RESUMO: É apresentada técnica para correção do refluxo valvar aórtico pela desinserção e ampliação de uma ou mais das válvulas com pericárdio bovino. Após estudo experimental em peças animais isoladas, a técnica foi empregada, com sucesso imediato, em seis pacientes. Em todos os casos, ampliou-se a válvula não coronariana e, em dois, ampliou-se, também , a válvula coronariana esquerda. O levantamen~o das comissuras valvares poderá constituir-se em uma técnica complementar, desde que foi uma constante em todos os pacientes operados. Uma paciente faleceu no sétimo mês de pós-operatório por endocardite bacteriana. Os demais pacientes encontram-se em períodos de observação de quatro a 12 meses. As observações iniciais permitem afirmar que a técnica é reproduzível com bons resultados imediatos. A evolução clínica a médio e a longo prazo é fundamental para uma apreciação mais definitiva, sendo motivo de constante preocupação a ocorrência de endocardite bacteriana e as conseqüências da evolução do processo reumático. DESCRITORES: valva aórtica, plastia; próteses valvulares cardíacas, biológicas, cirurgia. INTRODUÇÃOgada, com sucesso, em uma paciente, motivando a sua notificação prévia 3. Desde o início da década de 50, tem-se procurado um método eficaz para o tratamento cirúrgico da insuficiência aórtica, sendo que a técnica mais utilizada, atualmente, é a substituição valvar por prótese.Com base em razoável experiência bem sucedida no tratamento cirúrgico da insuficiência mitral, ampliando-se a cúspide posterior com pericárdio bovino fixado em glutaraldeído 5 , tentou-se a adaptação da técnica para a correção do refluxo valvar aórtico. A idéia inicial era a de ampliar-se uma ou mais válvulas, associando-se ou não o levantamento das comissuras valvares. Essa ampliação seria realizada com pericárdio bovino, desinserindo-se a válvula retraída de seu anel. Após o estudo experimental em peças animais, a técnic~ foi empreNo presente trabalho, apresenta-se a experiência clínico-cirúrgica com seis pacientes operados. Uma revisão bibliográfica, tão ampla quanto possível, não revelou qualquer descrição de técnica igual, podendo, assim , tratar-se de contribuição original.
Reação histopatológica da parede da aorta abdominal ao stent não recoberto Histopathological reaction of the abdominal aorta wall to non-covered stents Abstract Objective: To evaluate the histopathological reaction of the abdominal aorta wall in pigs' renal arteries to the presence of non-covered stainless steel stents. Methods: The abdominal aorta of ten pigs (6 months old and weighing 86.6 kg on average) was histopathologically studied 100 days after the implant of stainless steel stents in the abdominal aorta, with one segment of the stent implanted in the renal artery. Self-expanding non-covered stents were released by laparotomy. The histological slices were made at the transition from the normal aorta and the aorta containing the stent; the aorta portion containing the stent; the portion with the ostia of renal arteries; periaortic lymph nodes and renal parenchyma. The samples were stained by the hematoxylin and eosin technique. Results: Macroscopic findings showed periaortic lymphadenopathy, thickened aortic wall, patency of lumbar and renal arteries and normal renal anatomical structure. Microscopic analyses near the stents revealed thickening of vessel wall secondary to intima fibrosis, and media layer affected by interstitial fibrosis. Micrometric measurements of aorta wall with the stent, compared to the aortic portion without it, presented a 75.90% increase in the total thickness of the wall by thickening of the intima layer secondary to fibroblast proliferation, collagen deposits with lymphocytary inflammatory infiltrate and foreign body-type granulomas. Conclusion: The non-covered stainless steel stents in pigs' aortas produced a significant inflammatory reaction with fibrosis in the media and intima layers evidenced by histopathological analyses; their presence did not interfere in the patency of the abdominal aorta or the renal and lumbar arteries.
Em 1995, Batista e col 1 descreveram nova técnica cirúrgica para o tratamento de portadores de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) terminal, originalmente denominada ventriculectomia parcial. A técnica consiste basicamente na retirada de um fragmento da parede lateral do ventrículo esquerdo (VE), do ápice ventricular ao anel da válvula mitral, através dos músculos papilares, sob circulação extracorpórea, sem o uso de cardioplegia. Os resultados obtidos no pós-operatório imediato de 18 pacientes submetidos a esta nova técnica operatória mostraram aumento na fração de ejeção do VE (FEVE) de 100 a 300%.Apesar de ostensivamente divulgada na imprensa leiga, tanto no Brasil como no exterior 2 , poucas são as publicações científicas referentes à ventriculectomia parcial. Devido a isso, apenas alguns grupos no Brasil 2,3 e no exterior 5-7 têm, sistematicamente, realizado este procedimento cirúrgico para avaliar sua potencial eficácia como tratamento alternativo para pacientes selecionados com ICC terminal.Embora os resultados iniciais sejam alentadores, existem incertezas com relação ao prognóstico a longo prazo do procedimento, não sendo ainda claras, conseqüente-mente, as diretrizes para a realização da ventriculectomia parcial.Em que pese o surgimento dos antagonistas da enzima de conversão do angiotensinogênio em angiotensina, que melhorou a sobrevida de pacientes com ICC, a mortalidade anual continua a ser alta (>40%) naqueles com ICC avança-da, ou seja, grau IV da classificação funcional da New York Heart Association (NYHA) 8,9 , FEVE <0,20 determinada pela ventriculografia isotópica 9,10 , diâmetro diastólico do VE (DDVE) >75mm 11,12 , caminhada em 6min <300m 13 , consumo máximo de oxigênio durante exercício aeróbico <13 mets 10,14 , percentagem de encurtamento da fibra miocárdica <13% e FEVE <0,30 determinados ecocardiograficamente 15-17 e índi-ce cardíaco <2,5l/min/m 2 ou pressão capilar pulmonar >15mmHg 9,18 . Nesses pacientes, o transplante cardíaco ortotópico pode ser a única opção para se melhorar a qualidade de vida e a sobrevida. Entretanto, o transplante cardí-aco constitui tratamento caro e complexo, limitando sua realização a apenas alguns centros de nosso país. Assim, o surgimento de alternativa terapêutica para o tratamento de pacientes com ICC terminal é altamente desejável. Resultados atuais da ventriculectomia parcialPós-operatório imediato (primeiros 30 dias) -Até o momento, ao que parece, existem dados científicos consistentes referentes a 84 pacientes submetidos à ventriculectomia parcial na literatura médica. Os dados relativos ao pós-operatório (PO) imediato são conhecidos em 73 (86%) pacientes. Bellotti e col 4 estudaram 11 pacientes 17±4 dias após a ventriculectomia parcial, verificando importante regressão na classe funcional (CF) da NYHA (3,6±0,5 x 1,4±0,7, p<0,001), e no DDVE (80±7 x 71±7 mm, p=0,002), aumento na percentagem de encurtamento da fibra miocárdica (11,5±1,8 x 19,8±3,9, p<0,001) e alteração na geometria do VE, que se tornou mais hipertrófico e menos esférico. Kirshner e c...
O Bloqueio de Ramo (BRE) pode apresentar-se como entidade isolada, inclusive em corações normais, nos quais aparentemente não causa importante prejuízo à função ventricular esquerda. Estudos realizados com a indução de BRE pelo implante de marcapasso ventricular direito (1) mostraram, no entanto, efeitos deletérios tanto na função sistólica como diastólica do ventrículo esquerdo, inclusive com aparecimento e/ou acentuação de insuficiência mitral. O BRE pode também vir acompanhado de contração discinética do septo interventricular, que causa um prejuízo adicional à função ventricular esquerda e está, em geral, associada a um quadro de miocardiopatia e insuficiência cardíaca de mau prognóstico (2). Estimulados pelo trabalho de CAZEAU et al. (3), em 1994, estudaram pacientes miocardiopatas e demonstraram que a utilização de marcapasso nas quatro câmaras cardíacas causava agudamente redução da pressão capilar pulmonar e aumento do débito cardíaco, provavelmente pela sincronização de contração ventricular estimulando os dois átrios e ventrículos sincronicamente. Nós investigamos a possibilidade da utilização apenas de estimulação ventricular esquerda através de um marcapasso bicameral, para a tentativa de sicronização de contração do ventrículo esquerdo e septo interventricular em pacientes portadores de miocardiopatia, bloqueio de ramo esquerdo e discinesia septal. O procedimento foi realizado em 3 pacientes que foram submetidos no pós-operatório, com o MP ligado e desligado, a estudo ecocardiográfico e cintilográfico para a análise da função ventricular esquerda através do cálculo da fração de ejeção. Os resultados mostraram importante melhora deste parâmetro: no primeiro caso indo de 17% para 25%; no segundo de 13% para 30% e no terceiro de 13% para 27%. A discinesia praticamente desapareceu em 2 dos casos e foi quantificada como +/4 no primeiro caso. A classe funcional e a insuficiência mitral não foram parâmetros avaliados em nossos pacientes, pois os 3 tiveram indicações de procedimentos associados ao implante de MP, o que poderia falsear os resultados de melhora pós-operatória. Apesar do pequeno número de pacientes, este novo procedimento nos parece promissor, no tratamento de doentes com miocardiopatia e BRE com discinesia septal, onde obtivemos melhoria na fração de ejeção em média de 92%. Futuramente, talvez possamos indicá-lo na prevenção ou mesmo antes da deterioração da função ventricular esquerda e melhorando o prognóstico e a sobrevida dos pacientes.
Left branch bundle block may present as an isolated entity, even in normal hearts, in which apparently it does not impair the left ventricular function importantly. Studies in LBBB created by the implant of a right ventricular pacemeker, have shown deleterious effects on left ventricle systolic and diastolic functions associated sometimes with presence of mitral valve regurgitation. Paradoxical interventricular septal motion that follows the LBBB cause an additional impairment of left ventricular function and is in general present in patients with cardio...
RBCCV REIS, C. L.; ÉVORA, P. R. B. ; RIBEIRO, P. J . F.; BRASIL, J. C. F.; OTAVIANO, A. G. ; BONGIOVANI, H. L. ; BOMBONATO, R.; PEREIRA. A. S. -Contrapulsação aórtica intraoperatória pós circulação extracorpórea (CEC) : apresentação de método. Rev. Bras. Cir. Cardiovas., 1(2):29-33, 1986.RESUMO : Apresenta-se um sistema para obtenção do efeito d,e contrapulsação aórtica no período intraoperatório pós perfusional de cirurgias cardíacas.
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