Os agravos respiratórios constituem um problema de saúde pública e uma importante causa de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Diante disso, este trabalho tem como objetivo fazer um levantamento epidemiológico de afecções respiratórias como causa principal de internações hospitalares nos serviços de referência para o SUS no estado de Sergipe, entre os anos de 2010 e 2020, com a finalidade de facilitar o planejamento e a efetivação de medidas que possam prevenir esses agravos. Os dados foram coletados através das bases de dados do Ministério da Saúde (DATASUS) e do IBGE e foram compilados em planilhas no programa Microsoft Office Excel. As análises dos dados foram feitas através do cálculo de frequências relativas, frequências absolutas, médias e desvio padrão das variáveis estudadas. Os dados obtidos mostraram um total de 75.058 internações por agravos respiratórios no período estudado em Sergipe, com uma média anual de óbitos de 11,3%. As doenças de base que levaram à maioria das internações foram pneumonia e asma. Além disso, essas internações foram mais prevalentes nos grupos de pessoas do sexo masculino, de crianças entre 0 e 4 anos, de pessoas de etnia parda e de pessoas que residem na região de saúde de Aracaju. Após análise através deste estudo, nota-se que Sergipe, apesar de apresentar taxas mais baixas de internações hospitalares e óbitos por afecções respiratórias, se comparado com os outros estados da Federação, segue em congruência com as prevalências apresentadas na literatura para gênero, etnia e diagnóstico principal como causa da internação.
Objetivos: Analisar as Internações por Condições Cardiovasculares Sensíveis à Atenção Primária à Saúde no Estado de Sergipe no período de 2010 – 2020. Método: Trata-se de um estudo ecológico, de séries temporais por meio da análise de dados do sistema DATASUS, com informações das internações realizadas pelas Autorizações de Internações Hospitalares do Sistema Único de Saúde, e dados populacionais obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foram consideradas quatro doenças, sendo elas: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Insuficiência Cardíaca (IC), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e Acidente Vascular Cerebral (AVC). As taxas anuais de internação foram calculadas segundo as variáveis causa e Mesorregiões. Resultados: Foi possível perceber queda para HAS, IC e AVC, quando considerado o período total estudado. Dentre as doenças analisadas, a Insuficiência Cardíaca (IC) foi a condição que apresentou maior queda absoluta, seguida do Acidente Vascular Cerebral (AVC). O Infarto agudo do miocárdio (IAM) apresentou aumento da taxa, na comparação total. Conclusão: Os resultados sugerem uma redução nas taxas de duas doenças analisadas e tendência a permanecerem em alta das demais. Com esse resultado é possível inferir que há maior necessidade de trabalhar resoluções para a diminuição dos fatores de risco para o IAM e AVC, visto que envolvem fatores de risco modificáveis mais facilmente trabalhados na Atenção Primária de Saúde. Nesse sentido, medidas que atuem associando um melhor controle de fatores de risco e medidas educativas quanto a esses agravos pode ser uma sugestão interessante para a sociedade, visto que fatores de risco podem ser ainda desconhecidos.
A sífilis congênita resulta da disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, geralmente por via transplacentária, independentemente da idade gestacional. Diante disso, este trabalho tem como objetivo analisar a dinâmica temporal de acordo com dados epidemiológicos da sífilis congênita na atenção primária à saúde entre 2011 e 2020 no Estado de Sergipe, assim como, avaliar variáveis sociodemográficas maternas de filhos diagnosticados com sífilis congênita na última década. Os dados foram coletados mediante bases de dados do Ministério da Saúde (DATASUS) e do IBGE, sendo compilados em planilhas no programa Microsoft Office Excel e avaliados através do cálculo de frequências absolutas e relativas, além do desvio padrão das variáveis abordadas. O montante de dados evidencia que houve um total de 3.675 casos notificados de sífilis congênita no Estado de Sergipe entre 2011 e 2020, sendo mais prevalente nos filhos de mães pardas, com ensino fundamental incompleto e feito pré-natal durante a gestação. Ademais, as taxas de notificação da sífilis congênita são maiores na região leste do Estado de Sergipe. Após análise deste trabalho, é notório que o Estado sergipano mesmo sendo o antepenúltimo estado nordestino em escala decrescente quanto ao número de casos de sífilis congênita na última década, apresenta similaridade nas variáveis maternas estudadas e do próprio concepto de acordo com a literatura. É necessária a capacitação dos profissionais de saúde para o manejo do agravo e efetivas políticas públicas sobre os determinantes sociais da sífilis congênita.
A Hanseníase é um relevante problema de saúde pública, sendo uma doença que gera além de estigmas, grandes impactos na vida social do indivíduo, por ser uma doença infectocontagiosa com poder de gerar incapacidades físicas. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos casos de Hanseníase visando apontar o número de lesões hansênicas, os nervos afetados e o diagnóstico precoce da doença. Métodos: Estudo transversal, descritivo e quantitativo. Foram consultadas informações disponíveis sobre Hanseníase no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), relativas ao período entre 2010 e 2020. As variáveis do estudo foram divididas em número de notificações da doença, relacionadas ao: sexo, faixa etária, grau de sequelas, apresentação clínica, grau de incapacidade e número de lesões cutâneas. Resultados: Foi observado no estudo que a frequência de casos notificados se manteve constante ao longo dos anos, com maior prevalência do sexo masculino e de pacientes de meia-idade. No mais houve um predomínio para a forma clínica mais suscetível às reações hansênicas, a hanseníase Dimorfa e com número de lesões maior que cinco. Sobre o grau de incapacidade observou-se que a prevalência é maior em pacientes com grau 0. Conclusão: A prevalência da Hanseníase ainda é elevada e o diagnóstico precoce e instituição rápida do tratamento são primordiais para reduzir a taxa de mortalidade e as complicações acarretadas pela doença.
Prezados (as) leitores (as), o presente livro trata-se de uma coletânea de pesquisas sobre os mais diversos e variados temas que fazem parte da área da saúde, desde suas indagações, até os problemas e soluções encontradas nesses. Ademais, espero que encontre frutíferas elucidações e indagações feitas. Para alguns autores o conhecimento é como um oceano a noite em que o leitor utilizando um barco e uma lanterna vê partes de um infinito mar que não tem fim, por meio de livros, mestres e pessoas que passam em seu caminho. Deste modo, portanto, esperamos que parte desse livro traga novas descobertas, tais quais como maravilhas em um oceano desconhecido para um viajante empolgado. SUMÁRIOAumento da prevalência de puberdade precoce: qual a influência de disruptores endócrinos?
Background: The COVID-19 pandemic had an impact on the dynamics of other existing diseases in Brazil, such as Leprosy. Objectives: To analyze the impact of the COVID-19 pandemic on leprosy indicators in the general population and in children under 15 in the state of Sergipe, in 2020. Methods: An ecological time series study was carried out including all new cases of leprosy diagnosed and reported in the state of Sergipe between 2017 and 2020. The variables were analyzed: i. Number of new cases, monthly average and detection coefficient in the general population and in children under 15 years old/ 00 thousand inhabitants, ii. Proportion of ignored / blank / unclassified in the epidemiological variables, iii. Proportion of contacts of new leprosy cases that were examined during the year. A descriptive analysis was conducted. Results: In 2020, there was a 22.2% reduction in the number of new leprosy cases in the general population (325 in 2019; 253 in 2020) and a 44.4% reduction in the general detection coefficient (14.1/100 thousand in 2019; 7.9 cases/100 thousand in 2020). In children under 15 years old, there was a 50.0% decrease in records (22 cases in 2019; 11 cases in 2020) and 49.8% in the detection coefficient (4.2/100 thousand in 2019; 2.1/100 thousand in 2020). The number of municipalities without a record of the disease increased, both in the general population, which went from 25 (33.3%) municipalities in 2019 to 29 (38.6%) in 2020, and in those under 15 years of age, from 63 (84.0%) to 68 (90.7%). There was an increase in the proportion of ignored/ blank/ unclassified fields in the variables race/color, education, clinical form and assessment of physical disability in the diagnosis. The contact examination decreased from 78.7% to 68.9%. Conclusions: The COVID-19 pandemic resulted in a negative impact in the fight against leprosy in Sergipe. The challenges posed by the pandemic must urgently be considered in the development of mitigation plans and or strategies.
Objetivo: analisar a evolução da endemia hansênica no Estado de Sergipe durante o período de 2011 a 2015. Método: trata-se de um estudo epidemiológico, de natureza descritiva, com abordagem quantitativa envolvendo pacientes diagnosticados com hanseníase no Estado de Sergipe. Os dados foram obtidos por meio de consulta no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, fornecido pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Resultados: foram notificados 2.032 casos novos, sendo (50.12%) mulheres e (49,88%) pertencentes ao sexo masculino. A faixa etária entre 35 a 49 anos foi a mais acometida. Mostrou-se o predomínio da forma multibacilar (70,2%) e grau 0 de incapacidade avaliado no diagnóstico e na avaliação de cura, em todos os anos avaliados. Apesar da tendência à redução na detecção geral, mantém-se a dinâmica de transmissão no Estado, além de sinalizar para diagnóstico tardio. Conclusão: a frequência de casos multibacilares, a oscilação anual na detecção e prevalência em menores de 15 anos remetem a uma fragilidade no controle da doença pelo serviço de saúde.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.