Enfisema subcutâneo é descrito como o acúmulo de gás de origem multíplice para o espaço subcutâneo, depositando-se entre os feixes e fáscias musculares. Dentre as principais origens, podemos destacar perfurações de traqueia e feridas axilares. Os equinos são altamente suscetíveis a traumas de origem mecânica, tal como lesões por empalamento, choque contra objetos inanimados e brigas entre animais. quando encontradas em locais de movimento contínuo, como axilas, as lesões fazem o movimento de sucção do ar para o espaço subcutâneo, aparecendo nestes locais o sinal clínico clássico, que é a crepitação. Caso não seja instituído tratamento correto, o enfisema subcutâneo progride gradativamente, podendo levar a consequências mais graves como pneumotórax, pnumomediastino e infecções secundárias por bactérias do gênero Clostridium. O objetivo deste artigo é relatar o aparecimento de enfisema subcutâneo generalizado em uma égua da raça Quarto de Milha, de 10 anos de idade, causado por ferida axilar no membro torácico esquerdo. Ao exame físico, o animal apresentou todos os parâmetros fisiológicos dentro da normalidade, o que foi observado também no hemograma. O tratamento instituído foi à base de limpeza diária da ferida com solução fisiológica e clorexidines degermante e aquoso, com manutenção de uma compressa de gaze introduzida no local, embebida em nitrofurazona com açúcar. Em auxílio à drenagem do gás subcutâneo, foi realizada terapia hídrica e antibioticoterapia sistêmica por três dias, utilizando-se penicilina potássica, metronidazol e gentamicina. Houve restrição do movimento, mantendo o animal estabulado durante o tratamento. A alta médica ocorreu após 30 dias. O presente relato visa enfatizar a necessidade de um tratamento correto e de rápida escolha, a fim de evitar complicações que possam levar o animal a óbito.
A acropostite-fimose em touros se refere ao processo inflamatório da extremidade do prepúcio, afecção que pode resultar em incapacidade reprodutiva e perdas econômicas. Aspectos morfológicos do prepúcio de touros zebuínos (Bos indicus), fazem com que os mesmos sejam mais acometidos que raças taurinas (Bos taurus) e mestiços. O tratamento pode ser conservativo ou cirúrgico, dependendo do grau de comprometimento e cronicidade da lesão. Este trabalho apresenta revisão de literatura sobre acropostite-fimose e descreve o caso de um touro da raça Nelore submetido à postoplastia em "V". A técnica cirúrgica utilizada demonstrou-se de fácil execução e eficaz em corrigir a afecção. O touro não apresentou complicações pós-operatórias e a atividade reprodutiva foi retomada em 60 dias.
Apesar dos tecidos moles da cavidade oral apresentarem alta capacidade cicatrização, o tratamento cirúrgico para afecções linguais é indicado com o objetivo de restaurar a função e a aparência cosmética. Descreve-se dois casos de éguas apresentando hiporexia devido à lesões na língua, sendo uma laceração e outra devido à isquemia do órgão. A primeira égua foi submetida ao procedimento cirúrgico de glossectomia parcial e a segunda recebeu tratamento médico até que o coto lingual desvitalizado pudesse ser removido por tração. Ambas apresentaram dificuldade temporária para alimentar-se durante o processo de cicatrização, porém a recuperação foi mais rápida com o procedimento cirúrgico.
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