INTRODUÇÃO: Metabolismo é o conjunto de reações químicas a nível celular com finalidade de degradar ou sintetizar substâncias, o metabolismo primário é responsável pelo fornecimento de energia e síntese de metabólitos essenciais aos seres vivos. Os vegetais apresentam, também, um metabolismo secundário capaz de produzir substâncias especializadas que não são vitais ao organismo, contudo, são úteis para proteção e reprodução das plantas, são representados dos 3 grandes grupos, terpenos, compostos fenólicos e alcaloides. A Poincianella pyramidalis, apresenta grandes quantidades de compostos fenólicos, sabe-se que esses estão associados a atividades farmacológicas importantes. Em estudos anteriores, identificou-se grupos de fenólicos derivados de ácido gálico e elágico, bem como importantes biflavonoides em suas partes. A literatura descreve uma correlação positiva entre o conteúdo fenólico total de uma de amostra sua atividade antioxidante. OBJETIVOS: Com isso o objetivo do trabalho foi quantificar o teor de fenóis, flavonoides e flavonóis do extrato bruto (BR) e nas frações clorofórmica (FCL), acetato de etila (FAE), hexânica (FHX) da entrecasca da P.pyramidalis (FCLpp). METODOLOGIA: O BR foi obtido por maceração a frio com etanol a 90% e fracionado com os solventes respectivos em ordem decrescente de polaridade e concentrados em rotavapor. As quantificações dos metabólitos foi realizada por interpolação da média das curvas calibração dos seus respectivos padrões. Ácido gálico para o teor de fenóis totais com curva de calibração (y= 0,1278x – 0,0256, r2=0,9991), quercetina para flavonoides (y=0,061x- 0,0161, r2=0,9994) e rutina para flavonóis totais (y= 0,1503x – 0,0245, r2= 0,9991) os resultados foram expressos em miligrama de equivalentes do padrão por grama de extrato ± Desvio padrão. RESULTADOS: O teor de fenóis para FHX foi 43,20 ± 1,48; FAE 494,47 ± 7,04; FCL 195,07± 2,15; BR 189,85 ± 1,76 em mgEAG.g-1. O teor de flavonoides para FHX 29,89 ± 0,98; FAE 21,23 ± 0,20; FCL 54,68 ± 0,095; BR 4,73 ± 0,25 em mgEQ.g-1. O teor de flavonóis para FHX 27,46 ± 0,34; FAE 15,24 ± 0,91; FCL 13,08 ± 0,28; BR 1,99 ± 0,038 em mgER.g-1.CONCLUSÃO: O nível de polaridade dos solventes possibilitou carrear diferentes classes de metabólitos, A FAE foi mais eficiente para carrear os Fenóis, a FCL para os flavonoides e HX para flavonóis.
Introdução: Com a aumento da resistência bacteriana aos antibióticos convencionais e consequente escalada de complicações na saúde humana, tem-se buscado investimento em pesquisa e tecnologias no combate à resistência antimicrobiana, dentre essas, muita atenção tem se dado às fontes de matrizes vegetais. A Poincianella pyramidalis, planta do presente estudo, em outras ocasiões, apresentou atividade antimicrobiana frente a cepas de Staphyloccocus aureus multirresistentes, além de fungos Candida albicans e Cryptococcus neoformans. Essa atividade está possivelmente ligada à alta concentração de alguns metabólitos secundários como os compostos fenólicos. Entretanto pouco tem se estudado com relação à sua atividade em bactérias gram negativas. Para otimizar essa ação é necessário haver meios de veicular o extrato vegetal para uma possível utilização na farmacoterapia. As formas farmacêuticas possibilitam distribuir esse princípio ativo (P.A) pelo local de ação de forma mais eficiente evitando/diminuindo a degradação ou acúmulo desse P.A. em locais não apropriados, evitando efeitos adversos indesejados. Objetivo: Com isso, o presente trabalho buscou incorporar a fração clorofórmica da entrecasca da P. pyramidalis (FCLcpp) em um sistema microemulsionado a fim de melhorar sua ação frente a cepas de Staphyloccocus aureus e Escherichia coli. Material e métodos: A FCLcpp foi obtida por maceração a frio com etanol 80% e particionada com clorofórmio, em seguida incorporada, 50mg/ml, à microemulsão O/A, formada por Tween 80 e Propilenoglicol, proporção 2:1 (tensoativo/cotensoativo) a 81 %, água a 10% e ácido oleico a 9%. Para atividade antimicrobiana utilizou-se o teste de difusão em discos e a concentração Inibitória mínima. Já para caracterização da microemulsão utilizou-se Índice de polidispersão (IPD) e potencial zeta (PZ). Resultados: A FCLcpp foi ativa contra E. coli, Concentração inibitória mínima 25ppm, mas inefetiva contra S. aureus. A caracterização da microemulsão mostrou um IDP de 0,25 e 0,12 e PZ de -13,1 e -6,2 sugerindo mais homogeneidade (IDP) mas menor estabilidade (PZ) quando comparada antes e após incorporação da FCLpp respectivamente, a FCLcpp incorporada não surtiu efeito para nenhum dos microorganismos testados. Conclusão: São necessários novos estudos a fim de produzir formulações que interajam de forma mais efetiva, uma vez que A FCLcpp teve menor atividade quando incorporada à microemulsão
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.