o presente estudo resulta de uma pesquisa qualitativa exploratória que objetivou verificar e analisar como a beleza física é vista, e como sua presença/ausência afeta os trabalhadores no cotidiano do trabalho imaterial bancário. Para tanto, realizou-se 12 grupos focais que totalizaram 265 participantes - 134 mulheres e 131 homens - provenientes de uma mesma instituição bancária do setor público. A análise dos resultados seguiu as orientações de Minayo e encontrou respaldo à luz da literatura pertinente que aponta o controle-estimulação, a responsabilização pela conquista e manutenção da beleza física e sua consequente naturalização. Os resultados permitem compreender a beleza física como investimento na carreira, instrumento da gestão gerencialista, definidora da visibilidade/invisibilidade dos corpos, e fonte de sofrimento psíquico. Nesse sentido, a gestão gerencialista se faz notar ao tornar a beleza física rentável. Suas consequências humanas como rejeição, incitação à adesão, impedimentos à ascensão na carreira e sofrimento carecem de divulgação, embora componham o conjunto de elementos relativos à produção de estilos de vida na sociedade líquido-moderna.
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