O objetivo deste trabalho é propor um Índice de Estrutura Produtiva do Nordeste (IEPN) construído a partir de variáveis que buscam evidenciar a diversificação e integração da estrutura produtiva em uma análise por mesorregiões no Nordeste, observando o grau de produtividade e elaborando um ranking dessas mesorregiões. Utilizou-se a técnica estatística multivariada de análise fatorial pelo método de componentes principais para o ano de 2014. Constatou-se que as 18 variáveis selecionadas para o estudo explicam 95,80% da variância total dos dados e, as 5 mesorregiões que apresentaram alta grau de produtividade se localizam nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará e Pernambuco. Por fim, o índice mostrou que a maioria das mesorregiões possuem baixos níveis de produtividade. O índice também mostrou que há disparidades intraestaduais, como é o caso do Ceará em que a diferença de estruturas produtivas entre as mesorregiões litorâneas e interioranas.
A educação é um instrumento indispensável e impulsionador da transformação social da sociedade. Sendo assim, a Teoria do Capital Humano (TCH), que, no âmbito econômico, é a base para a Economia da Educação, enfatiza claramente a relevância da educação como investimento, contribuindo para o crescimento econômico dos países, e o aumento dos salários e produtividade do trabalhador, além de elevar suas aptidões e habilidades. A mesma foi consagrada e fortalecida pelos autores Theodore William Schultz, Gary Stanley Becker e Jacob Mincer. Para a existência de um bom funcionamento do sistema escolar e aprendizagem dos alunos, um mecanismo essencial é a qualificação dos professores. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa é avaliar a qualificação dos docentes do estado do Ceará, por meio da estimação de um Índice de Qualificação dos Docentes do Ceará (IQDC) para os anos iniciais do ensino fundamental público, utilizando dados do Censo Escolar de 2017 e a metodologia de Análise Fatorial. Os resultados revelaram a inexistência de formação dos professores deste nível de ensino, tendo em vista que mais da metade dos municípios estão classificados no grau baixo (64,13% dos municípios) e o quanto isto pode estar comprometendo a propagação de uma educação pública de qualidade.
A migração do capital humano e seu processo de alocação no mercado de trabalho nas sociedades capitalistas tem relevante destaque nas discussões teóricas da economia. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo verificar se o capital humano migrante intermunicipal no Ceará compõe um grupo positivamente selecionado da população utilizando as informações socioeconômicas e demográficas dos Censos Demográficos 2000 e 2010. A princípio, recorre-se à revisão da literatura; e, em seguida, ao modelo de Heckman (1979) em dois estágios, com correção de viés de seleção amostral. Os resultados mostram que, no primeiro estágio, a probabilidade de residir em um município do Ceará e ser migrante é maior para homens, brancos, com melhores níveis de escolaridades. Ademais, pela significância estatística da razão inversa de Mills, rejeita-se a hipótese nula de que os migrantes não compõem um grupo positivamente selecionado nos municípios cearenses e possuem características não observáveis que os tornam mais produtivos que os nativos no mercado de trabalho, em consequência, são mais bem remunerados. Finalmente, a decomposição mostra que, com exceção das características observáveis, os atributos produtivos não observáveis e o efeito seletividade são favoráveis aos maiores retornos salariais aos migrantes.
As desigualdades nas estruturas produtivas e regionais corrobora disparidades salariais em todo o país. Adicionada a isso, as características socioeconômicas e demográficas da força de trabalho têm forte influência nos diferenciais de rendimentos oriundos do trabalho. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo analisar os diferenciais salariais entre migrantes e não migrantes intermunicipais no Ceará. Os dados utilizados foram obtidos a partir dos Censos Demográficos do Brasil, dos anos de 2000 e de 2010. Inicialmente, discute-se as evidências empíricas a partir da literatura vigente; e, em seguida, recorre-se à Regressões Quantílicas com o fito de analisar os impactos das características socioeconômicas e demográficas do capital humano nos diferenciais de rendimentos do trabalho ao longo da distribuição condicional dos salários. Os resultados mostram que há diferenciais de rendimentos entre migrantes e não migrantes e que as características dos indivíduos ocupados no mercado de trabalho do Ceará corroboram de forma diferenciada entre os grupos em apreço.
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