ResumoEste artigo propõe uma reflexão sobre a atuação do revisor de textos acadêmico-científicos, buscando contemplar tanto a questão das demandas do mercado de revisão nessa área quanto os aspectos mais amplos da prática acadêmica, que incluem não somente os procedimentos que orientam as intervenções linguístico-gramaticais dos revisores, como também as intervenções relativas à normalização e formatação dos textos -que, acredita-se, incluem um amplo conjunto de fatores, não raro decisivos para o reconhecimento de um texto como um evento comunicativo cientificamente válido. Articulada a essa reflexão está uma breve análise dos modos como quatro revisores, todos com formação em Letras e experiência no mercado de revisão de textos, conduziram suas ações em um artigo acadêmico de conclusão de curso.Palavras-chave: Revisão. Trabalhos acadêmicos. Atuação do revisor/ preparador de textos. Normalização/formatação de textos. * 1Revisora, redatora e preparadora de textos na empresa Retextualizar, Belo Horizonte, Minas Gerais. ** Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG).Apesar da tendência de se restringir a atuação do revisor à identificação e correção de desvios gramaticais, sabe-se que a atividade de revisão de textos mobiliza uma série de estratégias linguístico-discursivas e perceptuocognitivas que vão além da adequação dos textos às normas linguísticas (ortográficas, gramaticais), ou de aspectos relativos à sua formatação e normalização. Isso pode ser atestado pelo crescente desenvolvimento de pesquisas e reflexões práticas que buscam pensar a revisão de textos como uma atividade dialógica, à luz das principais teorias acerca do engendramento social da língua/linguagem. Nesse sentido, a atividade do revisor reivindica a ativação de determinados conhecimentos e habilidades, tendo em vista diversos fatores, entre eles: a intersubjetividade da linguagem; as imagens de si e do outro construídas discursivamente; as capacidades cognitivas, como a percepção, a atenção e a memória; o dialogismo e a polifonia; as condições de produção e recepção dos textos; as injunções históricas e culturais;
PALAVRAS-CHAVEJoão Cabral de Melo Neto, poesia brasileira, animais, animalidade À primeira vista, um estudo sobre as figurações do animal e da animalidade na poesia de João Cabral poderia parecer uma tarefa dedicada a questões secundárias, à margem das conhecidas diretrizes mobilizadas (e verbalizadas) pelo poeta em seu processo de composição.Poesia da pedra, poeta da lucidez. E a lucidez, poderíamos logo pensar, estaria para a noção de animalidade assim como o ideário da pedra para a noção de animal, numa relação de clara prevalência e, não raro, acentuada oposição. O animal mineraliza-se; por sua vez, a animalidade ameaça, mas como que sucumbe diante do controle racional da expressão:O poema, com seus cavalos, quer explodir teu tempo claro; romper seu branco fio, seu cimento mudo e fresco (...)São minerais as flores e as plantas,
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