O presente artigo busca explorar as práticas colecionistasde crânios, idiomas e artefatos indígenas empreendidas porJohann Natterer em sua viagem ao Brasil (1817-1835).Realizada no âmbito da comissão científica austríaca (maiorempreendimento científico até então realizado), Nattererfoi pioneiro na formação de coleções na região do MatoGrosso e Rio Negro. Dada a dimensão de sua viagem, para oartigo apresentado foram selecionados três grandes conjuntosde situações etnográficas que permitem refletir sobre o usogeneralizado da categoria ‘naturalista’ para indexar coleçõescoproduzidas por uma rede de atores sociais desigualmenteposicionados socialmente: indígenas (livres e escravos), chefesde milícias, tenentes, governadores de província etc. Além depluralizar a categoria ‘naturalista’, o artigo se propõe aindaa pensar as conexões entre o colecionismo no âmbito daHistória Natural e a etnografia.
O presente artigo parte de uma experiência de pesquisa-ensino relacionada ao desenvolvimento do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no curso de Licenciatura em Ciências Sociais e no Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Campus João Pessoa, no período de julho de 2018 a janeiro de 2020. A pesquisa centrou-se em identificar as múltiplas formas de violência existentes na unidade escolar, para isso realizando levantamento de dados junto aos setores institucionais de registro e resolução da violência, entrevistando psicólogos e docentes envolvidos com o combate e prevenção da violência na escola e, sobretudo, realizando investigações junto ao corpo estudantil por meio de grupos focais, entrevistas dirigidas e questionários. Neste artigo, pretendemos especificamente apresentar os resultados parciais obtidos a partir das manifestações de violência de gênero e LGBTQIfobia no IFPB/João Pessoa.
O presente trabalho pretende apresentar os resultados obtidos com o diagnóstico realizado para atuação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/Sociologia/UFPB) no Instituto Federal da Paraíba (IFPB), campus João Pessoa. Realizado em 2018 pela totalidade de integrantes do PIBID/Sociologia/UFPB, o diagnóstico buscou produzir um material que permitisse uma visão ampla do campus e do ensino de sociologia. Deste modo, o diagnóstico pretende ser um material de reconhecimento do IFPB/campus João Pessoa e de apoio a pesquisadores que desejem desenvolver projetos no Instituto. O diagnóstico constitui-se de cinco grandes itens: a) resgate da memória da criação do IFPB; b) descrição da estrutura física e das características funcionais do campus João Pessoa; c) identificação dos movimentos estudantis atuantes no campus; d) caracterização do funcionamento do ensino técnico integrado ao médio; e e) levantamento da oferta da sociologia nos diversos cursos e o formato da disciplina.
Resumo O presente artigo pretende explorar as conexões entre antropologia e museus a partir da trajetória de Edgar Roquette-Pinto. Antropólogo formado em medicina, Roquette-Pinto teve uma atuação determinante nos museus Nacional e Paulista. Nesses espaços formou coleções, elaborou catálogos e materiais de divulgação, promoveu exposições. Espera-se, por meio da análise de sua trajetória e atuação, discutir os processos de formação profissional do antropólogo na primeira metade do século XX; as fronteiras existentes na classificação dos museus como nacionais e etnográficos; bem como apontar para a função pública e política dos museus a partir da sua relação com a antropologia.
O presente dossiê buscou reunir a produção dos discentes vinculados ao PIBID Sociologia UFPB/IFPB. Coordenado pelos organizadores desse dossiê, Rita de Cássia Melo Santos (DCS/UFPB) e Adolfo Wagner (IFPB), o PIBID Sociologia UFPB/IFPB pretendeu mergulhar em profundidade na compreensão do funcionamento do ensino de sociologia numa escola técnica de João Pessoa. Para isso, tomou como primeiro objetivo o desvendamento do funcionamento institucional do IFPB. Durante seis meses, os estudantes do PIBID observaram e anotaram a rotina de funcionamento, a distribuição da carga horária de sociologia entre os cursos técnicos e superiores, a composição da biblioteca, a estrutura física, a organização dos movimentos estudantis e a memória da Instituição. Uma releitura desse diagnóstico corresponde ao primeiro artigo desse dossiê.
A coleção Marquesa de Cavalcanti, mantida no Museu Volkenkunde, em Leiden, na Holanda, é um dos registros mais antigos da existência de objetos brasileiros neste museu. Faz parte de uma coleção mais ampla criada para a Exposição Antropológica Brasileira, realizada em 1882, e para a Exposição Universal de Paris, realizada em 1889. O foco principal deste artigo são os itinerários dessa coleção, desde suas primeiras exposições no Brasil e em Paris até a coleção Volkenkunde em Leiden. Apesar do desafio colocado pela ausência de documentação para entender a “vida social” dos objetos, acreditamos que a investigação dos itinerários das coleções e a análise das diferentes relações sociais inscritas nos objetos possam fornecer uma chave para a compreensão da história da etnografia e da arqueologia. Este artigo analisa como as coleções conectaram regiões coloniais a áreas metropolitanas na segunda metade do século XIX, no caso particular do Brasil, Paris e Holanda. Discute ainda o papel da mulher na produção de coleções arqueológicas e etnográficas e, consequentemente, o seu lugar na produção de conhecimento antropológico e arqueológico.
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