Resumo O presente trabalho visa a apontar o que se reconhece como alguns percursos iniciais do pensamento da “criminologia feminista” no Brasil. Ao estabelecer esse caminho, formula-se a seguinte questão: qual é o percurso desenvolvido para construção da criminologia feminista que se desenvolve no Brasil e suas possíveis relações com o poder punitivo? A pesquisa aponta na direção de que tais debates, no que se refere a gênero e à violência contra a mulher, ainda permanecem bastante conectados com aqueles desenvolvidos no início dos anos 90, a saber, tomados pela leitura de direitos humanos das mulheres e pelo uso positivo e negativo da tutela penal e acesso à justiça - como paradigmas de análise sobre os aportes feministas -, ainda bastante restritos às questões de violência doméstica.
Mary Douglas é uma destas autoras que quando nos deparamos na estante de livros, ficamos tentados em relê-la. Há alguns dias, isso ocorreu. Deparei-me com Pureza e perigo (Douglas, 1976. p. 56), livro que trabalhei na década de 70. Relendo algumas passagens do livro, que destaquei há tanto tempo, verifiquei o enfoque dado pela autora sobre as questões da pureza, do perigo, da impureza, da sujeira. A ênfase no exame destas questões está vinculado a outra problemática, não menos importante, que a autora trabalha, qual seja: a questão da ordem. Pensei como a ordem fundamenta todo um padrão de comportamento que nem sempre costumamos relacionar à impureza e ao perigo. No entanto, nada mais apropriado que pensar na ordem para compreender a desordem assim como todo o tipo de discriminação. A sujeira é um fato que nos repugna, temos horror a certos tipos de sujeira, passamos pensando o quanto é importante a limpeza, a pureza e a ausência de qualquer perigo. Tudo o que nos cerca deve estar imune à contaminação e à impureza, mesmo as mais microscópicas. A ordem está colada à organização: todas as coisas em seus lugares e todos os lugares com suas coisas igualmente ordenadas e purificadas.
Resumo: O artigo trata em um primeiro plano da temática da interdisciplinaridade, tendo como foco de análise as questões vinculadas ao tempo e às novas tecnologias. Em um segundo plano, a questão seria o espaço da interdisciplinaridade na atual organização universitária. Poderíamos pensar que na organização universitária construída no passado caberia uma inovação inédita, descolada da concepção especializada?Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Especialização. Tecnologia.
Abstract:The article analyzes in a first step the theme of interdisciplinarity, focusing the issues of time and new technologies. On a second moment, the article analyzes the connections between the interdisciplinary spaces in the current form of organization of the university. Is the contemporary structure of the university, grown up on a specialization basis, able to conduct itself an unprecedented renovation guided by the interdisciplinary cooperation, detached from its traditional specialist premise?
Uma primeira observação a respeito da questão da história da construção do Estado-Nação no Brasil diz respeito a uma perspectiva temporal. A relação da nação com seu passado abrange uma temporalidade em três dimensões, cada uma delas possui um sentido específico. A primeira dimensão, é aqui tratada como um passado coletivo, vivido no momento que inicia a construção das instituições do país. As representações criadas nessa dimensão funcionaram como um dado que pode ser presentificado por meio de recodificações que puderam ser constituídas no fluxo da temporalidade. Portanto, a ênfase atribuída a determinados fatos, assim como a importância conferida e a densidade na forma de abordá-los, permitiu dar maior importância a alguns aspectos e estabelecer conexões entre eles e o tempo presente. Dessa forma, podemos presentificar o passado e por esse caminho mitificar determinados eventos. Situar-se em uma perspectiva atemporal, dar uma qualidade ao povo brasileiro, buscar explicar o cerne da alma da Nação, como se essa tivesse uma substancialidade, procurada por muitos e qualificada de várias formas como a de povo pacífico generoso e cordial, é buscar encontrar a razão primeira, o passado, como uma realidade fixa e contínua, legitimadora de uma 1Historiadora e antropóloga, doutora pela Universidade de Coimbra, professora dos Programas dos Programas de Pós-Graduação em História, Ciências Sociais e em Ciências Criminais; pesquisadora bolsista do CNPq. Contatos com a autora: chitto@pucrs.br.
PUC/RSResumo O processo de formação do Estado Nação no Brasil foi criado em face da tensão entre a metrópole e a colônia. Nesse processo, as questões referentes à cidadania e, em especial, suas tensões com o complexo problema da escravidão, estão na proa da história das ideias políticas. Nesse contexto de investigação, é de importância fundamental a obra de Silva Lisboa. Palavras-chaves Escravidão. Nação. Silva Lisboa.
AbstractThe process of formation of the Nation State in Brazil was created in the face of the tension between the metropolis and the colony. In this process, issues of citizenship, and especially their tensions with the complex problem of slavery, are at the forefront of the history of political ideas. In this research context, the work of Silva Lisboa is of fundamental importance.
O artigo trata da transformação ocorrida na fixidez medieval após a expansão marítima européia. A substituição da fixidez pela mobilidade inaugura a modernidade.
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