O índice da resistência antimicrobiana (RAM) cresce progressivamente no mundo e acaba limitando a eficácia de tratamento de doenças comuns, como a infecção do trato urinário (ITU). Além disso, na atualidade, a RAM é apontada como um dos principais problemas de saúde pública. Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a resistência bacteriana frente aos antibióticos orais mais comumente utilizados para o tratamento das ITU em pacientes ambulatoriais, bem como a identificação das bactérias isoladas. Foi realizado um estudo observacional experimental com abordagem quantitativa no período de janeiro a maio de 2019, desenvolvido em um hospital privado de alta complexidade localizado na cidade do Recife, PE. Foram incluídas no estudo todas as uroculturas positivas de pacientes adultos atendidos no ambulatório do referido hospital, onde foi utilizado, para a identificação bacteriana, o equipamento MALDI – TOF (Matrix Associated Laser Desorption-Ionization – Time of Flight). Foram analisadas um total de 379 amostras positivas de uroculturas, das quais 16 (4,2%) representavam espécies sem interesse clínico, pois obtiveram uma porcentagem de frequência muito baixa, bem como 327 (86,3%) pertenciam a três espécies de bactérias Gram-negativas: Escherichia coli (72,8%), Klebsiella pneumoniae (16,2%) e Proteus mirabilis (11%). Enquanto nas 36 (9,5%) amostras foram identificadas duas espécies Gram-positivas: Staphylococcus saprophyticus (66,7%) e Enterococcus faecalis (33,3%). Foi possível observar que o antibiótico oral com maior percentual de resistência foi o sulfametoxazol + trimetoprima com 24,5% seguido da ciprofloxacina com 22,1%, cefuroxima (16,7%), amoxicilina + clavulanato (13,0%) e nitrofurantoína (8,1%). De acordo com recomendação, é excluído o uso de antibióticos que apresentarem resistência acima de 20%, desta forma os únicos antibióticos por via oral que possui perfil terapêutico adequado para o tratamento empírico dos pacientes adultos com ITU na região do presente estudo são cefuroxima, amoxicilina + clavulanato e nitrofurantoína.
Apesar de ser parte da microbiota humana normal, Staphylococcus aureus é um dos principais microrganismos patogênicos para o homem, causando desde infecções simples à potencialmente fatais. S. aureus é capaz de desenvolver fatores de resistência aos antimicrobianos, sendo motivo constante de preocupação e um grave problema de saúde pública. Este estudo analisou a prevalência de S. aureus em hospitais do Brasil, bem como seus perfis de resistência aos antimicrobianos, contribuindo para atualização dos profissionais de saúde. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa de literatura nas bases de dados PubMed, SciELO, Science Direct e Google Acadêmico, no período entre 2011 e 2021, com as seguintes palavras-chave: Staphylococcus aureus, MRSA, infecção, hospitais do Brasil e resistência, nos idiomas inglês, espanhol e português. Inicialmente foram selecionados 85 artigos, dos quais 35 foram utilizados para construção das tabelas de síntese. A prevalência de S. aureus em amostras de pacientes, profissionais de saúde e superfícies hospitalares, associada aos altos índices de resistência à oxacilina, foi observada na maioria dos artigos analisados. Deste modo, é necessária uma vigilância contínua de S. aureus, bem como alertar os profissionais para a possibilidade de serem portadores desta bactéria, ressaltando a importância da adesão às medidas de prevenção e de controle epidemiológico desse microrganismo.
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