Resumo: Este artigo busca principalmente propor um modelo de gramática que descreva e explique o processo de aquisição da lateral silábica do inglês por aprendizes brasileiros. Pretendemos responder às seguintes questões: 1) Qual gramática está sendo adquirida? Mais especificamente: qual é a gramática que licencia a forma [ɫ̩ ] na língua inglesa de falantes nativos (bem como suas variantes)? 2) Quais são as principais etapas pelas quais a gramática da interlíngua do aprendiz brasileiro no processo de aquisição de [ɫ̩ ] passa? 3) Como explicar a variação na interlíngua durante todo o processo de aquisição? É possível prever as variantes que irão emergir no processo de aquisição de [ɫ] juntamente com suas frequências e estabelecer os limites da variabilidade? Para responder tais questões, fazemos uso da Teoria da Otimalidade em sua versão Estocástica e seu Gradual Learning Algorithm (BOERSMA & HAYES, 2001). Nosso modelo foi embasado e testado por dados empíricos de um estudo realizado por nós assim como de outros autores.
Este trabalho investiga a aquisição de uma estrutura marcada do inglês por parte de aprendizes campinenses de L2, com foco, mais especificamente, na produção de sequências triconsonantais do tipo Ct/d]σC. Dessa forma, nossa pesquisa sociolinguística busca descrever e explicar a variação na interlíngua de aprendizes campinenses de inglês como L2 no que diz respeito à produção das oclusivas coronais entre consoantes heterossilábicas. Para tanto, 24 informantes foram solicitados(as) a realizar a leitura de uma lista de 43 palavras do inglês contidas em 160 frases-veículo, e metade de tais participantes foram ainda convidados(as) a produzir palavras/fraseados com base em imagens. Lançando mão do tratamento estatístico realizado pelo novo programa de regras variáveis, o Rbrul (JOHNSON, 2015), e da verificação acústica via Praat (BOERSMA; WEENINK, 2013), 1.071 ocorrências do fenômeno foram analisadas. O modelo de efeitos mistos fornecido pelo Rbrul selecionou uma variável aleatória (informantes) e três variáveis fixas (sonoridades das consoantes anterior e posterior, e proficiência em L2) como sendo estatisticamente significativas para a variação em foco. Partindo da premissa de que as estruturas da língua não são condicionadas apenas por fatores internos ao sistema, nossa discussão recai sobre os fatores internos e externos (efeitos fixos) mais relevantes.
Este estudo descreve e analisa o processo variável da vogal epentética em palavras na língua inglesa iniciadas por clusters por aprendizes brasileiros de inglês como segunda língua (L2). O objetivo dessa pesquisa é, então, identificar a frequência de inserção da vogal de apoio na posição inicial das palavras em língua inglesa que se iniciam com um dos seguintes clusters: /sp/, /st/, /sk/, /sl/, /sm/, e /sn/. O corpus deste estudo é constituído por 18 informantes paraibanos, aprendizes de inglês como L2, estratificados nos níveis básico, intermediário e avançado de proficiência. Os dados mostram que as variáveis sonoridade do encontro consonantal, nível de proficiência, instrução explícita na L2 e contexto precedente foram as mais relevantes à realização do fenômeno. REFERÊNCIASALLAN, D. Oxford placement test 1. Oxford: Oxford University Press, 2004.ALVES, U. K. O que é consciência fonológica. IN: LAMPRECHT et. al. Consciência dos sons da língua: subsídios teóricos e práticos para alfabetizadores, fonoaudiólogos e professores de língua inglesa. 2 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012, p. 29-41.BOUDAOUD, M.; CARDOSO, W. Vocalic [e] epenthesis and variation in Farsi-English interlanguage speech. Concordia Working Papers in Applied Linguistics, 2, 2009.CARDOSO, W. The variable development of English word-final stops by Brazilian Portuguese speakers:A stochastic optimality theoretic account. Language variation and change, v.19, 2007, p. 1-30.______, W. The Development of sC Onset Clusters in interlanguage: markedness vs. frequency effects. Proceedings of the 9th Generative Approaches to Second Language Acquisition Conference, (GASLA 2007), ed. Roumyana Slabakova et al., 15-29. Somerville, MA: Cascadilla Proceedings Project, 2008.CARLISLE, R. The effects of markedness on epenthesis in Spanish/English interlanguage phonology. Issues and Developments in English and Applied Linguistics, 3, 1988, 15-23._______, R.S. The Influence of Environment on Vowel Epenthesis in Spanish/English Interphonology. Applied linguistics, v.12, n.1, 1991, p. 76-95._______, R. Environment and markedness as interacting constraints on vowel epenthesis. In:_______ J. Leather; JAMES, A (Eds.), New sounds 92 (p. 64–75). Amsterdam: University of Amsterdam Press, 1992._______, R. S. Markedness and environment as internal constraints in the variability of interlanguage phonology. In:_____. M. Yavas (ed.) First and Second Language Phonology. San Diego: Singular Publishing Company, 1994 p. 223-249.______, R. The modification of onsets in a markedness relationship: Testing the interlanguage structural conformity hypothesis. Language learning, v.47, 1997, p. 327-361.______, R. The acquisition of onsets in a markedness relationship. A longitudinal study. Studies in second language acquisition. 20, 1998, 245–260.COLLISCHONN, G. Um estudo da epêntese à luz da teoria da sílaba de Junko Ito (1986). Letras de hoje, Porto Alegre: v. 31, n.2, 1996, p. 149-158.CORNELIAN JR, D. Brazilian learners’ production of initial /s/ clusters: Phonological structure and environment. New Sounds 2007: Proceedings of the Fifth International Symposium on the Acquisition of Second Language Speech, 2007.DUBOIS, J. et al. Dicionário de lingüística. São Paulo: Cultrix, 2006.ESCARTÍN, C. I. The development of sC onset clusters in Spanish English. Tese – Concordia University, Canadá, 2005.GASS, S.; SELINKER, L. (eds). Language transfer in language vs learning. Newbury House, Rowley, Massachusetts, 2008.LABOV, W. Padrões sociolinguísticos. Tradução de Marcos Bagno; Mª Marta Pereira Scherre e Caroline Rodrigues Cardoso. São Paulo: Parábola Editorial, (1972) 2008.LUCENA, R. M; ALVES, F. C. Análise Variacionista da Aquisição do /p/ em Coda Silábica por Aprendizes de Inglês Como LE. Revista Intertexto. v. 5, n. 2, 2012.PEREYRON, L. Epêntese vocálica em encontros consonantais mediais por falantes porto-alegrenses de inglês como língua estrangeira. Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre: 2008.RAUBER, A. S. The production of English initial /s/ clusters by Portuguese and Spanish EFL speakers. Unpublished Master's thesis, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC: Brazil, 2002.RAUBER S.; BAPTISTA. The production of English initial /s/ clusters by Portuguese and Spanish EFL speakers. Rev. Est. Ling. Belo Horizonte: v. 12, n. 2, 2004, p. 459-473.REBELLO, J. T. The acquisition of English initial /s/ clusters by Brazilian EFL learners. Florianópolis: UFSC, 1997.SANKOFF, D.; TAGLIAMONTE, S.; SMITH, E. GoldVarb X: a variable rule application for Macintosh and Windows. Department of Linguistics. University of Toronto, 2005.SELINKER, L. Rediscovering interlanguage. New York: Longman, 1972.SILVA. T. C. Dicionário de fonética e fonologia. São Paulo: Contexto, 2011. Recebido em 30-10-2018.Aceito em 22-02-2019.
Este artículo tiene como objeto de estudio el uso del ‘vos’ en el oriente boliviano, más específicamente, en Santa Cruz de la Sierra. A partir de un corpus compuesto por grabaciones de audios de conversas de whatsapp entre padres e hijos, el objetivo es verificar si si la fórmula de tratamiento utilizada es compatible con la variación situacional exigida. Para el análisis, nos basamos en la teoría de la sociolingüística variacionista, en la fonología entonativa y en las reglas de cortesía. Los resultados demuestran que el pronombre ‘vos’ posee uso común y corriente en el oriente boliviano para expresar no sólo familiaridad, sino también cariño y confianza. Además, la entonación de los enunciados también contribuye para identificar un tratamiento cortés.
Resumo: A presente pesquisa, fundamentada no modelo teórico da sociolingüística quantitativa, versa sobre o apagamento da oclusiva dental /d/ nos grupos "ndo", na língua falada na região do Brejo da Paraíba. Os dados foram extraídos de um corpus composto por registros de fala de 6 informantes residentes naquela região. As entrevistas, gravadas em situações naturais de interação social, foram realizadas com base em questões voltadas para os interesses de cada informante, de acordo com as informações contidas em uma ficha social. Em seguida, os dados coletados foram submetidos a um tratamento computacional, através do software GOLDVARB X. Como resultados preliminares, o software apontou as seguintes variáveis como relevantes para o fenômeno em estudo: classe de palavras, sexo e contexto foné-tico-fonológico anterior. Além disto, observou-se que há maior ocorrência da manutenção da oclusiva dental /d/ na fala dos informantes. Palavras-chave: Variação lingüística, Apagamento fonológico, Língua falada.Abstract: This paper, based on the theoretical framework of quantitative sociolinguistics, aims at understanding the process of /d/ deletion in 'ndogroups' in the speech community of Brejo da Paraiba, Brazil. The data were collected from an oral language corpus which represents the dialect spoken in that community. The interviews, recorded in a natural conversation situation, were based on the speaker's favorite talk subjects, according to a preinterview, previously arranged. The data were then submitted to a statistic treatment, through GOLDVARB X software. The preliminary results indicated that the factors 'word class', 'sex' and 'preceeding phonological context' were relevant to the phenomenon.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.