O presente artigo reflete, a partir do projeto desenvolvido pelo grupo teatral mundana companhia em Na Selva das Cidades – Em Obras #ocupasp (2014-2017), sobre o espaço como um elemento estruturante da encenação. A partir disto, discute-se a potência crítica de práticas teatrais que entendem a espacialidade cênica para além de uma determinação estética – compreendendo-a como um espaço social –, o que permite ao teatro tecer críticas e descortinar questões que dizem da atual condição urbana de São Paulo.
O presente trabalho discutiu a criação de fissuras espaço-temporais no sistema hegemônico capitalista/colonial, e por consequência, no território pelo qual ele se (re)configura – a cidade –, por meio de sedes de grupos teatrais. É por essa perspectiva que este texto investigou criação e atuação da Luz do Faroeste e Teatro de Contêiner – respectivamente sedes dos grupos teatrais Pessoal do Faroeste e Cia. Mungunzá – no território da Luz, localizado na região central da cidade de São Paulo.
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