Objetivo: Descrever os medicamentos prescritos para o tratamento hormonal do processotransexualizador em estabelecimentos de saúde de atendimento especializado para pessoas transexuais e travestis no Rio Grande do Sul, Brasil. Métodos: Estudo descritivo,com coleta de dados nesses estabelecimentos, no período maio-setembro/2020, utilizando-se instrumento elaborado pelos(as) pesquisadores(as). Obtiveram-se dados sobre o perfil de usuários(as) e características do cuidado farmacológico de tratamento hormonal. Resultados: A pesquisa contemplou todos os sete serviços do estado. Para mulheres transexuais e travestis, medicamentos antiandrogênicos e espironolactona foram prescritos em todos os serviços. Exceto um estabelecimento, os demais prescreveram ciproterona. Todos os estabelecimentos de saúde realizaram prescrição de medicamentos a base de estrógenos, com diferenças na via de administração; para homens transexuais, todos prescreveram andrógenos por via intramuscular. Conclusão: A pesquisa aponta os medicamentos prescritos e sua diversidade, ratificando a necessidade da produção de informação para implementação das políticas de equidade no Sistema Único de Saúde.
Introdução: A osteoporose é uma doença osteoesquelética sistêmica caracterizada por diminuição da densidade mineral óssea (DMO) e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo. Mulheres na pós-menopausa tem risco aumentado de desenvolver a doença. O pamidronato é um inibidor da reabsorção óssea e do acesso de precursores osteoclásticos ao tecido ósseo. O medicamento não tem indicação em bula para o uso na osteoporose, entretanto foi incluído no arsenal terapêutico para o tratamento de pacientes que são intolerantes aos bifosfonatos orais. O objetivo desse trabalho foi avaliar a eficácia e segurança do pamidronato para uso na osteoporose pós-menopausa. Método: Foi realizada revisão sistemática para avaliar a eficácia e segurança do pamidronato para o tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Foi realizada uma busca nas bases de dados Medline (via PubMed), The Cochrane Library e Lilacs (via BVS). Busca complementar em periódicos, bases de teses e dissertações e resumos de congressos foi realizada para garantir a inclusão de todos os estudos de interesse. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que avaliaram comparativamente a eficácia ou segurança do pamidronato para o tratamento da osteoporose na pós-menopausa. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada pela escala de Risco de Viés da Colaboração Cochrane. Resultados: Foram incluídos cinco ensaios clínicos na análise final. Apenas um dos estudos incluídos utilizou o pamidronato por via injetável como intervenção. Os estudos acompanharam um pequeno número de pacientes e não reportaram os desfechos finais, mas somente intermediários. Apenas dois estudos utilizaram comparadores ativos, um deles enfocando apenas reações gastrointestinais, em um curto período de tempo (um mês). Os estudos, avaliados conjuntamente, demonstram que o pamidronato é eficaz, em relação ao placebo, para o tratamento da osteoporose, porém não constituem evidência sólida para a indicação. A qualidade metodológica dos estudos disponíveis foi considerada muito baixa. Discussão: O pamidronato se mostrou mais eficaz que o placebo e mais seguro que o alendronato em termos de efeitos gastrointestinais. Em relação à qualidade metodológica, a maioria dos estudos estava comprometida por não fornecer informações suficientes para o julgamento sobre a randomização e sigilo da alocação. Os estudos apresentaram tempo de acompanhamento menor do que o tempo de tratamento recomendado de forma que não se pode avaliar objetivamente a eficácia e segurança do tratamento em longo prazo. A padronização de medicamentos sem indicação formal para o uso em listas de medicamentos não é indicada. Observa-se a necessidade de realização de estudos maiores e melhores sobre o uso do pamidronato em relação a comparadores ativos usados em larga escala. Conclusões: Os cinco ensaios clínicos não constituem uma base sólida para recomendar o uso do pamidronato no tratamento da osteoporose na pós-menopausa. Apoio Financeiro: Fapemig e CNPq.
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