Raquel Cardeira Varela é historiadora, investigadora e professora universitária portuguesa, especializada na área da História do Trabalho, História do Movimento Operário e História Global. Coordenou e publicou mais de 25 livros nesta área, bem como dezenas de artigos publicados nos campos da Sociologia, Serviço Social e Ciência Política. A interdisciplinaridade e internacionalização de sua carreira acadêmica levaram-na a dar mais de 200 palestras realizadas em mais de 50 instituições portuguesas e estrangeiras. É membro convidado do Board of Trustees of the ITH -International Conference of Labour and Social History (Áustria), a mais antiga associação de estudos do trabalho na Europa, e membro da European Network in Universal and Global History (ENIUGH). Atualmente, é presidente da International Association Strikes and Social Conflicts, uma rede que conta com 35 instituições da Europa do Norte e Sul, Estados Unidos da América e América Latina. É coordenadora de vários projetos nacionais e internacionais com visibilidade e reconhecimento público, tendo recebido, em 2013, o Santander Prize for Internationalization of Scientific Production. Raquel Cardeira Varela é comentadora do programa semanal de debate público "O Último Apaga a Luz", na Rádio e Televisão de Portugal, e participa ativamente em outros espaços públicos proporcionados pela mídia. Na entrevista que nos foi concedida, Raquel Cardeira Varela nos fala enquanto mulher, historiadora, acadêmica e, também, enquanto pensadora dos grandes problemas com que as mulheres e os homens de hoje se deparam -enquanto pessoas, trabalhadores, eleitores e cidadãos; de Portugal para a Europa e da Europa para o Mundo.Sara de Athouguia Filipe: Seu último livro, Breve História da Europa (Raquel VARELA, 2018), que foca as transformações pelas quais passou o velho continente -no século XX -, é dedicado aos seus pais, que considera serem os primeiros historiadores da sua vida. De que forma a Europa, ou 'as Europas', que eles lhe mostraram, influenciaram o seu pensamento e interesses enquanto uma historiadora profissional?Raquel Cardeira Varela: É difícil... É um bocadinho de psicanálise, não é? Eu tenho dificuldade em dar uma resposta a isso. Porque nós temos uma relação muito emocional com o nosso passado. Os meus pais são da geração de '68 -são cientistas da natureza, formados na década de '60 -e têm a perspectiva da totalidade; hoje é difícil encontrar um engenheiro que seja um crítico social também; em geral, sabem muito de pouco, mas os meus pais são da geração da totalidade, porque os cursos eram mais densos e a formação política juntava-se à técnica, dando uma noção de totalidade que hoje existe pouco -beneficiei muito de tudo isso, sou uma privilegiada. Eles são -os dois -engenheiros florestais que nos ensinavam história, que nos ensinavam geografia, que nos ensinavam cartografia. Que nos ensinam ciências naturais e sociais. Muito engajados politicamente, sobretudo ele, um dirigente marxista então (meio anarquista, meio maoísta e ainda meio socialdemocrata) [risos], em u...
Prince Nikolay Alexeyevich Orlov (1827–1885) was an aristocrat, a war hero and a prominent diplomat of the Russian Empire who enjoyed a prestigious position from a very young age. In his correspondence with Grand Duke Nicholas Alexandrovich in the early 1860s, Prince Orlov expounded his views on Russian politics, putting forward his liberal outlook of what the empire ought to be. His most crucial proposals were (i) revising Russian foreign policy and redefining imperial borders (which included solving the ‘Polish Question’); (ii) adopting federalism with local representative institutions based on a notion of ‘legitimate power’; (iii) introducing bottom-up reforms; (iv) abolishing ‘backwards practices’ (in particular, corporal punishment) and (v) guaranteeing civil rights and equality before the law. Based on letters and other writings that remain vastly under-researched in Russia and practically unknown to English-speaking audiences, I analyse Prince Orlov’s correspondence as illustrative of a broader ideological turn to liberal imperialism and contextualise it from Russian and European perspectives. By positing that Russian liberalism was strongly impacted by the successes and shortcomings of the liberal imperialism of the 1860s, I invite the reader to rethink some ideological and chronological boundaries that are routinely taken for granted in discussions regarding liberalism, imperialism and their interconnectedness.
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