O presente trabalho teve como objetivo identificar a composição faunística e florística incrustantes do recife arenítico da região do Porto de Suape, PE, bem como acompanhar o desenvolvimento desses grupos sobre este tipo de substrato, analisando o processo de sucessão ecológica do mesmo, sob as condições ambientais ao qual estão expostos. Este estudo foi realizado durante o período de julho a dezembro de 1998, através do acompanhamento bimestral da recolonização sobre uma superfície recifal previamente preparada, com dimensões e posicionamento predeterminados, em regiões do mediolitoral. Durante os seis meses de acompanhamento, observou-se que os primeiros macrocolonizadores estiveram representados pelas algas filamentosas verdes e pardas, com desenvolvimento significativo nos pontos sujeitos a períodos de inundação mais prolongados, e com baixa taxa de sedimentação (porção externa e média do recife). Nos pontos localizados na porção interna do recife, não foram identificados nenhuma evolução nas incrustações, devido às elevadas taxas de sedimentação ocasionadas pelos processos de dragagens no interior da baía de Suape por ocasião da ampliação do seu Complexo Portuário. Palavras chave: Bioincrustação, recifes, sucessão ecológica, bentos
RESUMOO manguezal do Rio Formoso localizado a 76 Km da cidade de Recife ocupa uma extensão estuarina de 12 Km. Associado a esse manguezal encontra-se uma rica fauna de moluscos, peixes e crustáceos, os quais constituem recursos econômicos de grande relevância para parte da população. Estudos nesse manguezal foram desenvolvidos visando a obtenção de dados sobre as principais espécies de moluscos que ocorrem na área e que são objetos da pesca artesanal, bem como realizar um levantamento sócio-econômico das marisqueiras, pescadoras principais desse ecossistema, que vem sofrendo acelerado processo de degradação, com a finalidade de implantar um projeto de melhoria na qualidade de vida. A pesquisa foi desenvolvida no período de setembro/1998 a agosto/1999, sendo as coletas de moluscos realizadas em 6 perfis ao longo do manguezal. Dados de salinidade e sedimentos foram coletados para fins comparativos com os moluscos. Informações sócio-econômicas foram obtidos através da aplicação de questionários. Os moluscos de importância econômica pescados são todos da classe Bivalvia: Anomalocardia brasiliana (Gmelin,1791), Lucina pectinata (Gmelin, 1791), Tagelus plebeius (Lightfoot, 1786), Crassostrea rhizophorae (Guilding, 1828), Mytella falcata (Orbigny, 1842), Iphigenia brasiliana (Lamarck,1818). A renda familiar é de menos de um salário mínimo para 80% das marisqueiras entrevistadas. Quanto ao tipo de moradia 60% vive em casa de adobe não revestida. Os moluscos mais pescados são Tagelus plebeius (26%) e Mytella falcata (25%). Quando questionadas sobre impactos no manguezal, 50% das entrevistadas alegam como maior problema a grande quantidade de esgotos lançados no rio.
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