Diante das exorbitantes taxas de criminalidade verificadas principalmente nos países em desenvolvimento, um dos fatores mais importantes e capazes de impedir sua evolução se refere ao efeito deterrence. Este corresponde a existência de elementos dissuasórios que agem no sentido de desestimular o avanço do crime, com destaque para aqueles relacionados aos mecanismos da justiça e da polícia, denotados por Becker (1968). Dessa forma, este estudo inova ao considerar tais mecanismos em conjunto, representados pelos gastos públicos per capita com o sistema judiciário e o policiamento, respectivamente, e seus efeitos sobre as taxas de homicídios no Brasil durante o período 2005-2013. para tal, utilizou-se um painel dinâmico, onde os resultados demonstram que apenas os gastos per capita com justiça impactam sobre a criminalidade, mas de forma positiva, o que levanta questionamentos a respeito da capacidade alocativa dos recursos públicos no intuito de deter o avanço do crime no país.
O objetivo do presente estudo é analisar a probabilidade de vitimização da violência cometida por policiais no Brasil. Para tal, utiliza-se um modelo Probit para estabelecer relações de probabilidade de os indiv íduos serem vítimas mediante alguns fatores socioeconômicos, tais como sexo, raça, escolaridade, idade, renda e local de moradia. Os principais resultados denotam que indivíduos do sexo masculino, pretos ou pardos, que moram em áreas urbanas e possuem baixo nível de escolaridade têm maior probabilidade de serem vítimas da violência policial, enquanto o nível de renda e a região federativa de moradia não foram fatores significativos.
Este trabalho tem como objetivo central analisar o impacto da pandemia da COVID-19 sobre os níveis de ocupação nos setores da indústria, comércio, construção e transporte na região Nordeste do Brasil através da estimação de quatro modelos Probit. Com exceção do setor de construção, todos os demais setores considerados foram impactados negativamente pela pandemia. Especificamente, a presença da COVID-19 no 1º trimestre de 2020 reduz a probabilidade de ocupação em 0,142 p.p. na indústria, 0,423 p.p. no setor de comércio e 0,054 p.p. no segmento de transporte.
A violência contra a mulher apesar de não ser fenômeno recente, tem sua discussão em voga especialmente nas últimas décadas, quando da criação de leis e estudos específicos sobre o tema. Ela pode se manifestar de diferentes formas e é reproduzida também no ambiente universitário, dada sua expansão e representação da sociedade. No intuito de contribuir com este debate, o presente trabalho busca observar de que forma se perpetua a violência contra as estudantes de uma Universidade pública do interior de Minas Gerais. A análise tem como referência as teorias da vitimização e busca verificar se existe alguma relação entre as características da vítima e do ambiente social com o tipo de violência sofrida. Com a utilização de dados obtidos com a instituição, estima-se as probabilidades de sofrer violência a partir de um modelo probit binário. Complementarmente, utiliza-se um modelo bivariado para observar essa relação desagregada em violências objetivas e subjetivas. Os resultados da pesquisa – teóricos e empíricos -, mostram que algumas características individuais que aumentam a probabilidade de vitimização (o que, em hipótese alguma, sugere a culpabilização da vítima).
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