O presente estudo é parte de uma pesquisa em andamento e, para este artigo, objetiva analisar a produção e a potencialidade de um livro infantil em multiformato, cujo conteúdo parte de uma história mitológica do povo indígena Kubeo, que descreve a criação do mundo. A obra em questão desenvolveu-se em língua portuguesa brasileira e língua indígena guarani, sendo essas mediadas por Comunicação Aumentativa e Alternativa. A criação do livro nas duas línguas mostrou-se pertinente ao reconhecimento das culturas indígenas na literatura infantil e à necessidade de propiciar acesso, às crianças indígenas e não indígenas, aos livros que narram histórias dos povos originários. A metodologia, de abordagem qualitativa, tem como referenciais o pensamento sistêmico com Bateson, assim como referências das culturas indígenas a partir de Munduruku, de Martins e Gomes e de Kambeba, entre outros. Foram levantados indicadores de matrícula a partir dos Microdados do Censo Escolar – 2020 de crianças indígenas de 0 a 12 anos, possibilitando observar a intensidade dessas matrículas no contexto de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O multiformato do livro permite o acesso às duas línguas, oportunizando a leitura e a aproximação com a história escolhida. As análises deste estudo apontam que a iniciativa desse tipo de produção pode abrir caminho para o intercâmbio cultural, permitindo às crianças, indígenas ou não, acesso e aproximação com as culturas indígenas e com os livros que apresentam suas histórias. Destaca-se, também, como achado deste estudo, a possibilidade de as crianças indígenas se reconhecerem na literatura infantil escrita.
A partir de um recorte de pesquisa, conduzida pelo <omitido para revisão cega>, que tomou como mote o desenvolvimento de livros em multiformato acessível a todas as crianças, este artigo objetiva evidenciar a articulação importante entre as áreas da educação e do design para análise, produção e qualificação dos livros. Atualmente, existe no mercado grande variedade de livros destinados ao público infantil, porém sem acessibilidade. Os livros apresentados neste estudo possuem versões distintas: uma em braille e tinta em fonte ampliada e outra em Comunicação Alternativa. Ambas contam com imagens ilustradas táteis, audiodescrição e contação da história na Língua Brasileira de Sinais. A metodologia utilizada foi a de Pesquisa-Intervenção. O estudo possibilitou o teste e a produção total de dezenas livros, os quais foram doados a bibliotecas e a escolas públicas. Além disso, constituiu-se como importante pesquisa para o estabelecimento de critérios pertinentes à produção futura de livros em multiformato.
A partir da trajetória de uma pedagoga em uma residência em saúde mental, o artigo coloca em discussão as ações desta categoria profissional na atenção psicossocial. A abordagem revela percurso e produções cartográficas da residência, sua preceptoria e tutoria, realizadas na saúde. Dos diversos cenários de atuação da pedagogia na residência, dá-se destaque a um projeto de ação desenvolvido com trabalhadores e jovens de uma unidade de atendimento socioeducativo. Como conclusão, salienta-se o quanto os pedagogos têm a oferecer no campo da saúde mental coletiva, sendo convocados e demandados de diferentes formas, proporcionando o olhar da educação à saúde, oferecendo a educação como saúde. Constata-se a falta de oferta de formação em saúde para profissionais de pedagogia, tema a ser aberto.
O caminho das histórias indígenas é trilhado desde a criação do mundo, chegando às crianças pelos mais velhos. A tradição de narrar a origem de cada povo relaciona-se, profundamente, a cada clã e etnia ainda que de formas diferentes. O presente artigo é parte de uma pesquisa que objetivou o desenvolvimento de Tecnologia Assistiva, no contexto educacional inclusivo, para contar a história Kubai, o Encantado por meio da Mesa com Interação Tangível. A metodologia, de caráter qualitativo, envolveu a produção de imagens táteis e tridimensionais com o intuito de garantir a acessibilidade tátil, apresentando a história de maneira inclusiva. A pesquisa abarcou, igualmente, estudo referente à literatura infantil indígena com base em autores contemporâneos como Munduruku, entre outros. Como resultado, foi possível criar suporte em dispositivo de mesa tangível a partir da história escolhida inspirada na mitologia indígena da cultura Kubeo.
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