquido formato na máxima temperatura também é significativamente maior na massa contendo feldspato e que a fusão do feldspato se dá a uma temperatura inferior à da mica muscovita.Palavras-chave: deformação piroplástica, porcelanato esmaltado, filitos. IntroduçãoA produção, de porcelanatos tem crescido consideravelmente no mundo todo [1]. Uma das características utilizadas para classificar os revestimentos cerâmicos é a absorção de água. Segundo esse critério a absorção de água dos porcelanatos técnicos e esmaltados deve ser inferior a 0,1 e 0,5%, respectivamente [2]. Para alcançar absorções de água tão baixas, as massas utilizadas na fabricação dessa tipologia de produto contêm elevados teores de fundentes. De um modo geral, as massas utilizadas na fabricação de porcelanatos são baseadas no clássico triaxial cerâmico e utilizam o feldspato como fundente. Massas desse tipo foram exaustivamente estudadas [3,4,5].O fenômeno da deformação piroplástica tem se tornado especialmente importante na indústria de revestimentos cerâmicos por vários motivos: 1) o aumento da produção de porcelanatos, 2) as peças serem cada vez maiores e de menor espessura, 3) dos formatos retangulares, 4) a utilização de fundentes enérgicos e matérias-primas não plásticas com granulometria fina. A combinação desses fatores tem contribuído para o aumentar consideravelmente a preocupação com a deformação piroplástica dos porcelanatos [6,7].No Brasil, por motivos diversos (custo, disponibilidade, etc.) [8] a maioria das indústrias que produzem porcelanato esmaltado substituíram o feldspato pelo filito. Muito embora o filito venha sendo utilizado como fundente há muitos anos nas indústrias cerâmicas brasileiras, não se tem notícia de estudos que avaliem as consequências da substituição do feldspato pelo filito em massas de porcelanato. Nesse cenário, o objetivo deste trabalho foi avaliar comparativamente os efeitos da substituição do feldspato por filito sobre a deformação piroplástica em massas de por...
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