A penetração das novas tecnologias digitais na educação trouxe desafios para os educadores. Demonstram já ter absorvido o uso dos computadores, mas parecem achar mais difícil lidar com a Internet. Uma revisão da literatura especializada revela que o uso desta é visto por eles como mais ameaçador e complexo e que essa visão é, ao menos em parte, causada por fatores emocionais. Dado que esses estudos não investigam esses fatores emocionais em profundidade, uma pesquisa exploratória foi realizada com o objetivo de fazê-lo. Foram entrevistadas dez professoras, que se encontravam engajadas em diferentes atividades dentro de escolas e já usavam a Internet há pelo menos dois anos. A análise do discurso por elas produzido durante as entrevistas gerou resultados interessantes. Embora usem a Internet como um instrumento de trabalho (principalmente para pesquisas), seu uso para objetivos educacionais parece ser uma fonte de conflitos internos, porque, na maior parte dos casos, representaria um potencial de mudanças radicais na pedagogia tradicional, vistas como uma ameaça ao seu papel tradicional como professoras. Elas não sabem como ser educadoras em uma sociedade em rede e isso gera muita ansiedade.
RESUMOO presente estudo teve como objetivo investigar o uso que vem sendo feito das chamadas comunidades virtuais. Entrevistamos membros de algumas comunidades e constatamos que, nelas, muitas vezes desconhecidos se aproximavam e iniciavam uma relação de amizade. Os ambientes das comunidades investigadas, contudo, não ofereciam recursos para o aprofundamento dessas relações, pois não disponibilizavam espaços ou recursos que permitissem a interação de poucas pessoas ou até mesmo de apenas duas. Por esse motivo, quando desejavam se aproximar mais intimamente de outros membros, os participantes dessas comunidades virtuais recorriam a ambientes complementares, tais como o MSN e o Skype. Palavras-chave: comunidades virtuais; redes sociais; internet; intimidade. ABSTRACT How to satisfy our needs to interact online at different levels of intimacy?A study of communication in virtual communities This study aimed at investigating the current use of the so-called virtual communities. Members of some communities were interviewed. It became clear that, in these communities, it often happened that strangers met people with whom they wanted to be friends. The environments of the communities investigated, however, did not offer means for deepening these relationships, because they did not make available spaces or tools that would allow few or even just two people to interact intimately. For this reason, when they wanted to get closer to other members, the participants of these virtual communities turned to complementary environments such as MSN and Skype. Keywords: virtual communities; social networks; internet; intimacy. * Endereço para correspondência: Mariana Santiago de Matos-Silva -marianasantiagodematos@gmail.com Por mais diferentes que as sociedades possam ser, sua existência é prova de que formar grupos é uma necessidade da espécie humana. Para Trotter (1919Trotter ( / 1953, essa necessidade é como um "instinto gregá-rio", tão inato no ser humano como os instintos de autopreservação, nutrição e reprodução. Já Simmel (1910Simmel ( /1949 afirma que o que leva as pessoas a se unirem é um "impulso para a sociabilidade". De acordo com sua visão, este impulso faz com que a principal motivação para a agregação resida na satisfação obtida a partir do simples fato de alguém se sentir associado a outras pessoas. Um dos tipos de grupos que surgem em consequência do "instinto gregário" ou do "impulso para a sociabilidade" são as comunidades. De acordo com Nisbet (1973), o termo comunidade "abrange todas as formas de relacionamento caracterizadas por um grau elevado de intimidade pessoal, profundeza emocional, engajamento moral, coerção social e continuidade no tempo" (Nisbet, 1973, p. 255). Na era pré-industrial, as comunidades feudais eram os pilares dos relacionamentos sociais (Nisbet, 1973). Então, as comunidades eram frequentemente fechadas, dado que eram constituídas por pessoas que pertenciam a uma mesma família, habitavam um mesmo local e/ou compartilhavam as mesmas crenças (Nisbet, 1966). A Revolução
Em 2020, faz 10 anos que a Revista Fitos passou a ser editada pelo Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde (NGBS), hoje, Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (CIBS), de Farmanguinhos/Fiocruz, cuja missão é promover a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação em medicamentos da biodiversidade brasileira, contribuindo para a formulação de políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação, através do sistema nacional de redes – RedesFito https://redesfito.far.fiocruz.br. A Revista Fitos, inicialmente publicada pela ALANAC é, hoje, o periódico científico oficial do Instituto de Tecnologia em Fármacos - Farmanguinhos, utilizado como meio de divulgação do conhecimento científico em pesquisa, desenvolvimento e inovação em biodiversidade e saúde. Enquanto periódico institucional incorporou o desenvolvimento da área de biodiversidade e saúde na publicação científica de acesso aberto, em atendimento à Política de Acesso Aberto da Fiocruz. Para tanto, tornou-se uma publicação online em 2014. A evolução do periódico tem sido importante, mesmo frente aos desafios das crises econômicas, das exigências na área da publicação científica, da evolução tecnológica, entre outros. Ajustou-se o escopo algumas vezes, ampliando a aceitação de artigos que traduzam a visão interdisciplinar do processo de pesquisa, desenvolvimento e inovação em biodiversidade e saúde. Está indexada em diferentes bases (Google Acadêmico, Portal de Periódicos Fiocruz, ARCA Fiocruz, Portal de Periódicos CAPES, Diadorim, BVS, Microsoft Academic, Latindex, Oasis/IBICT, Journal4Free, CrossRef, Dimensions e LivRe) e, em avaliação na LILACs e na Redalic. Sua visibilidade tem sido ampliada pela divulgação de notícias em redes sociais – Facebook, Twitter, Instragam, Linkedin, WhatsApp, seguindo a tendência da altmetria. O início de 2020 está marcado por importantes desafios na área da saúde, tanto no âmbito internacional, quanto no nacional e local. A pandemia da COVID-19, causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), tem gerado uma revolução em todo o mundo, na medida em que se observam profundos impactos nas diferentes áreas do fazer humanos, gerados pela rápida e ampla disseminação do vírus. A área da saúde está em polvorosa diante do desconhecido. Corre-se contra o tempo para a descoberta de vacina e/ou de fármacos que possam atuar na recuperação dos infectados, de maiores esclarecimentos sobre o vírus e na elaboração de diferentes protocolos para atendimento às pessoas contaminadas e sadias, visando o controle da pandemia. Novos comportamentos sociais emergem. Sentimentos de medo, ansiedade, indignação, colaboração, empatia, solidariedade, são vivenciados no planeta. Circulam informações corretas, mas também muitas mentiras e boatos. É premente, portanto, que as autoridades divulguem para a sociedade informações confiáveis, ou locais onde se possam obter tais informações, uma vez que a mídia comum nem sempre revela o necessário, mas o espetáculo. Esperam-se respostas rápidas e eficazes da área da pesquisa e na divulgação dos resultados que minimizem a sensação de insegurança estabelecida no planeta, que anseia por uma solução que impeça a disseminação da doença e a cura dos acometidos por ela. É neste contexto que a comunidade científica uniu esforços estabelecendo uma rede de cooperação internacional, empenhada na pesquisa e divulgação de resultados e informações pertinentes para a sociedade, que abreviem o curso da pandemia. Ainda, no sentido de manter o seu compromisso em contribuir com a pesquisa, desenvolvimento e inovação em biodiversidade e saúde, vem ratificar o posicionamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) que sustenta não haver remédio ou medicamento eficaz para tratamento de pacientes acometidos pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), capaz de prevenir ou curar a doença. A OMS não recomenda a automedicação com nenhum medicamento, de origem sintética ou natural, incluindo antibióticos, como prevenção ou cura para a COVID-19. Assim, a Revista Fitos convida pesquisadores que estejam desenvolvendo trabalhos, especialmente aqueles da área de produtos naturais (autores usuais da revista), a publicarem estudos que contribuam para a prevenção e manutenção da saúde dos indivíduos, assim como para a melhoria dos sintomas dessa pandemia. Por outro lado, mesmo nesse estado de guerra que se instalou no mundo, há que se dar continuidade às ações voltadas para as doenças que atingem a população nacional/local. No caso do Rio de Janeiro, os casos de Sarampo, de Dengue, Zika e Chikungunya, precisam estar também na mira da saúde pública. A Revista Fitos estimula que trabalhos sobre esses temas sejam submetidos para publicação. Que esse momento tão difícil traga para a humanidade muita reflexão, uma avaliação de como temos usado o nosso planeta, da forma como se buscam as riquezas, o poder, enfim, uma revisão de ser humano e sua ação em sua casa maior, a Terra. Pesquisadores, aguardamos sua contribuição. Boa leitura!
Desde a criação da Revista Fitos (RF) na modalidade eletrônica em 2014, metas de fluxo contínuo (qualidade, indexação, profissionalização e internacionalização) norteiam o desenvolvimento do periódico e orientam a definição do foco de trabalho a cada ano.A RF também acompanha os movimentos da Fiocruz relacionados à comunicação científica e, nesse sentido, o ano de 2018 foi marcado por um amplo debate em torno da Ciência Aberta, definida aqui como: “[...] a atividade científica praticada de modo aberto, colaborativo e transparente, em todos os domínios do conhecimento, desde as ciências fundamentais até às ciências sociais e humanidades” [1].O paradigma da abertura, cujo terreno fértil para o seu desenvolvimento foi a evolução das tecnologias da informação e comunicação (TICs), coloca no foco da discussão os processos colaborativos, de compartilhamento e de reutilização na produção científica. Na concepção de Albagli[2], Ciência Aberta tem um conceito abrangente, semelhante a um guarda-chuva, que se baseia em diversos pilares e inclui múltiplas dimensões, a saber: Acesso Aberto; Dados Abertos, Pesquisa e Inovação Aberta, Ciência Cidadã, Código Aberto, Caderno Aberto de Laboratório, Recursos Educacionais Abertos, Redes Sociais Científica, etc.Destaca-se, nesse contexto, o Acesso Aberto (AA), em que se incluem as publicações científicas (Via Dourada) e o auto arquivamento/depósito das publicações em repositórios institucionais (Via Verde), cuja definição, segundo o documento da Iniciativa de Budapest sobre Acesso Aberto (BOAI-Budapest Open Access Initiative) é:Acesso Aberto à literatura científica revisada por pares significa a disponibilidade livre na Internet, permitindo a qualquer usuário ler, fazer download, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral desses artigos, recolhê-los para indexação, introduzi-los como dados em software, ou usá-los para outro qualquer fim legal, sem barreiras financeiras, legais ou técnicas que não sejam inseparáveis ao próprio acesso a uma conexão Internet. As únicas restrições de reprodução ou distribuição e o único papel para o direito autoral neste domínio é dar aos autores o controle sobre a integridade do seu trabalho e o direito de ser, devidamente, reconhecido e citado[3].No que se refere aos periódicos científicos, propriamente ditos, a emergência das revistas eletrônicas em AA no início deste século, prometia o rompimento com a tradicional estrutura de validação e controle do conhecimento científico, abrigando a esperança da democratização deste conhecimento, ampliando o acesso não apenas aos cientistas, mas à sociedade em geral e transformando a estrutura do sistema de comunicação científica. Outro fator que em muito estimulou o acesso aberto foi a crise dos periódicos (década de 1980) que levou a comunidade científica a buscar alternativas para disponibilizar o conhecimento produzido, minimizando custos. Instalou-se, entretanto, um jogo político-econômico revelador da tensão entre pesquisadores e academia e os grandes publishers, no que se refere ao poder sobre o conhecimento científico produzido.Os periódicos eletrônicos, no entanto, em adaptação à nova realidade tecnológica, fizeram a transposição de suas práticas editoriais tradicionais para o ambiente online, sem levar em conta a especificidade da web, com a diferença de serem acessíveis sem pagamento.Passado esse tempo, muitas mudanças ocorreram, muitos serviços editoriais evoluíram tecnologicamente e várias adaptações foram necessárias para acompanhar o novo panorama da comunicação científica internacional, tais como a publicação de manuscritos em servidores de preprints e posprints, as novas opções da revisão por pares e o papel geral dos periódicos em garantir qualidade e agregar valor aos manuscritos.Spinak[4] alerta que essa onda de inovações está mudando o papel dos periódicos, o processo de arbitragem, a edição em geral e apresenta um desafio para as revistas sem fins lucrativos dos países emergentes e em desenvolvimento.São esses desafios que estão motivando a equipe editorial da Revista Fitos a mergulhar na temática do AA em total consonância com as políticas e encaminhamentos da Fiocruz.Assim como a maioria dos periódicos, a passagem da RF para o modelo eletrônico, fundamental para a caracterização de acesso aberto, tomou por base o modelo tradicional de publicação, transpondo-o do impresso para o eletrônico. Na atualidade, então, adequações estão em andamento para que, cada vez mais, a RF possa atender aos critérios da temática do AA, com vistas a difundir o conhecimento científico sobre pesquisa, desenvolvimento e inovação em medicamentos da diversidade vegetal.Nesse contexto, busca-se: a melhoria na página de publicação da revista, priorizando o conteúdo e a usabilidade; a motivação para que o autor seja parceiro da revista na divulgação de seu trabalho; o estabelecimento de critérios mais rígidos de revisão dos manuscritos, visando à qualidade do conteúdo; a exigência dos objetos digitais que facilitam a identificação da obra e do autor (DOI, ORCID), a submissão do periódico à avaliação em bases voltadas para o AA (Redalyc, DOAJ, etc.), a disponibilização dos documentos e orientações editoriais também em Inglês, o uso de mídias alternativas para divulgação (Facebook, Twitter, etc.), entre outros.Diante disso, formula-se o convite a todos os envolvidos com o desenvolvimento da RF para assumirem, como sendo de sua responsabilidade, os desafios que se apresentam para o AA e, consequentemente, da Ciência Aberta.Rosane de Albuquerque dos Santos AbreuEditora Executiva
A Revista Fitos inicia suas publicações, em 2021, com um breve comentário sobre a importância da publicação científica de acesso aberto e reafirma o seu compromisso na divulgação do conhecimento científico, com foco na inovação em medicamentos da biodiversidade, destacando o seu papel social na crise sanitária que se arrasta, desde 2020, com a pandemia da COVID-19. Neste contexto, ficaram evidentes os avanços da ciência, em relação: ao aumento significativo na publicação de artigos em periódicos científicos no mundo; no desenvolvimento de vacinas; na identificação das características do vírus; nas propostas de protocolos de tratamento; na implementação de medidas protetivas, como o distanciamento social, o uso de máscaras e de álcool para higienização, dentre tantos outros. No entanto, a sociedade brasileira tem sido refém de desinformações, como fake News, falta de transparência dos dados, afirmações contraditórias dos gestores públicos, além da intensa politização da vacinação, gerando um quadro caótico de desorganização e incertezas, fazendo emergir o avanço da mortalidade em proporções geométricas que contrasta com uma inatividade do poder público. É nesse panorama que se evidencia o papel da publicação científica, especialmente aquelas de acesso aberto, em cumprir com a missão de fazer girar a roda do conhecimento, ampliando seu público para a sociedade como um todo. Para isso, além do ambiente digital da publicação, associa-se a utilização de “(...) redes e mídias sociais como dispositivos informacionais que possuem dupla função, ou seja, atuam como filtros para obtenção de informação relevante e são fontes para estabelecimento de contatos entre pesquisadores, cientistas e público em geral”[1]. A Revista Fitos, cujo compromisso é com a divulgação do conhecimento científico sobre a inovação em medicamentos da biodiversidade e com o seu papel social, reafirma a importância do aparato tecnológico de mídias digitais que tem utilizado. O aprendizado constante para a melhoria do formato de divulgação do conhecimento científico, viabiliza a interação com os usuários das redes Facebook, Instagram, LinkedIn, Twitter, WhatsApp e Blog. Delmazio e Valente[2] elucidaram que o fenômeno das fake news não é novidade na história da humanidade, mas, considerando o ambiente das redes sociais digitais, onde a informação circula rapidamente e com grande capilaridade, apresenta um potencial nocivo de desinformação coletiva. É nesse sentido que a Revista Fitos busca contribuir com a divulgação científica, através de sua presença em redes de grande popularidade. Assim, reconhecemos o tamanho do desafio para adequar o conteúdo científico à linguagem rápida, visual e breve, típica nesses espaços, mas não podemos, enquanto agentes sociais de ciência, nos omitir diante deste novo paradigma comunicacional. Destaca-se, ainda, a amplitude de seu escopo, que busca acolher a complexidade da produção científica nas temáticas da inovação, da biodiversidade e da saúde, evidenciando o caráter inter e transdisciplinar do processo de construção do conhecimento científico. Convidamos o leitor a seguir nossas publicações e divulgar os conteúdos produzidos, como forma de atingir um público mais diversificado. Rosane de Albuquerque dos Santos AbreuEditora Executiva Eugênio Fernandes TellesDesigner e Administrador SEER Yolanda de Castro ArrudaRevisão Textual e Normativa Referências Araújo RF, Furnival ACM. Comunicação científica e atenção online: em busca de colégios virtuais que sustentam métricas alternativas. Rev Info Info. Londrina, mai./ago. 2016; 21(2): 68-89. [CrossRef] [Link]. Delmazo C, Valente JCL. Fake news nas redes sociais online: propagação e reações à desinformação em busca de cliques. Med Jorn. 18 mai. 2018; 18(32): 155-69. [CrossRef]. Disponível em: [Link]. Acesso em: 17 mar. 2021.
É com grande satisfação que apresentamos esta edição especial da Revista Fitos. A presente edição está publicando manuscritos em formato de carta, perspectiva e comunicação breve, das palestras proferidas por conferencistas renomados, no 1º Seminário Internacional das RedesFito: inovação e biodiversidade na perspectiva da sustentabilidade, realizado em 2016, no Rio de Janeiro, organizado pelo Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde de Farmanguinhos/Fiocruz, em parceria com o Instituto Senai de Inovação – Química Verde.O evento teve como objetivo promover a discussão da inovação a partir da biodiversidade à luz das premissas da complexidade, da transição paradigmática do mundo contemporâneo e da perspectiva da sustentabilidade, destacando o papel das políticas de ciência, tecnologia e inovação, da ciência aberta neste contexto, assim como a importância do trabalho em rede voltado para a práxis.O seminário contou com a participação do economista François Chesnais, Professor Emérito da Universidade Paris XIII, com os socianalistas Patrice Ville e Chistiane Gillon da mesma universidade, além de outros especialistas e pensadores internacionais e nacionais. Na ocasião, foi lida uma mensagem do sociólogo e filósofo Edgar Morin, Pesquisador Emérito do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), que não pôde comparecer ao evento, a qual será publicada nesse número especial.As conferências e apresentações programadas para o evento agruparam-se em torno de três eixos temáticos:Primeiro eixo – Desenvolvimento Sustentável Possível – ocorreram as seguintes conferências: A crise econômica mundial sem fim, interpretação e consequências, por François Chesnais; Perspectiva ecológica para o desenvolvimento sustentável, por José Eli Veiga, Professor Sênior do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo; Inovação em saúde e os objetivos de desenvolvimento sustentável, por Carlos Morel - Coordenador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde – CDTS / Fiocruz; Ciência aberta e desenvolvimento sustentável, por Sarita Albagli – Pesquisadora do Instituto Brasileiro de Informações em Ciência e Tecnologia – IBICT; Rede de inovação em medicamentos da biodiversidade: RedesFito, por Glauco de Kruse Villas Bôas – Coordenador do Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde de Farmanguinhos/Fiocruz e Coordenador da Rede de Inovação em Medicamentos da Biodiversidade – RedesFito; Rede Biotecnologia: Bionorte, por Spartaco Astolfi Filho, Coordenador da Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal - Bionorte.Segundo eixo - Biodiversidade e Biotecnologia: o trabalho em rede e a dinâmica da inovação – contou com as seguintes apresentações: A importância do conhecimento popular para organização dos sistemas ecoprodutivos medicinais – o caso do Extremo Sul da Bahia, por Sandra Magalhães – à época, Coordenadora da Plataforma Agroecológica de Fitomedicamentos do NGBS-Farmanguinhos/Fiocruz; Parceria entre Redesfito e Cooplantas no arranjo produtivo de Itapeva/SP, por Patrícia Apolinário, Presidente da Cooperativa de Produção de Plantas Medicinais - Cooplantas, Itapeva/SP; Construção de conhecimento à distância: a experiência do curso de gestão da inovação em medicamentos da biodiversidade modalidade EAD, por Regina Coeli Nacif – à época, Coordenadora da Seção do Conhecimento em Inovação em Medicamentos da Biodiversidade do NGBS- Farmanguinhos/ Fiocruz; O papel da Revista Fitos na inovação em medicamentos da biodiversidade, por Rosane de Albuquerque S. Abreu, Editora Executiva da Revista Fitos; Apresentação da rede RIB e seu potencial de atendimento aos segmentos farmacêutico, cosmético e alimentício, por Antônio Fidalgo – Coordenador de PD&I do Instituo Senai de Inovação em Química Verde; A pesquisa e a inovação na biodiversidade brasileira, por Cristina Ropke, Diretora executiva da Phytobios; A importância dos estudos pré-clínicos no desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos, por João Calixto, Diretor do Centro de Inovação e Ensaios pré-clínicos– SC, Docente e pesquisador do Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Farmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina; Intensificação de processos na indústria farmacêutica, cosmética e alimentícia, por Paulo Coutinho, Gerente do Instituto Senai de Inovação em Biosintética; Uso de Fluido Supercrítico em processos extrativos, por Luiz Fernando, da Bioativos Naturais; Potencial comercial de ingredientes da biodiversidade com eficácia e segurança comprovada, por Eduardo Roxo, Diretor da Atina Ativos Naturais.Terceiro eixo - a Socianálise como ferramenta para a resolução de conflitos que dificultam a inovação - foi realizada uma Assembleia Socianalítica, conduzida por Patrice Ville e Chistiane Gilon, especialistas da Universidade Paris 8 e Laboratório Éxpèrice envolvendo os palestrantes, representantes da Fiocruz e demais participantes.Todos os palestrantes foram convidados a enviar um texto em formato acadêmico a ser publicado na Revista Fitos, como forma de divulgar as diferentes informações e conhecimentos expostos durante o seminário. Alguns atenderam ao nosso convite e outros não. Por aguardar o máximo possível o recebimento do material, a equipe editorial da revista retardou esta publicação, o que agora realizamos com o material possível.Inicialmente, publica-se a carta convite de autoria de Glauco de Kruse Villas Bôas, na qual revela os objetivos do evento e conclama tanto o setor acadêmico, quanto o empresarial a discutir e influenciar na formulação de políticas públicas para pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de produtos da Biodiversidade. Em seguida, está a mensagem de Edgar Morin aos participantes, chamando-os a pensar em uma nova “Via” para o futuro da humanidade.O texto perspectiva de François Chesnais, traduzido por Glauco Villas Bôas, apresenta importantes reflexões sobre a crise econômica mundial sem fim. As demais comunicações breves publicadas, abordam aspectos específicos da complexa discussão sobre a inovação a partir de biodiversidade brasileira. Por fim, apresenta-se um relato da experiência da metodologia de Socianálise no 1º Seminário Internacional das Redesfito.Espera-se que a leitura deste número especial instigue o leitor a refletir sobre questões de desenvolvimento mundial, trazendo a sustentabilidade como um fundamento e a biodiversidade como mola propulsora para inovações em diferentes setores.Finalizando, registramos nossa gratidão aos conferencistas, ao apoio das empresas, à equipe do NGBS responsável pela organização do evento e, também, a equipe editorial que contribuiu com muita eficiência e dedicação para a publicação desse número especial.Boa leitura!
O objetivo desta comunicação breve é apresentar a construção do papel da Revista Fitos na inovação em medicamentos da biodiversidade. Registra-se, que a principal mudança ocorrida no periódico foi a migração para a modalidade eletrônica, em agosto de 2014, decisão tomada em função do contexto contemporâneo da publicação científica. O interesse pela ciência produzida, não apenas nos bancos acadêmicos, mas também em empresas, organizações sociais, organizações profissionais, entre outros, embasa a divulgação do conhecimento multidisciplinar relacionado à cadeia de desenvolvimento de medicamentos da diversidade vegetal, ressaltando o periódico como instrumento de comunicação científica sobre plantas medicinais. Neste trabalho, apresentam-se os resultados na melhoria da qualidade e na ampliação da visibilidade, essenciais para o periódico assumir seu papel na comunicação científica, apoiando a inovação. Entre 2014 e 2016, mostra-se o crescimento do acesso online e de visualização da página e também foram identificadas as localidades de acesso mundial. A Revista Fitos, depois de eletrônica, foi acessada por diversos países, o que indica alcance internacional do periódico. Com isso, é preciso atuar política e academicamente para que a ciência brasileira possa assumir o papel estratégico do desenvolvimento tecnológico, impulsionando a inovação, especialmente no campo dos medicamentos de origem vegetal.
No abstract
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