BackgroundThis study aimed to estimate coverage and identify factors associated to vaccination against influenza in the elderly population.MethodsThe study design was cross-sectional and population based. Data was collected in 2010 by the Health, Well-Being and Aging Study. Sample consisted of 1,341 community-dwelling elderly, in São Paulo, Brazil. Association between vaccination and covariates was evaluated by means of prevalence ratios estimated by Poisson regression models.ResultsSelf-reported vaccination coverage was 74.2% (95% confidence interval: 71.3–76.9). Remaining physically active and having had recent interaction with health services, mainly with public units of healthcare, were the main incentives to increase vaccination coverage among the elderly; whereas lower age, living alone and absent interaction with health services were the main constraints to influenza vaccination at the community level. These covariates had already been reported to influence influenza vaccination of elders in previous years.ConclusionPrevious knowledge already available on the main constraints to influenza vaccination has not allowed to remove them. Influenza campaigns should be strengthened to increase vaccination coverage, especially in the group more reticent to vaccination. Instructing healthcare providers to recommend vaccine uptake is an important piece of this puzzle.
Resumo O objetivo do estudo foi estimar a cobertura vacinal contra a influenza em idosos e identificar os fatores associados à adesão à vacinação. Foi realizado estudo transversal de base populacional, com dados coletados, em 2006, pelo estudo Saúde, Bem-estar e Envelhecimento. A amostra foi composta por 1.399 idosos do Município de São Paulo, Brasil. A associação entre a adesão à vacina e as variáveis independentes foi avaliada por meio da razão de prevalências, estimada pela regressão de Poisson. A vacinação autorreferida foi de 73,8%. No modelo explicativo final, a vacinação contra a gripe foi associada à idade mais elevada, à presença de doenças crônicas e ao atendimento à saúde no ano anterior. Foi observada associação negativa com a internação no ano anterior. Concluiu-se ser necessário incentivar a vacinação de idosos com menos de 70 anos e sem doenças crônicas, assim como orientar os profissionais de saúde para ampliar a cobertura nos grupos com menor participação nas campanhas.
This study aimed at assessing the factors associated with vaccine uptake in a representative sample of community-dwelling Brazilian older adults, specifically focusing on differences in socioeconomic factors among the country regions. We conducted a cross-sectional, population-based study, using a probabilistic household sample in 2013. Individuals aged 60 years or more answered a structured questionnaire informing on vaccination status and sociodemographic and behavioral covariates. Associations between variables were evaluated using prevalence ratios estimated by Poisson regression models. The overall vaccination coverage (72.6%) in older adults ranked lower than the goal of 80% stipulated by the Brazilian health authority; vaccine uptake differed significantly among the country regions. The prevalence of vaccination was lower in black individuals in Brazil than that in their white counterparts. The prevalence of vaccine uptake was significantly associated with covariates on current life style, use of health care, and socioeconomic determinants. Compared with individuals with 0-3 years of education, more schooled individuals had higher prevalence of vaccine uptake in the North, Northeast, and South regions of the country. This study showed that there is room for increasing vaccination coverage among the elderly in Brazil. The knowledge previously obtained on factors significantly associated with vaccine uptake has not prevented them to continue influencing this outcome. The socioeconomic inequality in vaccination in some Brazilian regions reinforces the need of targeting the intervention toward the most vulnerable groups.
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da violência sexual em crianças e adolescentes residentes do município de São Paulo. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo. Foram utilizados dados secundários, oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2017. Resultados: Para o período foram notificados 2.884 casos de violência sexual envolvendo crianças e adolescentes. Houve evolução do número de casos notificados entre os anos (2015–401; 2016–1049 e 2017 - 1434). A faixa etária com a maior estimativa de risco para violência sexual foi de 5 a 9 anos. A prevalência dos casos ocorreu no sexo feminino (81,1%) e na raça negra (47,2%). Em relação aos agressores prevaleceu os amigos/conhecidos (20,9%) e os pais (16,8%). Conclusão: Evidenciou-se o agravo temporal e evolutivo da violência sexual à saúde de crianças e adolescentes e observou-se desigualdades no ciclo de vida, gênero e raça.
Objetivo: descrever o perfil epidemiológico e dinâmica da distribuição dos acidentes ofídicos envolvendo humanos no Estado de São Paulo (ESP) entre 2007 e 2018. Método: estudo epidemiológico do tipo descritivo. Utilizou-se dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). A população foi obtida pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE). Resultado: para o período estudado, observou-se maior proporção de acidentes envolvendo serpentes Bothrops spp., membros inferiores, tempo de atendimento em até uma hora e classificação leve do acidente. A maioria dos acidentes acometeram indivíduos do sexo masculino, adultos, escolaridade inferior ao ensino fundamental completo e na zona rural. O município com maior incidência foi Sete Barras. O diagrama de controle revelou situação endêmica em 2018 para o ESP. Conclusão: os municípios com maior estimativa de risco estiveram situados no Litoral Sul do ESP. Nesse sentido, sugere-se maior atenção quanto às medidas de promoção da saúde e prevenção desse agravo à saúde para essas regiões.
Introdução: O Estado de São Paulo foi a Unidade da Federação onde ocorreu a notificação do primeiro caso de COVID-19 no Brasil e América Latina,apresentando indicadores de saúde alarmantes e boa parte dos municípios afetados. Objetivo: Analisar os indicadores de saúde do Novo Coronavírus (COVID-19) no Estado de São Paulo (ESP) nos três primeiros meses da epidemia a partir da confirmação do primeiro caso. Material e método: Estudo ecológico, descritivo, considerando os casos confirmados de COVID-19 captados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do ESP para o período de 26 de fevereiro a 26 de maio de 2020. Resultados: Houve crescimento do número de municípios (35, 284 e 510), casos confirmados (1.015, 20.652 e 85.459), óbitos (57, 1.700 e 6.423), coeficientes de incidência (2,21; 44,97 e 186,11 para cada 100.000 habitantes) e mortalidade (0,12; 3,70 e 13,99 para cada 100.000 habitantes) - respectivamente, março, abril e maio. Observou-se declínio do coeficiente de letalidade no terceiro mês comparado ao segundo (respectivamente, 8,23 e 7,52 para cada 100 casos). Conclusão: A magnitude do COVID-19 extrapola os indicadores mundiais em algumas localidades do Estado de São Paulo.Descritores: Infecções por Coronavírus; Pandemias; Epidemiologia Descritiva; Estudos Ecológicos.ReferênciasTan W, Zhao X, Ma X, Wang W, Niu P, Xu W et al. A Novel Coronavirus Genome Identified in a Cluster of Pneumonia Cases — Wuhan, China 2019−2020. China CDC Weekly, 2020;2(4):61-2.Rafael RDMR, Neto M, Carvalho MMB de, David HMSL, Acioli S, Faria MG de A. Epidemiologia, políticas públicas e pandemia de Covid-19: o que esperar no Brasil? Rev enferm UERJ. 2020;28:e49570.Wang C, Horby PW, Hayden FG, Gao GF. A novel coronavirus outbreak of global health concern [published correction appears in Lancet. 2020. Lancet. 2020;395(10223):470-73.Di Gennaro F, Pizzol D, Marotta C, Antunes M, Racalbuto V, Veronese N et al. Coronavirus Diseases (COVID-19) Current Status and Future Perspectives: A Narrative Review. Int J Environ Res Public Health. 2020;17(8):2690.World Health Organization. Coronavirus disease (COVID-19). Coronavirus disease (COVID-2019) Situation Report - 117. World Heal Organ [Internet]. 2020;8(1):3–8. Available at: https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200516-covid-19-sitrep-117.pdf?sfvrsn=8f562cc_World Health Organization. Coronavirus disease (COVID-19). Coronavirus disease (COVID-19) Situation Report 138. 2020;(June). Available at: https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200606-covid-19-sitrep-138.pdf?sfvrsn=c8abfb17_4BRASIL. Ministério da Saúde S de V em S. Boletim Epidemiológico Especial COE COVID-19. Bol Epidemiológico Espec COE-COVID19 [Internet]. 2020; Available at: https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/May/29/2020-05-25---BEE17---Boletim-do-COE.pdf.The Lancet. COVID-19 in Brazil: "So what?". Lancet. 2020;395(10235):1461.Rodriguez-Morales AJ, Gallego V, Escalera-Antezana JP, Mendez CA, Zambrano LI, Franco-Paredes et. al. COVID-19 in Latin America: The implications of the first confirmed case in Brazil. Travel Med Infect Dis. 2020;35:101613.Governo do Estado de São Paulo10 - Secretaria de Estado da Saúde - Coordenadoria de Controle de Doenças - Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac” – Novo Coronavírus (COVID-19) - Situação Epidemiológica 26 de fevereiro a 26 de maio de 2020, disponíveis em: http://www.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica-prof.-alexandre-vranjac/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-respiratoria/coronavirus-covid-19/situacao-epidemiologicaIBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil. São Paulo. Arandu. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/arandu/pesquisa/37/30255Castro Delgado R, Arcos González P. Analyzing the health system's capacity to respond to epidemics: a key element in planning for emergencies. El análisis de la capacidad de respuesta sanitaria como elemento clave en la planificación ante emergencias epidémicas. Emergencias. 2020;32(3):157-59.World-o-Meter. Disponível em: https://www.worldometers.info/coronavirus/. Acesso em: 14 de maio de 2020.Ren H, Zhao L, Zhang A, Song L, Liao Y, Lu W et al. Early forecasting of the potential risk zones of COVID-19 in China's megacities. Sci Total Environ. 2020;729:138995.Morgenstern H. Ecologic studies in epidemiology: concepts, principles, and methods. Annu Rev Public Health. 1995;16:61-81. Organização Pan-americana de Saúde. REDE Interagencial de Informação para a Saúde – RIPSA. Indicadores Básicos para a Saúde no Brasil: conceitos e aplicações. 2. ed. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. p. 144. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/livroidb/2ed/CapituloC.pdfMedeiros de Figueiredo A, Daponte A, Moreira Marculino de Figueiredo DC, Gil-García E, Kalache A. Letalidad del COVID-19: ausencia de patrón epidemiológico [Case fatality rate of COVID-19: absence of epidemiological pattern] Gac Sanit. 2020;S0213-9111(20)30084-4.SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. Perfil dos Municípios Paulistas. Disponível em: https://perfil.seade.gov.br/. Acessado em: 10/06/2020.Governo de São Paulo. SP Contra o Novo Coronavírus. Adesão ao Isolamento Social em São Paulo. Disponível em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/isolamento/. Acessado em 10/06/2020.
Resumo O objetivo deste estudo é identificar fatores determinantes das disparidades das condições sociais na saúde de idosos não institucionalizados na cidade de São Paulo, sob a perspectiva da autodeclaração da cor da pele. Estudo transversal com amostra representativa de 1.017 idosos participantes do “Inquérito de Saúde do Município de São Paulo 2015”. A análise utilizou modelos de regressão de Poisson brutas e ajustadas, relatando a razão de prevalências e seus intervalos de 95% de confiança como medida de associação entre as variáveis. Na análise ajustada, a cor da pele parda e preta associou-se, positivamente, com a pior escolaridade, a autoavaliação do estado de saúde negativa, o plano de saúde e o acesso ao serviço de saúde público. De um lado, a cor da pele preta perdeu a associação com a pior renda, no entanto, associou-se com a hipertensão arterial. De outro lado, a cor da pele parda não se associou com a hipertensão arterial, mas com a renda baixa. Idosos pretos e pardos tiveram menos acesso a recursos socioeconômicos, às piores condições de saúde e, também, a serviços de saúde privados. Esses resultados são compatíveis com a hipótese de racismo estrutural na sociedade paulistana e podem instruir políticas sociais na saúde dirigidas à promoção de saúde e justiça social.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.