Esta pesquisa aborda o desenvolvimento rural sustentável na lógica das ações coletivas no Território do São Francisco (BA) em contínuo campo de disputa entre o agronegócio e o campesinato. Realizou-se um estudo de caso com pesquisa descritiva em seus objetivos e abordagem qualitativa com técnica de pesquisa bibliográfica. Constatou-se a existência de uma rede de cooperação no Território com diversas articulações complexas. Esses arranjos indicam avanços no cumprimento das metas da Agenda 2030 da ONU e evidências de reprodução social e econômica do campesinato como um novo paradigma de desenvolvimento rural sustentável, sendo forma eficaz de contraponto ao modelo do agronegócio na Região e suas novas formas de atuação neste século.
Resumo: O presente artigo faz uma reflexão acerca do marco regulatório do Decreto Lei Nº 6.861, de 27 de maio de 2009, que trata da Educação Escolar Indígena e define sua organização em territórios etnoeducacionais, com recorte no Nordeste do Semiárido Baiano, procurando identificar e caracterizar os resultados alcançados com aplicação desta lei e suas vulnerabilidades. Decorre t a m b é m dessa reflexão, a perspectiva da aplicação, na prática, do referido Decreto Lei em análise, na busca de perceber se as escolas indígenas, nesse recorte territorial especifico da Bahia, estão de fato funcionando e cumprindo como objetivos de garantir os seis aspectos explícitos na Lei: 1) valorização das culturas dos povos indígenas e afirmação e manutenção de sua diversidade étnica; 2) fortalecimento das práticas socioculturais e da língua materna de cada comunidade indígena; 3) formulação e manutenção de programas de formação de pessoal especializado destinados à educação escolar nas comunidades indígenas; 4) desenvolvimento de currículos e programas específicos, neles incluindo os conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades; 5) elaboração e publicação sistemática de material didático específico e diferenciado, 6) afirmação das identidades étnicas e consideração dos projetos societários definidos de forma autônoma por cada povo indígena. Em face das seis características enumeradas acima, foram utilizados como caminhos metodológicos para compreensão dessa problemática os depoimentos de convivências de professoras/diretoras/pedagogas indígenas que atuam nas escolas do estado, localizadas nas comunidades indígenas no Nordeste do Semiárido Baiano, como também dos relatos de suas experiências no exercício da militância na educação escolar indígena enquanto membros efetivos de movimentos sociais, a exemplo do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (MUPOIBA) e do Centro de Formação e Pesquisa Indígena do Semiárido Baiano ( OPARÁ). Igualmente foram considerados outros trabalhos em instituições voltadas à administração da educação indígena contextualizada no semiárido baiano, em especial, a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e o Instituto de Desenvolvimento Social e Agrário do Semiárido (IDESA), constituindo-se esta última entidade n uma organização sem fins lucrativos (ONG), contratada pelo extinto Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDA), atual Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), cujos trabalhos tiveram início em julho de 2016 com encerramento no ano corrente, constituindo-se em serviços de assistência técnica e extensão rural (ATER) para as comunidades indígenas na fração territorial Nordeste do Semiárido da Bahia, levando em conta o caráter étnico, linguístico, cultural e a noção de sustentabilidade e de produção agrícola. A partir da contratação do IDESA pelo Programa Brasil Sem Miséria (BSM), e m 2 0 1 5 , estabeleceuse um campo seguro e aprofundado de intercâmbio dialógico entre as novas diretrizes curriculares definidas para as escolas indígenas dos...
Resumo: O presente artigo faz uma reflexão acerca de como as redes sociais educativas podem afetar, sobretudo, o processo educativo de jovens estudantes, considerando ao mesmo tempo a realidade de extrema desigualdade social vigente no país e o papel do Estado como agente de políticas públicas com mecanismo de inclusão social. É necessário, portanto, considerar as redes sociais como uma "porta" de acesso para novos caminhos e perspectivas didáticas, que abrem possibilidades de integração de aprendizagens entre ferramentas tradicionais e ferramentas online em sala de aula. Decorre dessas combinações de aprendizagens uma modalidade de ensino híbrido, que permite acesso às novas tecnologias na sala de aula clássica, onde o professor poderá compartilhá-las com os alunos. Num contexto receptivo a essa nova dinâmica de ensino online, recomenda-se o emprego da Rede Social Educativa, denominada Edmodo na EJA, a qual poderá contribuir positivamente para dar nova acepção às práticas pedagógicas, propiciando assim um intercâmbio dialógico entre novas tecnologias e novas práticas pedagógicas.
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O presente artigo tem por objetivo mostrar como organizações do Terceiro Setor (TS) operam a gestão de riscos em projetos em que o ente Estado é seu principal parceiro na execução de projetos de inclusão social. Sob o ponto de vista teórico, empregou-se na elaboração do artigo em tela conceitos já consagrados de riscos, gerenciamento de riscos, de autores da estatura intelectual e profissional de Carlos Magno da Silva Xavier, Antônio Juarez Alencar Eber Assis Schmitz, José Cardoso Zamith. Metodologicamente, utilizou-se a modalidade de estudo por objetivo explicativo, operada através de coleta bibliográfica e fontes documentais de obras consagradas em gestão de riscos, que constam das referências. Finaliza a análise demonstrando que, não obstante a importância do Terceiro Setor como coadjuvante do ente Estado na implantação de políticas públicas, este ainda carece de aplicação de ferramentas e técnicas na gestão de riscos de projetos, tanto para o fortalecimento interno dessas instituições como para o alcance das metas dos projetos junto aos beneficiários (comunidades).Palavras-chaves: Gerenciamento de Projetos. Gestão de Riscos. Terceiro Setor.
INTRODUÇÃOO e-book "Educação processo contínuo de desenvolvimento -Volume VII" mantém o sucesso da coleção mantendo a publicação de artigos inéditos que visam contribuir com a ciência no Brasil. Os artigos relacionam temas voltados à Educação como um processo contínuo do e para o desenvolvimento social e humano. Cada artigo traz um conjunto de informações, fruto de estudos na área educacional e que merecem a atenção do leitor que busca pesquisas nesta temática. Cada artigo traduz um aspecto da realidade educacional brasileira com um olhar próprio, crítico e investigativo, típico do conhecimento científico que norteia o princípio desta coleção. Este sétimo volume traduz a essência desta coleção. Boa leitura a todos!
O presente artigo trata-se de um relato de experiência técnica com o propósito de apresentar uma vivência na comunidade quilombola de São Tomé, localidade da zona rural de Campo Formoso-Bahia, distando 34,6 km em linha do centro da cidade, com a implantação de uma horta comunitária em uma escola rural baseada nos princípios agroecológicos. O espaço é um canteiro construído anteriormente por jovens rurais, alunos matriculados no Colégio Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, para a produção de hortaliças, mas que não tinha sido dada manutenção adequada à essa importante atividade extra-curricular. Por sua vez, o Instituto de Desenvolvimento Social e Agrário (IDESA), entidade de ATER contratada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural -SDR/Bahiater, vem atuando na localidade em parceria com a direção da escola. O diálogo constante entre essa parceria sobre como desenvolver atividades rurais para juventude da referida escola resultou na decisão conjunta de revitalizar a referida horta para produção de hortaliças orgânicas, com o objetivo de proporcionar aos jovens estudantes, no ano letivo 2020, a realização de uma atividade de extensão rural tendo relação direta com o meio ambiente, o uso, o manejo e a conservação dos solos, possibilitando, assim, uma experiência didática de cuidado da terra e de valorização dos recursos naturais locais de maneira produtiva e de economia doméstica, além de promover a sustentabilidade de parte da alimentação escolar por meio da produção agroecológica local.Palavras-chave: agroecologia; escola pública quilombola e extensão rural.
Uso dos princípios do agroextrativismo nos campos de licurida comunidade do caldeirão do mulato Use of the principles of agroextractivism in the licuri fields of the mulatto cauldron community
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