Introdução: o aleitamento materno é um fator essencial para o correto desenvolvimento do sistema estomatognático. Em geral crianças que não recebem aleitamento materno apresentam tendência a maloclusão, porque dele a criança recebe os estímulos necessários para seu desenvolvimento craniofacial. Objetivo: verificar a possível correlação entre tipo e tempo de aleitamento e desenvolvimento de maloclusões. Método: realizou-se exame clinico em 33 crianças com idade de 4 a 13 anos que buscaram atendimento na faculdade privada Universidade Metodista de São Paulo, em São Bernardo do Campo, SP. Os dados foram expressos em porcentagem e realizados ANOVA e teste de Tukey post hoc (p<0,05%). Resultados: Foi observado que 69,7% das crianças receberam aleitamento artificial e 30,3% aleitamento natural (p=0,001), sendo exclusivo ou não. 6,1% das crianças apresentavam dentadura decídua, 84,8% mista e 9,1% permanente. Nas dentaduras mista e permanente 54,8% apresentavam Classe I, 35,5% Classe II, e 9,7% Classe III de Angle. Das crianças analisadas 40,0% apresentavam sobressaliência e/ou sobremordida acentuada; 72,7% não apresentaram apinhamento contra 27,3% que apresentaram. Em 36,4% observou-se mordida cruzada sendo que 50,0% delas apresentava mordida cruzada posterior. Conclusão: Não houve correlação entre maior chance de desenvolver maloclusão e maior tempo de aleitamento natural (p=0,359) ou artificial (p=0,244). O maior tempo de amamentação não indicará, necessariamente, maior tendência a maloclusão.