O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma análise das variáveis envolvidas nos quadros psiquiátricos denominados como transtornos de ansiedade a partir dos pressupostos teóricos do behaviorismo radical de Skinner. Em primeiro lugar, apresenta-se uma definição da ansiedade enquanto fenômeno clínico e enquanto construto. A ênfase dada pela literatura comportamental nas respostas de evitação e eliminação de estímulos ansiogênicos, e as escolhas por procedimentos terapêuticos padronizados resultantes dessa ênfase são então discutidos tendo em vista a inobservância de outras variáveis ambientais relevantes. Propõe-se que outras relações funcionais podem ser detectadas, além daquelas de esquiva que tradicionalmente são foco da intervenção. Relações respondentes e operantes que compõem o repertório comportamental do cliente que é diagnosticado como portador de transtornos de ansiedade são analisadas, incluindo a interação entre contingências operantes e respondentes, relações de controle aversivo, controle de estímulos, classes de resposta de ordem superior e operações estabelecedoras tais como privação e estimulação aversiva. Por último, um modelo de análise é apresentado de modo a integrar as relações passíveis de observação nos quadros clínicos em questão e possíveis estratégias terapêuticas dele decorrentes são elencadas.
RESUMO -Para investigar como o tipo de reforçador afeta o comportamento em FI após diferentes histórias de reforço, universitários foram expostos a FR ou DRL, que liberavam pontos por pressionar um botão. Alguns participantes trocavam pontos por fotocópias (Condição 1), por dinheiro (Condição 2) ou apenas recebiam os pontos (Condição 3). Subseqüentemente, todos foram expostos a FI. O FR produziu taxas de respostas altas e constantes independentemente do tipo de reforçador utilizado. O FI produziu taxas altas para os participantes das Condições 1 e 2 e baixas para os participantes da Condição 3. O DRL produziu baixas taxas que aumentaram durante o FI subseqüente. Os resultados sugerem que tanto contingências históricas quanto presentes controlaram o comportamento dos participantes e que o tipo de reforçador pode favorecer o responder em taxa alta e constante sob FI após exposição a uma contingência de FR.Palavras-chave: efeitos da história; história de reforço; história comportamental; esquemas de reforçamento; tipo de reforçador; comportamento humano. The Type of Reinforcer as a Modulating Variable of History in Humans EffectsABSTRACT -To investigate how the type of reinforcer affects the behavior in FI after different reinforcement histories, university students were exposed to FR or to DRL, that liberated points for pressing a button. Some participants changed points for photocopies (Condition 1), for money (Condition 2), or they just received the points (Condition 3). Subsequently, all students were exposed to FI. FR produced high and constant response rates independently of the type of reinforcer. FI produced high rates for the participants of the Conditions 1 and 2, and low for the participants of the Condition 3. DRL provoked low rates that increased during subsequent FI. The results suggest that so much historical contingencies as present contingencies controlled the participants' behavior and that the type of reinforcer can favor responding in high and constant rate under FI after a FR contingency.
O desenvolvimento de sistemas computadorizados úteis para uma área específica como a Psicologia tem crescido nos últimos anos. O presente artigo tem por objetivo apresentar um sistema computadorizado (ProgRef v3) desenvolvido por psicólogos para coleta de dados de desempenhos de humanos submetidos a programas de reforço. Espera-se que o sistema computadorizado possa contribuir para incentivar alunos e professores nas pesquisas sobre o tema e possa incentivar mais profissionais da área a investir na programação de sistemas computadorizados voltados para pesquisas.
O presente artigo tem por objetivo descrever alguns recursos adicionais do software ProgRef v3 (Costa e Banaco, 2002). São descritos os recursos de “Modelagem”, “Treino”, “Abrir sessão gravada” e “Gravar parâmetros da sessão”, além de um arquivo do MS-Excel® que contém uma “macro” que realiza análises de dados do arquivo de resultado dos tempos entre respostas (IRTs). Os recursos adicionais apresentados no presente artigo visam facilitar o trabalho do experimentador (i.e., a gravação e utilização dos parâmetros de uma sessão experimental e o arquivo com a “macro”) bem como oferecer recursos para a aquisição da resposta operante estudada (i.e., modelagem e treino).
Supervisão clínica é uma atividade que promove o aprendizado do repertório de identificar, descrever, intervir e analisar as contingências de reforçamento que operam na vida do cliente. A análise de contingências de reforçamento é a ferramenta básica do analista do comportamento clínico para alcançar o objetivo de descrever as relações funcionais entre o que a pessoa faz e sente e o ambiente ao qual responde. Para identificar qual a forma mais eficaz de ensinar o terapeuta a construir a tríplice contingência de reforçamento em sessão, foram elaborados três procedimentos de supervisão. Foram definidos três grupos experimentais, sendo cada grupo composto por dois terapeutas e uma única supervisora comum aos três grupos. No Grupo 1, a supervisora usou os três procedimentos: instrução verbal, instrução verbal acrescida de autoclíticos e instrução verbal acrescida de autoclíticos e modelo; no Grupo 2, a supervisora usou dois dos procedimentos: instrução verbal acrescida de autoclíticos e instrução verbal acrescida de autoclíticos e modelo; e, no Grupo 3, a supervisora usou um procedimento: instrução verbal acrescida de autoclíticos e modelo. Os resultados encontrados sugerem que o procedimento de instrução verbal acrescida de autoclíticos e modelo foi o mais eficaz sobre o comportamento do terapeuta.Palavras-chave: procedimentos de supervisão clínica; instrução verbal; autoclíticos; apresentação de modelo; terapia por contingências de reforçamento (TCR); tríplice contingência de reforçamento.
Comportamento verbal é comportamento operante, sujeito a leis de reforçamento. Contingências de reforçamento podem produzir supressão ou baixa frequência de emissão de respostas verbais. O objetivo deste trabalho foi: levantar hipóteses de possíveis contingências de reforçamento que pudessem provocar supressão e/ou baixa frequência na emissão respostas verbais; observar interações familiares e identificar contingências que pudessem diminuir ou aumentar a frequência de emissão de respostas verbais e comportamentos inadequados; e, desenvolver procedimentos de intervenção através de orientações aos pais e verificar possíveis mudanças na frequência de emissão de respostas verbais de uma criança de cinco anos. Para isso, foram feitas: entrevista para levantamento da história de vida da criança e da queixa; observações semanais de uma hora na residência da criança por um período de sete meses; e, orientações aos pais ao final de cada sessão de observação para que usassem procedimentos tais como reforçamento diferencial de respostas alternativas, ensino de nomeação, reforçamento de mandos vocais, consequenciação de emissão de resposta verbal, alteração na frequência de assistir TV e jogar vídeo-game e extinção para comportamentos inadequados. As interações entre os membros da família durante as sessões de intervenção foram transcritas e categorizadas. Os resultados mostram que a criança em sua história de reforçamento e no início do estudo, foi exposta a contingências desfavoráveis ao desenvolvimento de respostas verbais, o que produziu supressão e/ou baixa frequência de emissão de respostas verbais. As orientações emitidas pela pesquisadora parecem ter produzido mudanças nos comportamentos dos pais e consequentemente, nos comportamentos da criança, provocando aumento na frequência de emissão de verbalizações e diminuição dos comportamentos inadequados. Além disso, os dados mostram que ocorreram mudanças na interação de todos os membros da família.
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