Uma onda de privatizações, aquisições, fusões e joint ventures marcou o cenário econômico brasileiro na segunda metade dos anos 90. Muitos desses processos suscitaram polêmica, pois questionou-se a conveniência de se vender certas empresas brasileiras, públicas e privadas, para o capital privado nacional e/ou estrangeiro. Pouco se discutiu, no entanto, sobre as próprias operações e, principalmente, sobre as transformações ocorridas nas empresas envolvidas nesses processos. Nesse contexto, o livro Fusões e Aquisições no Brasil: Entendendo as Razões dos Sucessos e Fracassos, de autoria de Betania Tanure de Barros, pesquisadora e professora da Fundação Dom Cabral, e colaboradores, ao analisar tais questões, significa uma contribuição importante para o debate.Após apresentar, no primeiro capítulo, as características do estudo desenvolvido, os autores definem as diferentes operações analisadas e discutem as razões, o processo de negociação, o due diligence e a fase de integração dessas operações. No que tange à integração, os autores identificam algumas questões essenciais -encontro de culturas, gestão de pessoas e comunicação com os diferentes stakeholders -que seriam determinantes do resultado das aquisições.Em seguida, são analisados nove casos de aquisições, joint ventures, privatizações, fusões e spin-off. Seguindo uma estrutura similar, os autores, inicialmente, apresentam as empresas envolvidas na operação e, na seqüência, os antecedentes -razões e motivações -dela. Depois, discutem as particularidades do processo de negociação e do período de integração. Por fim, discorrem sobre os resultados obtidos e apontam os desafios a serem enfrentados pelas empresas. Esse eixo comum de apresentação tem a vantagem de permitir que as particularidades de cada caso sejam melhor evidenciadas.O segundo e o terceiro capítulos examinam aquisições no setor bancário. No caso da aquisição do Banco Real pelo banco holandês ABN AMRO, destaca-se a escolha da empresa adquirente que, na opinião do controlador da adquirida, deveria possuir uma cultura organizacional similar à de seu banco. No caso das aquisições do Banco Francês Brasileiro e do BEMGE pelo Banco Itaú, os auto-
Áreas do conhecimento desenvolvem-se a partir de iniciativas de ensino e pesquisa. Essas iniciativas partem de agentes que têm algum tipo de interesse (econômico ou não econômico) nesse desenvolvimento. Entre os agentes, os Institutos Públicos de Pesquisa (IPPs) são fundamentais para a evolução de áreas do conhecimento nos Sistemas Nacionais de Inovação (SNIs). Esta pesquisa analisa como um IPP pode desenvolver sua capacidade de agência institucional a fim de possibilitar o avanço de uma área do conhecimento em termos de pesquisa e ensino. Para evidenciar o desenvolvimento da capacidade de agência, analisou-se o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) por sua notoriedade nacional e internacional e sua efetiva contribuição para o avanço da matemática no SNI brasileiro. Foi realizada uma análise de conteúdo de documentos, vídeos e entrevistas. Esta pesquisa contribui para os estudos sobre o SNI e políticas educacionais, ao incorporar a essas literaturas discussões recentes da teoria institucional, mais especificamente, a agência institucional. Os resultados evidenciaram que a capacidade de agência institucional dos pesquisadores em influenciar as instituições governamentais e da comunidade científica, bem como a sociedade civil, permitiu ao IPP promover iniciativas de pesquisa e ensino, resultando no desenvolvimento de uma área do conhecimento.
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