Em dezembro de 1895, o major José Ignácio de Camargo Penteado, fazendeiro de São Carlos, recebeu uma carta em língua italiana ameaçando incendiar sua fazenda ou assassiná-lo caso não deixasse trinta contos de réis no pontilhão da estrada de ferro na noite de natal.1 O major, que já recebera outra carta do mesmo teor e certamente não queria deixar tal presente de natal para italianos desconhecidos, desconsiderou a carta. Na noite de 25 de dezembro, o depósito de aguardente e outras instalações da fazenda foram incendiados, resultando em prejuízos de aproximadamente 35 contos de réis. No dia 26, recebeu outra carta dizendo que ele seria assassinado se não depositasse o dinheiro no lugar indicado duas noites depois. Desta vez, o major alertou o delegado de polícia, que foi com a força pública e vários voluntários observar o pontilhão na noite do dia 28. Por volta das seis horas do dia 29 chegou um indivíduo e olhou o pontilhão. Ele foi preso, mas parece que foi solto por falta de provas, porque não foram encontradas mais referên-cias sobre ele no inquérito a respeito do incêndio.
Os estudos Sociolinguísticos contemporâneos têm fundamental importância para novos caminhos do ensino de língua materna. Esta investigação de caráter qualitativo trata do ensino de língua materna mais contextualizado e em concordância com a realidade linguística da sociedade, desmitificando, assim, a ideia de que o “português é muito difícil.” Diante disso, consideramos aqui a hipótese básica, baseada na literatura linguística, a qual as teorias sociolinguísticas podem desmistificar o mito nº 3 “Português é Muito Difícil” de Bagno (2007). O objetivo deste texto é compreender as propostas para o processo ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa frente as teorias sociolinguísticas com a finalidade de desmistificar a ideia de que a Língua Portuguesa é difícil, seguindo a metodologia de revisão sistemática da literatura (BAGNO 2007; BORTONI-RICARDO, 2004, 2005; BRASIL 1998, 2016; FARACO, 2008, entre outros). Concluímos que as teorias sociolinguísticas – sobretudo a respeito dos estigmas que envolvem o conceito de norma-padrão, o reconhecimento da competência linguística do falante e a diversidade e variação linguística da língua materna – são de fundamental importância para desmistificar a concepção de que o “português é muito difícil”, tornando o ensino da língua portuguesa mais prazeroso aos discentes, podendo, dessa forma, influenciar para elevar o aprendizado da mesma.
Este artigo evidencia uma abordagem sociológica da história política paulista. Seu objetivo é afirmar a longa duração histórica das experiências políticas, ampliando para o universo da Cultura políti-cA, o debate que condiciona acontecimentos decorrentes da revolução de 1930 em São paulo, como a revolução Constitucionalista de 1932, à simples habilidade de reação das elites agrárias que lutavam para restaurar seu poder.
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O presente artigo objetiva analisar o processo de ensino aprendizagem em contextos campesinos à luz da educação intercultural. Por meio da pesquisa qualitativa e com o método da revisão sistemática da literatura, realizou-se estudos observacionais sobre a Educação intercultural, a fim de perceber de que forma a escola e os docentes têm evidenciado e priorizado a educação na perspectiva da interculturalidade, respeitando as diferenças e fortalecendo a identidade dos sujeitos do campo. Foram analisados alguns estudos publicados nos periódicos da CAPES e na BDTD. Constatou-se com a pesquisa que a educação dialógica e desprendida de estereótipos discriminatórios são princípios básicos das práticas pedagógicas interculturais, bem como a necessária formação intercultural dos docentes para atuarem nas escolas do campo. Contudo, há grandes desafios e contradições na formação docente para atuação nas escolas do campo que passam pela construção de currículos capazes de dialogar com a temática. Enfim, o estudo destaca a necessidade de se discutir/problematizar as contradições entre a formação de professores e a educação intercultural sob a ótica de epistemologias pluralistas, contra hegemônicas e emancipadoras, pois, só assim, os sujeitos do campo serão reconhecidos e respeitados, tanto na diferença e como no seu lugar de fala.
O presente texto é fruto das ações extensionistas desenvolvidas no âmbito do Projeto de Extensão Fios de Rebeca, que teve como objetivo propiciar à docentes e discentes da rede pública de ensino de Jequié/BA, o debate sobre a educação para as relações étnico-raciais e colaborar para a implementação da lei 10.639/2003. A estratégia metodológica adotada para o desenvolvimento das atividades foram as oficinas, pois, de acordo com Candau e Zenaide (1999), elas permitem um movimento que toma como ponto de partida os conhecimentos prévios dos participantes para ir construindo, desconstruindo e reconstruindo saberes. As ações foram desenvolvidas entre out/2018 e dez/2019, a partir de parcerias com escolas públicas do município de Jequié e uma do distrito de Ilha Formosa, município de Cravolândia, totalizando atingindo um total de 350 pessoas, entre discentes (das escolas, graduação e pós-graduação) e docentes (das escolas e da UESB). Dessa forma, concluímos que as ações do projeto atingiram aos objetivos propostos, uma vez que tivemos acaloradas discussões sobre a temática central do projeto, positivando a identidade negra e promovendo a reconexão com ancestralidades invisibilizadas, o que certamente contribui para a construção de uma cultura de paz, na qual as diferenças e a diversidade étnio-racial acabam sendo lidas como elementos potencializadores da sociedade.
O presente texto é fruto de reflexões em torno da temática da Democracia e do Estado Moderno, bem como os principais desafios que emergem nas sociedades contemporâneas a partir da evolução tanto da Democracia como do próprio Estado Moderno. Para o desenvolvimento de tal discussão optou-se por percorrer um itinerário que investigou desde as discussões clássicas sobre as temáticas propostas, passando pelas abordagens de alguns teóricos dos séculos XIX e XX, chegando as formulações de autores contemporâneos. Temas como liberalismo, globalização, mundialização, capitalismo acabaram também sendo arrolados no presente texto, na medida em que são temas fundamentais para desenvolvermos uma análise mais completa em torno das duas temáticas, a saber: Democracia e Estado- Moderno.
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