Este artigo contempla algumas práticas educacionais inclusivas que permeiam a cibercultura voltadas para alunos com NEE (Necessidades Educacionais Especiais), dando ênfase aos alunos com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) que frequentam os anos finais do Ensino Fundamental. O objetivo é mostrar alguns recursos digitais que podem incentivar estes alunos a ler e escrever a partir da educação remota. Ao abordar algumas especificidades e contribuições do letramento digital no processo de ensino/aprendizagem e sua relação com um mundo que está passando, simultaneamente, por uma pandemia causada pela COVI-19 e por uma progressiva convergência tecnológica, concluímos que a maioria das ferramentas digitais e apps não foi desenvolvida propriamente para o uso de alunos com TDAH que frequentam os anos finais do Ensino Fundamental. Contudo, observamos que, diante de uma intervenção adequada, alguns recursos tecnológicos podem ser úteis e facilitar o ensino/aprendizagem e a vida destes alunos. Este estudo será guiado pelas pesquisas realizadas por alguns estudiosos das áreas de leitura e alfabetização, educação mediada pela tecnologia, educação especial e educação inclusiva tais como Alexander e Fox (2004); Amorim (2010); Antunes (2001); Borges a al (2012); Coscarelli (2005); Menezes (2019); Neto et al (2018) e Rojo (2012; 2013), como também por estudiosos que se interessam em pesquisar os Transtornos Funcionais Específicos (TFEs), tais como; Andrade e Vasconcelos (2018); Gonçalves (2019); Lopes (2011); Paín (1985); Ribeiro (2005); Rohde e Benczik (1999), entre outros.
RESUMO: Neste artigo, analisamos as estratégias discursivas e o propósito comunicativo de Marília Gabriela ao entrevistar três atores considerados galãs da televisão brasileira no programa MARÍLIA GABRIELA ENTREVISTA. O enfoque principal das análises apresentadas é confirmar que estratégias discursivas, como mudanças de footing, pistas de contextualização e esquemas de conhecimento, interferem na interpretação de tudo o que é dito e feito pelos participantes de um evento comunicativo. Na primeira parte, apresentamos os conceitos do estudo da língua em contextos sociais específicos, denominados contextos microecológicos, baseando-se nas abordagens sobre o estudo da fala da Sociolinguística Interacional, representadas neste artigo por Goffman, (2013 [1974]); Gumperz, (2013 [1982]) e Tannen & Wallat, (2013 [1986]). Em seguida, destacamos algumas considerações pertinentes à entrevista de mídia televisiva. Depois, passamos à análise dos dados, demonstrando que o resultado desse estudo corroborou a hipótese levantada de que os diferentes esquemas de conhecimento de Marília Gabriela a respeito de seus entrevistados direcionaram as suas mudanças de footing marcadas pelas pistas de contextualização.PALAVRAS-CHAVE: Footing. Estrutura de Expectativa. Pista de Contextualização. Marília Gabriela Entrevista.
Este artigo contempla o aspecto dinâmico que orienta e organiza as relações interpessoais em eventos microecológicos que Goffman (1979) chamou de footing e considera, também, o momento exato da alternância de turno que linguistas como Sacks, Schegloff e Jefferson (1974; 2003), Marcuschi (2003) e Couper-Kuhlen e Selting (2018) chamam de TRP (Lugar de Relevância para a Transição). O objetivo é verificar em dois arquivos de fala espontânea do C-ORAL-BRASIL I, “bfamcv02” e “bfamcv05”, se o TRP das TCUs (Unidades de Construção de Turno) constituídas nas falas em interação provoca mudanças de footing. Para alcançar este objetivo, elaborou-se uma interface entre a prosódia, Hirst e Di Cristo (1998), Bolinger (1986), Halliday (1967), Robert D. Ladd (2008 [1996]), Gumperz (1988) e Selting, (1995), e as perspectivas teóricas que melhor explicam a estruturação de uma interação falada: a Análise da Conversa, a Linguística Interacional e a Sociolinguística Interacional, Sacks, Schegloff e Jefferson (1974; 2003), Marcuschi (1988; 2003; 2008), Couper-Kuhlen e Selting (2018), Goffman (1972; 1974; 1798; 1981), Gumperz (1982; 1989) e Tannen e Wallat (1987). As análises foram realizadas, portanto, a partir de aspectos sociointeracionais e suprassegmentais e os resultados apontaram que o TRP verificado nas TCUs elaboradas nas duas situações comunicativas escolhidas para este artigo provoca mudanças de footing.
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