Este estudo teve como objetivo identificar, classificar e quantificar os potenciais de interações medicamentosas em pacientes internados em uma unidade cirúrgica. Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo realizado na clínica cirúrgica da Unidade do Sistema Neuromuscular do Hospital Universitário Getúlio Vargas, situado no Amazonas, no período de agosto a dezembro de 2019. Ao total foram incluídos cento e noventa e seis pacientes cirúrgicos no estudo, houve predomínio do sexo feminino (61,22%), a média da idade dos pacientes foi de 49,7 ± 15,6 anos, com tempo médio de permanência de 7,2 ± 10,1 dias. Observou-se que ocorreu potenciais de interações medicamentosas em cento e cinquenta e dois pacientes (77,55%), com média de 3,4 ± 4,0 interações por paciente, totalizando seiscentos e cinquenta e nove potenciais de interações. Diante dos resultados obtidos, constata-se que a atuação do farmacêutico clínico é importante para prevenir, detectar e manejar essas possíveis interações em unidades cirúrgicas resultando na otimização do tratamento farmacológico e na melhoria da assistência prestada aos pacientes.
Nas últimas décadas, houve um aumento considerável na incidência e diversidade de infecções fúngicas, estima-se que 1,5 milhões de pacientes morrem anualmente no âmbito hospitalar em decorrência das infecções fúngicas invasivas. O objetivo deste artigo é avaliar o perfil de utilização de antifúngicos em adultos na UTI de um Hospital Universitário. Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo realizado na UTI do Hospital Universitário Getúlio Vargas, localizado no Estado do Amazonas, pertencente ao Sistema Único de Saúde (SUS), no período de março/2019 a maio/2021. Ao total cem pacientes foram incluídos no estudo, a média de idade foi de 53,86 ± 16,11 anos e o tempo médio de permanência na unidade hospitalar foi de 41,08 ± 29,09 dias. A principal indicação para terapia antifúngica foi tratamento de infecção por cândida, seguida de infecções do trato respiratório. Dentre os tratamentos antifúngicos prescritos destacou-se a micafungina. Quando analisada o consumo por DDD observou-se que nos últimos anos ocorreu um aumento gradativo na utilização de micafungina. Nesse sentido, conclui-se que as complicações advindas da infecção por COVID-19 alteraram o perfil de utilização dessa importante classe. Nesse contexto, a CCIH representa um dos alicerces para instituição de critérios adequados na escolha da terapia antifúngica.
No ambiente hospitalar, principalmente em unidades de terapia intensiva, as infecções fúngicas oportunistas representam um grande desafio a comunidade médica e científica, pois pacientes que possuem doenças de base que afetam o sistema imunológico e são submetidos a inúmeros procedimentos invasivos tem de 5 a 10 vezes maiores chances de adquirir infecções fúngicas nosocomiais. Essa problemática adquiriu características ainda mais complexas com a pandemia da COVID-19 principalmente devido ao aumento na utilização de antimicrobianos, corticosteroides e procedimentos invasivos, amplificando o risco das infecções causadas por fungos e outros patógenos. Desse modo, esta revisão narrativa tem o objetivo descrever os aspectos farmacocinéticos, farmacodinâmicos, uso clínico e interações medicamentosas dos principais agentes de uso sistêmico pertencentes a segunda geração da classe dos Azóis: fluconazol, itraconazol, posaconazol e voriconazol. O mecanismo de ação desses agentes deve-se a inibição da desmetilação da 14α-lanosterol, essencial para biossíntese de ergosterol. Diferentemente dos imidazólicos, os triazóis possuem em sua estrutura molecular dois átomos de carbono e três de nitrogênio que confere a este grupo menor toxicidade as células humanas e maior espectro de ação, tornando-os mais eficientes e seguros para uso clínico. Por fim, com o aumento da incidência de infecções fúngicas durante a Pandemia da COVID-19, os antifúngicos se tornaram alvos de atenção e preocupação devido ao número limitado de agentes que compõem esta classe. Desse modo, é imprescindível o uso seguro e racional dessa classe, bem como a ampliação nos esforços da comunidade científica na descoberta de novos agentes no intuito de combater doenças ocasionadas por microorganismos resistentes aos tratamentos tradicionais.
objetivo: Fornecer informações sobre as principais alterações fisiológicas que podem influenciar as propriedades farmacológicas em pacientes críticos e das interações medicamentosas de relevância clínica mediadas pelas enzimas do citocromo P450, com ênfase nos antifúngicos triazólicos. Revisão bibliográfica: Os pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) apresentam frequentemente alterações fisiológicas que ocasionam modificações no perfil farmacológico de diversos medicamentos. A presença de disfunções hepáticas, renais, hipóxia e isquemia periférica, distúrbios circulatórios, elevação de marcadores inflamatórios, hipoalbunemia e obesidade alteram parâmetros de absorção, distribuição, metabolização e excreção de farmacos. Essas modificações aliadas ao uso concomitantemente de diversos fármacos representam um grande desafio para a abordagem farmacoterapêutica destes pacientes. Dentre a ampla variedade de classes farmacológicas, enfatizamos os antifúngicos triazólicos, devido ao seu grande impacto e uso em UTI. Considerações finais: O conhecimento das alterações farmacocinéticas em pacientes críticos e sobre a modulação das enzimas do citocromo P450 é uma valiosa ferramenta para prevenir e manejar possíveis interações medicamentosas, principalmente nas UTI. A atuação em conjunto dos intensivistas e dos farmacêuticos clínicos pode otimizar consideravelmente o tratamento farmacoterapêutico.
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