Middle voice represents an inflexional category of classical Indo-European languages with the function of expressing states of affairs which affect the subject of the verb or its interests. In Portuguese there is a set of predicates, formally identified by an anaphorical but non-coreferential use of the pronoun se, which supports the notion of middle diathesis. This paper aims at providing formal, semantic and typological evidences in order to postulate a distinction between middle and reflexive-reciprocal constructions. KEY-WORDS: Voice; Diathesis; Middle Voice; Reflexive-reciprocal Voice.RESUMO: A voz média representa uma categoria flexional das línguas clássicas indoeuropéias com a função de expressar estados de coisas que afetam o sujeito do verbo ou seus interesses. O português dispõe de um conjunto de predicados, formalmente identificados pelo uso anafórico e não-correferencial do pronome se, em que se sustenta a noção de diátese medial. Este trabalho pretende fornecer evidências formais, semânticas e tipológicas para postular uma distinção entre construções médias e reflexivo-recíprocas. PALAVRAS-CHAVE: Voz; Diátese; Voz Média; Voz Reflexivo-recíproca. A relevância da expressão medial no portuguêsAlém de diferirem tipologicamente de acordo com os padrões de atribuição de caso aos argumentos nucleares de sentenças transitivas e intransitivas, os sistemas ergativo-absolutivos e nominativo-acusativos in-* Este trabalho é resultado de pesquisa desenvolvida no projeto Construções de voz média (CNPqProc. 301185/92-1 -Bolsa de Produtividade de Pesquisa). Sua forma final tem um grande débito com os pareceristas anônimos da DELTA, cujas sugestões agradeço. Os problemas que ainda restam são de minha inteira responsabilidade.
ABSTRACT. This paper aims to show that deverbal nouns preserve the argument structure of the corresponding input verb and that the overt or non-overt expression of their arguments within the term depends on a set of semantic and pragmatic factors, mainly related to the shared short-term information by the speech act participants. As a theoretical implication, this analysis preserves the idea that there is a gradual process of verbal decategorization, which is reflected in the different kinds of grammatical relation markings. As the verbal predicate gradually gains nominal status, the clausal markings (agreement, word order and the like) give way to prepositional marking or some other device, like adjectival modification or the use of possessive pronouns which are perfectly appropriate to follow a nominal head. KEY-WORDS: nominalization; deverbal noun; verbal decategorization; parts of speech.RESUMO: O objetivo deste trabalho é mostrar que os nomes deverbais preservam a estrutura argumental do verbo input correspondente e que a especificação ou não dos argumentos no interior do termo nominal depende de um conjunto de fatores pragmáti-cos, especialmente relacionados a informação de curto termo compartilhada pelos participantes da interação. Como implicação teórica, a análise preserva a idéia de que há um processo gradual de descategorização verbal, que se reflete nos diferentes tipos de marcação gramatical. Conforme o predicado verbal ganha estatuto nominal, as marcações tipicamente oracionais dão lugar a outros mecanismos, como marcação argumental por preposição, modificação por adjetivo, uso de pronomes possessivos, que acompanham apropriadamente um núcleo nominal. PALAVRAS-CHAVE: nominalização; nome deverbal; descategorização verbal; classes de palavra.
INTRODUÇÃOA universalidade e a ubiquidade da variação deveriam sugerir que sua existência é motivada pela satisfação de algum tipo de necessidade humana. Paradoxalmente, entretanto, a espécie humana nega a existência da variação e onde quer que ela ocorra faz o maior esforço para reduzir seus efeitos, como se exorcizasse uma criatura indesejável, como se reconhecer sua existência equivalesse a reconhecer uma culpa que merece expiação.
RESUMO:Com o foco centrado em dados extraídos do Iboruna, um córpus coletado na região noroeste do Estado de São Paulo, este trabalho pretende mostrar a relevância social da pesquisa variacionista com base num estudo da marcação variável de plural em predicativos de um único componente (substantivos, adjetivos e particípios passivos). Como reiteração de marcas, esse fenômeno variável se mostra em grande parte motivado por paralelismo formal, definido como uma restrição interna, mas se mostra também passível de ser explicado especialmente por grau de escolaridade, definido como uma restrição externa. Esse resultado, de natureza nitidamente social, converge com os principais princípios postulados pela Sociolinguística em seu surgimento 50 anos atrás, quando foi publicada a tese de Labov The Social Stratification of English in New York City. Palavras-chave: concordância nominal; predicativo; escolaridade; paralelismo formal.ABSTRACT: Focusing on data extracted from Iboruna, a corpus collected in the Northwestern region of São Paulo State, this paper aims at showing the social relevance of the sociolinguistic theory based on a study of variable plural marking in non-verbal predicates of a single word (nouns, adjectives and past participles). As the reiteration of marks, this variable phenomenon is largely motivated by formal parallelism, defined as an internal constraint, but it can also be especially accounted for by years of schooling, defined as an external constraint. This result, sharply social in nature, meets the main principles of Sociolinguistics postulated at its emergence fifty years ago, when Labov's thesis, The Social Stratification of English in New York City, was published. Keywords: nominal agreement; non-verbal predicate; years of schooling; formal parallelism. PALAVRAS INICIAISSe o estruturalismo representou um marco fundamental para a consolidação da linguística como disciplina científica, a importância de seus postulados se estendeu para o modo de ver as diferenças socioculturais, que se manifestam regularmente em qualquer sistema linguístico. Segundo Ilari (2004), fazer um balanço da influência do estruturalismo na linguística brasileira mostra que um dos saldos mais positivos foi justamente ter-se instaurado a crença de que a língua portuguesa deveria ser tomada como objeto de descrição, atitude que contrariou em grande medida a longa tradição normativa. A adoção de uma posição descritivista desencadeou uma nova atitude em relação às variedades estigmatizadas, tornando-as objetos legítimos de análise, especialmente porque a orientação normativa conduz ao entendimento equivocado de que somente a variedade prestigiada é sistemática e regular. Já a orientação 1 Universidade Estadual Paulista.
O objetivo deste trabalho é fornecer uma interpretação funcional para a ordem de constituintes da sentença do português falado no Brasil (PB). Segundo a metodologia aqui adotada, as generalizações de natureza sintática decorrem necessariamente de generalizações de natureza semântica e pragmática. Os dados constituem uma amostragem representativa de sentenças do português falado, extraída de inquéritos do Projeto NURC. Como enfoque funcional prevê a coexistência de diferentes padrões de ordenação de constituintes, usados em diferentes condições e para diferentes propósitos, postula-se que o PB dispõe de dois padrões igualmente relevantes: a ordem SVO e a ordem VSO, ambos pragmaticamente motivados. Argumenta-se ainda que tais motivações pragmáticas relaciona, diacronicamente, os padrões funcionais em uso a uma mudança em curso na classificação tipológica do PB de um tipo primitivo VSO para o tipo SVO atualmente predominante.
ResumoEckert (2000) inaugurou uma nova tendência na Sociolinguística ao propor um conceito renovado de regra variável, que passou a constituir o espaço privilegiado da construção do significado social. No âmbito desse quadro teórico, estabeleceu-se como objetivo para este trabalho a análise das dinâmicas e das práticas sociais de dois grupos de estudantes, ideologicamente opostos para examinar como o processo variável de concordância nominal, como a regra variável de pluralidade no SN, praticada na comunidade como um todo, pode ser aproveitada como indexador da construção de identidade por membros de diferentes comunidades de prática e, por outro, para discutir como casos de variação como esse, convivendo no próprio ambiente escolar com a própria questão normativa, estão conectados com a situação de ensino. Palavras-chave: variação estilística; identidade; campo indexical. Norm and variation: symbolic values in opposition AbstractEckert (2000) brought a new trend in Sociolinguistics when she proposed a new concept of variable rule, which now constitutes a privileged space of the construction of social meaning. Within this theoretical framework, the purpose of this paper was to analyze the dynamics and social practices of two groups of students ideologically opposed to examine, on one hand, how the variable process of nominal agreement, such as the variable rule of NP plurality, practiced in the community as a whole, can be exploited as an index of the identity construction by members of different communities of practice and, on the other hand, to discuss how cases of variation like that, living together with matters of normative rules in the school environment itself, are connected with the teaching situation.
O objetivo deste trabalho é analisar, a partir da Teoria da Variação e Mudança (LABOV, [1972] 2008), a expressão ou não do pronome sujeito no espanhol falado no Caribe colombiano para determinar os grupos de fatores linguísticos que motivam esse uso variável. A amostra está constituída por gravações de 18 informantes para cada corpus sociolinguístico (Barranquilla, Cartagena e Valledupar), que compõem a variedade falada no caribe colombiano, coletados com base na metodologia do PRESEEA (MORENO, 1996). A análise quantitativa foi realizada mediante o uso do programa Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005). Os resultados obtidos até aqui revelam que essa variedade integra a variedade conhecida por espanhol caribenho, de acordo com os índices percentuais de sujeito expresso, e mostram uma multiplicidade muito complexa de grupos de fatores em interação que contribuem para a expressão do pronome pessoal sujeito no dialeto analisado.
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