INTRODUÇÃO É provável que o ser humano não perceba o fato de que aproximadamente um terço de sua vida seja dedicado ao ato de dormir, um período que é associado um padrão comportamental e eletroencefalográfico especifico (HOBSON, 1999). Apesar das inúmeras teorias propostas para explicá-lo, não existe na atualidade uma que inspire confiança em que toda a sua essência tenha sido estabelecida (CHOKROVERTY, 2009). De acordo com Reimão (1990): "O sono é definido como um estado funcional, cíclico e reversível, com manifestações comportamentais próprias do momento".Sabe-se que para a organização do ciclo circadiano três processos básicos encontram-se envolvidos: o Homeostático, o Ultradiano e o Circadiano (TALHADA, 2012). Embora separados, é a interação entre estes processos que determina a distribuição temporal e duração do sono e da vigília (TUKER; ZEE, 1999). Alterações na cadência circadiana são acompanhadas por alterações no sono, que podendo acarretar prejuízos biopsicossociais. Cardoso et al. (2009) inferem que o homem precisa de estabilidade de seu padrão do sono, em razão da interferência direta nas funções biológicas e, sobretudo, na consolidação da memória, visão, termorregulação, conversão e restauração de energia, extensivo à restauração do metabolismo energético cerebral.
Introdução: Sabe-se que o uso excessivo de medicamentos é na atualidade um grande problema de saúde pública, que pode repercutir negativamente na vida dos indivíduos, principalmente na população idosa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde a população idosa é aquela a partir de 60 anos de idade. Polifarmácia é a utilização de pelo menos cinco medicamentos de uso contínuo. Objetivo: Analisar a prevalência da polifarmácia em idosos de uma unidade básica de saúde (UBS), correlacionando com o gênero e a faixa etária. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional retrospectivo dos idosos de uma UBS, no município de Patos de Minas, cadastrados no Sistema Único de Saúde. Resultados: De acordo com as análises, dos 282 participantes, 40,4% (114) encontravam-se em polifarmácia, sendo que 45,2% (84) eram mulheres e apenas 31,25% (30) eram homens. A pesquisa também mostrou uma relação significativa entre polifarmácia e faixa etária, onde 31,09% dos idosos entre 60 e 69 anos encontravam-se em polifarmácia, 46,49% dos entre 70 e 79 anos e 48,97% dos entre 80 e 89 anos. A prevalência encontrada de polifarmácia em idosos no presente estudo foi maior que os dados encontrados na literatura. Conclusão: Os dados analisados evidenciam a relação entre o gênero feminino com a polifarmácia, ou seja, ser idosa no estudo constituiu um fator de risco para polifarmácia.
A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa que apresenta sintomas motores e não motores. Classicamente, manifesta-se com bradicinesia, rigidez e tremores de repouso. A fadiga é um dos sintomas não motores mais debilitantes entre os pacientes com DP, com uma prevalência de 28% a 58%. Sua fisiopatologia e seus impactos na vida do paciente com DP, no entanto, não são ainda plenamente conhecidos. Por isso, o objetivo do presente trabalho é, através de um estudo prospectivo e comparativo, realizado no Centro de Neurociências do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, localizado em Goiânia, verificar a relação da DP e seus elementos semiológicos com a manifestação da fadiga . Para isso, foram selecionados pacientes do referido centro, variando de 20 a 70 anos, os quais foram divididos em dois grupos, o grupo com doença de Parkinson (GDP) e o sem a doença (GC). Os participantes passaram por avaliações envolvendo diversas escalas: uma avaliação neuropsiquiátrica, a qual incluiu o MMSE para medir seu estado cognitivo global; a HAMD (escala de Hamilton para avaliação da depressão) e o BDI (inventário de depressão de Beck) para avaliar os sintomas depressivos. A avaliação clínica dos pacientes incluiu a Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS) e o estágio de Hoehn e Yahr (H&Y). Aplicou-se também a escala de Schwab e England (SE), para avaliação da gravidade motora da doença, bem como seu estágio evolutivo. A presença e a gravidade da fadiga, por sua vez, foram avaliadas com a Escala de Chalder (CFS) e a Escala de Gravidade da Fadiga (FSS), respectivamente. O estudo incluiu 77 sujeitos (40 GDP e 37 GC). Em relação à ESF, os dados não mostraram diferença significativa entre os grupos. Com relação à depressão, foi mais frequente no GDP, nos níveis moderado e grave (ρ = 0,007), para EH, e leve e grave (ρ = 0,016). Já a relação da fadiga com a idade mostrou-se mais presente entre os indivíduos entre 50 e 70 anos. Na relação entre fadiga e tempo de doença, 46,7% tiveram duração igual ou superior a 5 anos, pela ESF, e 50%, no mesmo tempo de doença, apresentaram fadiga extrema. Nas atividades de vida diária (AVD), segundo o SE, 5% dos participantes tiveram 60% de desempenho, 5% tiveram 70%, 65% tiveram 80% e 26% tiveram 90%. Conclui-se, assim, que a fadiga afeta significativamente os pacientes com DP e que ela se relaciona positivamente com sintomas depressivos e perda de capacidade funcional nas AVDs. Nota-se, também, que é mais frequente naqueles pacientes com maior tempo e gravidade da doença. Os dados encontrados no referido centro reproduzem, em escala menor, os dados indicados na literatura científica mais atual, ressaltando a necessidade de se implementarem ferramentas diagnósticas e abordagens terapêuticas combinadas, com foco na melhora na qualidade de vida. Mais estudos, no entanto, são necessários para caracterizar melhor essa realidade.
O consumo de medicamentos está entre as principais causas de desenvolvimento do câncer. Faz-se, então, necessário investigar os efeitos de drogas amplamente consumidas no mundo, como é o caso do Viagra® (Citrato de Sildenafila - CS). O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito modulador do CS na carcinogênese induzida pela Doxorrubicina (DXR), por meio do Teste para Detecção de Clones de Tumores Epiteliais em Drosophila melanogaster. Foram utilizadas duas linhagens mutantes do organismo teste (wts e mwh) no intuito de obter larvas heterozigotas wts +/+ mwh, que foram tratadas com três concentrações de CS: 10 mM, 20 mM e 40 mM, isoladamente e em associação com a DXR. Constatou-se que o CS não exerceu efeito carcinogênico nas concentrações isoladamente avaliadas. Quando em associação com a DXR, propiciou efeito redutor sobre as frequências dos tumores induzidos por ela, conferindo papel anticarcinogênico ao CS. Acredita-se que este efeito seja devido a uma supra-regula- ção da via de apoptose dependente de caspase e ao impedimento do crescimento celular promovido pelo fármaco utilizado. As evidências obtidas comprovam o efeito protetor tumoral atribuído ao Viagra® nas condições experimentais propostas.
Context: Dermatomyositis (DM) is an idiopathic inflammatory myopathy, characterized by proximal skeletal muscle weakness, associated with a variety of characteristic skin manifestations. A form called Amiopathic Dermatomyositis (AD) is a condition that patients have cutaneous findings characteristic of DM without weakness and/or normal muscle enzymes. In turn, central nervous system (CNS) vasculitis refers to a wide spectrum of diseases that result in inflammation and destruction of the blood vessels of the brain, spinal cord and meninges. Case report: Female, 54 years old, reports for 3 months a progressive myalgia, paraparesis and edema in the proximal region of the lower limbs, evolving in the last weeks with erythematous and itchy lesions on the trunk (in shawl), feet and hands, with subsequent peeling of these (mechanic’s hands). During diagnostic investigation she presented epileptic seizures with behavioral arrest, right hemiparesis and motor aphasia. It evolved with a new stroke in the left frontoparietal region. Bilateral angiography showed points of constriction of segments of the middle cerebral artery bilaterally, compatible with CNS vasculitis. Therefore, with the exclusion of other secondary causes of arteritis, associated with the marker of positive inflammatory myopathy (Anti-Jo1) and CPK within the serum levels of normality, the diagnosis of the stroke secondary to AD was closed. Conclusions: Both CNS vasculitis and AD are rare conditions, characteristically diagnoses of exclusion, deserving to be remembered in clinical cases with singular manifestations, as reported in this case.
Introdução: A Ritalina® (metilfenidato) é um estimulante do sistema nervoso central, derivado da anfetamina. Ficou conhecida por seu uso em crianças e adultos diagnosticados com transtornos de déficit de atenção e hiperatividade, e alternativamente para tratamento de narcolepsia, obesidade e como estimulante para estudantes. Objetivo: Avaliar o efeito carcinogênico e/ou anticarcinogênico da Ritalina®. Método: Para tanto, larvas wts+/+mwh foram tratadas com o indutor tumoral doxorrubicina (0,4 mM) e com três diferentes concentrações de Ritalina® (100; 200 e 400 μM). Resultados: Mostraram que a Ritalina® apresentou atividade anticarcinogênica, visto que houve diferença estatisticamente significativa (p<0,05) nas frequências de tumores identificados com a presença da referida substância, quando comparadas à frequência de tumores no controle positivo isolado. Conclusão: Sendo assim, é possível inferir que, nas presentes condições experimentais, a Ritalina® apresentou efeito modulador sobre danos induzidos pela doxorrubicina, reduzindo a frequência de tumores em todas as concentrações testadas em células somáticas de Drosophila melanogaster.
RESUMOObjetivo: revisar ensaios clínicos para avaliar a eficácia do tratamento de epilepsia utilizando Canabidiol. Métodos: Foram filtrados artigos publicados entre janeiro de 1980 e novembro de 2020. As bases de dados utilizadas foram PubMed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e os seguintes descritores foram usados: Cannabidiol AND Epilepsy. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados e excluídos outros tipos de estudos, como revisões sistemáticas, revisões de literatura não sistemáticas, estudos experimentais em animais, além de artigos não disponíveis em versão completa, que não abordavam o tratamento da epilepsia ou que não estavam escritos em inglês. Resultados: Foram encontrados 285 artigos nas bases de dados mencionadas e utilizando os critérios de exclusão restaram 15 artigos. Conclusões: Provavelmente o CBD possui baixa toxicidade, tanto em administrações agudas quanto no tratamento crônico. Os efeitos adversos mais comuns foram: sonolência, vômito, diarréia, convulsões e perda de apetite. Foi evidenciado o aumento das transaminases hepáticas, principalmente quando associado ao uso de ácido valpróico. Os efeitos adversos são maiores até a 12ª semana e a partir dela eles se mantêm estáveis. Em dois estudos a frequência das convulsões não diminuiu com o tratamento. Houveram relatos da diminuição da intensidade das crises convulsivas com o uso de CBD. Dentre as limitações desta revisão estão a amostra pequena de pacientes em alguns estudos, pesquisas open-label, vieses de seleção e participação e população heterogênea.Palavras chaves: Canabidiol. Epilepsia. Uso terapêutico.
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