Embora se saiba da elevada prevalência de estudantes universitários trabalhadores, tem-se ainda evidências limitadas sobre as características do trabalho que influenciam o seu desempenho acadêmico. Assim, este estudo objetiva identificar as características do trabalho associadas ao desempenho acadêmico de universitários trabalhadores. Trata-se de um estudo transversal realizado em 2007/2008 com uma amostra de alunos de graduação de uma universidade pública (n=211). Para estimar a associação entre as variáveis explicativas e o desempenho acadêmico, utilizou-se um modelo de regressão logística múltiplo. Apresentaram associação positiva com o baixo desempenho acadêmico: o sexo masculino; maiores jornada de trabalho e demanda; e baixos controle e apoio social no trabalho. Destacou-se a necessidade de atenção dos alunos e dos docentes na seleção de ambientes de trabalho/estágio potencialmente favoráveis ao melhor desempenho acadêmico.
Objetivo identificar e discutir situações de trabalho relatadas por adolescentes trabalhadores que pudessem se constituir como violência psicológica no trabalho. Métodos foram realizadas entrevistas individuais semiestruturadas com 30 jovens trabalhadores entre 15 e 20 anos de idade. As informações foram analisadas a partir da análise hermenêutico-dialética. Resultados em geral, os participantes perceberam os “relacionamentos interpessoais” no trabalho como bons, mas relataram inúmeras situações de “mal-estar no trabalho” que incluíram humilhações, abusos de poder, constrangimentos e assédio sexual, revelando ocorrências de violência psicológica no trabalho. Os jovens mais empoderados e autônomos conseguiram enfrentar com mais firmeza as situações abusivas, fossem elas por parte de colegas de trabalho ou de superiores hierárquicos. Conclusão os adolescentes ingressantes no mundo do trabalho estão expostos a situações que ameaçam a saúde mental e se valem, sobretudo, do apoio social como estratégia de enfrentamento. Sugere-se a inclusão de temas de Saúde Mental e Trabalho, não só em organizações de educação para o trabalho, mas também no ensino médio regular, como contribuição ao preparo dos adolescentes e para que possam identificar e desenvolver estratégias de enfrentamento à violência psicológica.
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