ResumoTrago para investigação o caso de três estabelecimentos quanto ao modo como cuidaram (ou não) de seus acervos. Ao frequentar os espaços onde estava guardada sua documentação, percebi que, em cada uma das instituições, o trato e o entendimento do significado daqueles papéis, que não tinham mais uso no tempo presente, eram diferenciados. As três instituições têm seus acervos reunidos em um espaço físico denominado pelo estabelecimento de "arquivo". Mas qual sua realidade? As instituições têm se ocupado em pensar esse espaço como um status de "arquivo escolar"? A partir dessas duas questões, procuro analisar de que maneira as práticas de preservação da escrituração escolar revelam a busca por uma herança educativa. Os arquivos escolares têm importância de guardar e preservar a história das instituições e assim transmitir uma herança educativa. Herança educativa como um legado a ser transmitido pela divulgação e conhecimento da produção cultural de uma sociedade.Palavras-chave: Acervo, Arquivo escolar, Preservação, Herança educativa.1 Versão modificada do trabalho apresentado no XI Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação, em Porto/Portugal, em junho de 2016.2 Doutora em Educação, com estágio de pós-doutorado concluído pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Professora Adjunta da Faculdade de Educação da UFMS. E-mail: stellasilva945@gmail.com Cadernos de História da Educação, v.16, n.3, p. 832-845, set.-dez. 2017
Este trabalho tem o objetivo de apurar a configuração docente de uma escola de ensino secundário, Colégio Estadual Campo-grandense, na cidade de Campo Grande, bem como o desenvolvimento dos cursos e aplicação de exames da Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário (CADES) que ali ocorreram, observando a formação docente secundarista como objeto. O procedimento investigativo foi subsidiado pelas contribuições de Jörn Rüsen. Para tanto, foram selecionadas fontes documentais (1953 -1959) e dissertações de mestrado entre 2005 e 2013. O processo investigativo apontou características que revelaram tanto a configuração da formação dos professores como também as formas de contratação desses profissionais.
Final da década de 1930, uma escola de ensino secundário em Corumbá, sul de Mato Grosso, o Ginásio Imaculada Conceição conforma-se em objeto deste estudo. Instituição católica salesiana, fundada em 1904, para a educação de meninas. Com o intuito de analisar as particularidades do currículo ginasial confessional, o perfil de aluna que a escola aspirava formar e suas atribuições na organização do tempo escolar proposto no curso ginasial, busca-se responder à questão: em que as normas e a organização escolar corroboraram o perfil das alunas? No caminho para esboçar respostas, percebe-se a importância de acessar as finalidades, as normas e o conjunto de práticas de uma instituição escolar e observá-la não apenas com a função de produção de conhecimentos e aprendizagens em torno de regras, mas tomá-la como lócus para a inculcação de hábitos, comportamentos e atitudes. Foram utilizados como fontes da pesquisa dois documentos localizados no acervo documental da própria escola e produzidos em 1940: o Regulamento Escolar do Ginásio Imaculada Conceição e as Crônicas, este último específico de uma instituição salesiana.
Resumo: Neste artigo mapeiam-se fontes da história do ensino secundário no Brasil; ele é resultado da primeira etapa de um projeto de pesquisa sobre esse nível de ensino. Trata-se de uma pesquisa bibliográfico-documental sobre teses e dissertações dos programas de pós-graduação e a legislação pertinente. As fontes foram categorizadas como documentais, arqueológicas, impressas, iconográficas, orais, biográficas e audiovisuais. Constatou-se que as primeiras instituições secundárias resultaram de mobilização de grupos influentes de cada cidade e da participação do poder municipal na sua manutenção. Caminhos foram indicados, mas é necessário ampliar o mape-1
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