O mapeamento das unidades morfoesculturais é uma ferramenta extremamente útil na compreensão da evolução da paisagem e na visualização dos compartimentos do relevo. Além disso, também se faz necessário no processo de identificação de áreas de estocagem desedimentos. Compreender a geomorfologia da área é importante para entender de que forma a paisagem evoluiu desde sua formação até os dias atuais. É imprescindível, portanto, que seja realizada uma análise sistêmica da área de estudo. O mapeamento morfoescultural domunicípio de Quipapá – Pernambuco, foi apresentado em escala de semidetalhe para fins de localização e distribuição das variadas unidades do relevo. A metodologia de mapeamento utilizado seguiu as normas estabelecidas pela comissão de mapeamento geomorfológico dedetalhe da UGI – União Geográfica Internacional, (Demek, 1972). O município de Quipapá foi classificado nas seguintes unidades: Colinas, Morros altos, Morros baixos, Morrotes, Planícies e Terraços Fluviais, Rampas de alúvio-colúvio e Vertentes recobertas por depósitosde encostas (colúvio e tálus). Essas unidades são reflexos dos processos morfoesculturadores degradacionais (modelados de dissecação) e agradacionais (modelados de acumulação), e estão contidas na unidade morfoestrutural Planalto da Borborema.
Neste trabalho buscou-se identificar áreas suscetíveis a ocorrência de movimentos de massa, enfatizando as tipologias de escorregamentos translacionais e queda de blocos no perímetro de abrangência do Geossítio Colina do Horto, município de Juazeiro do Norte, estado do Ceará. Para tal proposta, foi gerado um mapa de suscetibilidade a partir do modelo matemático SHALSTAB, tido como o modelo de previsão determinístico, além de atividades em campo para identificar e registrar pontos de ocorrência de quedas de blocos. O modelo previu suscetibilidade média a baixa para a ocorrência de escorregamentos translacionais devido a incipiência do manto de intemperismo. Quanto as quedas de blocos, constatou-se que a sua ocorrência se dá através de fatores como: declividade em torno de 75%; predominância do intemperismo físico e biológico na abertura de fraturas no pacote rochoso; ação antrópica por meio de cortes no talude para construções de prédios residenciais, comerciais, e vias de acesso.
A ciência geomorfológica tem como fundamento conhecer o funcionamento dos sistemas físicos e sua atuação na construção do relevo terrestre, para tanto, pauta suas investigações no tempo e no espaço de ocorrência destes fenômenos. Desta forma, busca consolidar as informações averiguadas dentro de um perímetro espaço-temporal que seja plenamente capaz de atender às demandas conceituais que são abordadas em seus trabalhos. Assim, a questão da escala se coloca em primazia, dada sua relevância para o bom proceder metodológico dos trabalhos em geomorfologia. Ao longo da história, diversos trabalhos buscaram construir modelos analíticos dentro deste campo científico e, com esta finalidade, foram desenvolvidas diversas propostas metodológicas que almejavam contemplar a evolução das formas de relevo de maneira mais uniforme e completa possível.
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