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Este trabalho objetiva analisar teoricamente a conexão entre abertura da conta de capitais e crescimento econômico, analisando em que medida o controle de capitais contribui para o êxito de uma política voltada para o crescimento econômico. A literatura convencional em geral descarta o controle de capitais como a melhor alternativa para garantir o crescimento equilibrado, embora admita, em casos especiais, o uso de controles quantitativos temporários para evitar crises cambiais e financeiras. O approach teórico keynesiano de crescimento econômico, fundamentado na literatura de inspiração kaldoriana dá pistas da desejabilidade de controles como estratégia para garantir crescimento equilibrado no balanço de pagamentos. A evidência empírica também dá suporte a essa alternativa. As conclusões, portanto, conduzem à importância de estratégias de controles de capitais para coadjuvar no crescimento sem restrições no balanço de pagamentos.
O objetivo do artigo é testar empiricamente os efeitos do desalinhamento cambial sobre o crescimento econômico. Para tanto, estima-se um modelo econométrico com a metodologia de dados em painel para uma amostra de sessenta e cinco países em desenvolvimento e trinta e um países desenvolvidos, observados no período de 2001 a 2014. A novidade do trabalho está na amostra, no período analisado e na especificação das variáveis de controle, o que inclui o índice de complexidade econômica (ICE). Esse índice é utilizado como uma proxy para o nível de desenvolvimento tecnológico. Os resultados do modelo indicam que o coeficiente do índice de desalinhamento da taxa real de câmbio é positivo e significativo, fornecendo-se assim suporte empírico para a hipótese de que a manutenção de uma taxa real de câmbio subvalorizada tende a impactar positivamente sobre o crescimento econômico, especialmente para países em desenvolvimento.
O presente artigo busca recuperar os elementos centrais das concepções sobre a poupança formuladas por Keynes e Robertson nas décadas de 1920 e 1930. Aseção inicial descreve a parceria entre ambos os economistas ao início do período, bem como as suas respectivas teorias a respeito do comportamento dos diferentes tipos de poupança, particularmente as de natureza compulsória, ao longo dos ciclos de acumulação de capital. Em seguida, revisita-se o princípio da demanda efetiva e a teoria do multiplicador, conforme desenvolvidos na Teoria geral do emprego, do juro e da moeda, de modo a identificar os seus pontos de distanciamento relativamente à análise associada à doutrina da poupança forçada. Após, a atenção volta-se às críticas de Robertson ao mecanismo do multiplicador de renda. Finalizando, discute-se o contra-argumento de Keynes, o qual envolveu a modificação nos determinantes da demanda por moeda mediante a incorporação do conceito de meios financeiros em sua teoria do investimento. Na conclusão, procede-se a um sumário dos pontos em debate, apontando-se suas principais implicações teóricas.
O artigo examina a concepção clássica sobre a moeda no contexto de conversibilidade do meio circulante. Para isso, inicia com uma revisão do modelo básico de determinação da oferta monetária ótima para os economistas clássicos, ressaltando a idéia de neutralidade da moeda e o processo de ajustamento dos mercados às variações no suprimento de metais preciosos, no curto e no longo prazo. A seguir, é realizada breve incursão nos debates monetários do século dezenove na Inglaterra, explicitando os principais pontos de divergência entre as correntes de pensamento em confronto no que respeita à funcionalidade do padrão-ouro. Nos itens finais, são analisadas as diferentes instâncias de violação do princípio clássico de moeda neutra, particularmente a demanda por liquidez e a doutrina da poupança forçada.
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