O conceito de movimento pendular é revisitado e discutido neste artigo, para, com base em estudos teóricos e empíricos, apreender a novas dimensões do processo de reestruturação metropolitana. A importância desse movimento na dinâmica dos principais espaços urbanos do Brasil é revelada por observações preliminares acerca da informação de deslocamento domícilio-trabalho/estudo, pesquisado no Censo Demográfico 2000.
Some cities have been defined as models and its programs and basic projects are integrated into the hegemonic urban agenda. Reflecting the contemporary stage of capitalistic development, this agenda disseminates the ideas in accordance with the global tendencies, based on the actions envisioned by local governments in search for competitive insertion in the world market. The governments that conceive the city as a commodity see it as a means to attract consumers and investors. The present text tries to identify the strategies and discourses that characterize the model-cities. A homogeneous pattern of urban policy seems to be applied to very different cities as Curitiba (Brazil) and Singapore (Singapore), the two illustrative cases examined in the present discussion.
RESUMONas últimas cinco décadas, a crescente urbanização no Estado do Paraná descreveu um arranjo espacial fundamentalmente associado à modernização e reordenamento da base produtiva. Como conseqüente arranjo espacial tem-se a oposição de áreas dinâmicas, com alta densidade de ocupação e atividades, incluindo os principais centros urbanos e seus municípios do entorno; e áreas de esvaziamento, caracterizadas pelos fluxos emigratórios. Um processo de alta seletividade é percebido no comportamento das taxas médias geométricas anuais de crescimento dos municípios, ao longo do período, nos crescentes graus de urbanização, e na configuração espacial resultante do padrão redistributivo. O presente artigo discute os condicionantes e o padrão dessa dinâmica demográfica, as novas espacialidades configuradas, e os efeitos socioespaciais no arranjo territorial e no planejamento e gestão urbana-regional. Palavras-chave:Urbanização paranaense, processo de urbanização, aglomerações urbanas, concentração urbana, planejamento urbano, gestão urbano-regional. ABSTRACTIn the last five decades, the increasing urbanization in the Paraná State has described a spatial arrangement, basically dependent upon the modernization and re-ordering of economic activities. This consequent arrangement opposes areas with high density and dynamism, including the main urban centres, to wide areas with deep out-migration fluxes. A selective process is perceived on the behaviour of the average population growth rate, urbanisation rates and on the spatial configuration resulting from the redistribution pattern. This paper deals with the conditionings and patterns of this demographic dynamic, the new spacialities configured, and the social-spatial effects in the territorial arrangement and urban-regional planning and management.
A autora agradece a contribuição de Olga Lucia C. de F. Firkowski, pela orientação e debate teórico-conceitual ao longo de toda a pesquisa que deu origem a este trabalho, e também de Sachiko Lira, pela aplicação e discussão dos resultados da análise exploratória espacial.
VELHAS INQUIETAÇÕESNo XI Encontro Nacional da Anpur, em um texto embrião desta abordagem abriuse a reflexão sobre processos espaciais concentradores que ocorriam em território brasileiro "além" da metropolização em sua expressão espacial de metrópoles e aglomerações urbanas (Moura, 2005). Pautava-se em espacialidades que reuniam, em um único processo de relações econômico-sociais, conjuntos de aglomerações urbanas. Tomava como exemplo o complexo metropolitano configurado pelas aglomerações de São Paulo, Campinas, Baixada Santista, e outras de menor por te, aglutinadas no entorno de São P aulo, assim como espacialidades expandidas existentes nas demais unidades da federação .Tais configurações instigaram pesquisa que resultou na identificação e conceituação da categoria espacial "arranjo urbano-regional" (Moura, 2009). Previamente, foi percorrido um amplo espectro teórico na busca de algum conceito que se ajustasse ao fenôme-no em análise, concluindo-se que, salv o para o caso da configuração espacial no entorno de São Paulo, e mesmo assim, com r essalvas, nenhum se adequav a às peculiaridades dos processos que determinaram sua origem e aos aspectos que conformam sua mor fologia. A expressão "arranjos" foi adotada pelo seu significado genérico de disposição e organização no espaço, e foi qualificada como singular ou urbano-r egional, conforme a natur eza das relações socioterritoriais.De modo geral, a formação dos arranjos espaciais tem estr eitas relações -não obrigatoriamente -com a origem e expansão das aglomerações urbanas decorr entes do processo de urbanização e metropolização, consideradas como principais resultados dos movimentos concentrador es do modelo capitalista de pr odução. Algumas, com o tempo, expandem-se física, econômica e funcionalmente, absor vendo em uma unidade espacial, contínua ou descontínua, centros urbanos e suas áreas intersticiais urbanas e rurais -um
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