Broadness of leaf petiole wing (WB) was investigated as a morphological marker for screening hybrids of the very narrow-winged species Citrus limonia and C. sunki with broad-winged species C. aurantium and C. sinensis. Controlled polinizations produced over 500 reciprocal hybrids with potential in the ongoing rootstock breeding program identified by the Pgi-1 and Prxa-1 isozyme loci. Measurement ratios WB/leaf length, WB/leaf broadness and WB/petiole length identified 86 to 91% of the reciprocal hybrids produced. However, visual classification of WB was an equally efficient but much easier and faster method. It can be very useful in breeding programs when large number of plants have to be screened or when isozyme, RFLP or RAPD laboratories are not available.
Investigou-se a largura da asa do pecíolo da folha (WB) como um marcador morfológico para identificar híbridos recíprocos de Citrus limonia e C. sunki, que possuem a asa do pecíolo bastante reduzida, com C. aurantium e C. sinensis, cujas asas dos pecíolos são bem desenvolvidas. Polinizações controladas produziram mais de 500 híbridos identificados pelos loci isoenzímicos Pgi-1 e Prxa-1. WB e a razão desta pelo comprimento da folha, pela largura da folha e pelo comprimento do pecíolo identificaram, em média, 86 a 91% dos híbridos recíprocos produzidos. A simples observação subjetiva da WB é, entretanto, um processo igualmente eficiente porém muito mais fácil e rápido. Este poderá ser bastante útil e econômico em programas de melhoramento nos casos em que se necessite a seleção de grande número de plantas ou quando não se dispõe de laboratórios de eletroforese de isoenzimas RFLP ou RAPD. Os híbridos produzidos e identificados têm sido avaliados quanto ao seu potencial como porta-enxertos de citros no Brasil
Estudou-se a variabilidade e o potencial de seleção de 396 híbridos entre os porta-enxertos limão Cravo 'Limeira' (Citrus limonia) (C), tangerina Sunki (C. sunki) (S), laranja Azeda 'São Paulo' (C. aurantium) (A) e Trifoliata 'Davis A' (Poncirus trifoliata) (T) tolerantes à tristeza, comparativamente aos genitores Cravo, Sunki e Trifoliata. Foram investigados os híbridos T x A, T x S, S x T, C x S, S x C, C x A e S x A quanto à produção das três primeiras colheitas, produtividade e várias características vegetativas e industriais da laranjeira 'Valência' neles enxertada. Cravo, Trifoliata e os híbridos T x S, S x T, T x A e C x A iniciaram a produção precocemente comparado à Sunki, S x C, C x S e S x A, denotando a dominância da produção precoce do Trifoliata, mesmo nos híbridos com Sunki, e a tendência dos híbridos de Sunki em induzir produção tardia, exceto na combinação com o Trifoliata. A produtividade por área de projeção da copa do Trifoliata foi baixa, ao contrário do Cravo, Sunki e híbridos T x S e S x T. Observou-se boa associação entre os diâmetros dos enxertos e também dos porta-enxertos logo após o plantio no campo e nos quatro anos subseqüentes. Altura, diâmetro da copa, dos troncos do enxerto e porta-enxertos são altamente relacionados e úteis para compor um índice caracterizando o vigor. Trifoliata e Sunki foram os mais divergentes quanto ao vigor e os híbridos entre eles, os que apresentaram maior variabilidade para essa característica. Em 2000, vigor e produção correlacionaram-se com o diâmetro do enxerto em 1996, mostrando ser acertada a prática corrente de se escolherem as mudas mais vigorosas para o plantio comercial, indicando sua utilidade na pré-seleção de mudas de híbridos para o plantio de campos de seleção. A incompatibilidade parcial enxerto/porta-enxerto, observada em 'Valência'/Trifoliata, manifestou-se em seus híbridos, mas não se correlacionou com os atributos produção precoce e elevadosºBrix e ratio desse genitor, tratando-se de determinantes genéticos independentes. Trifoliata induziu altos valores de ratio do suco e, todos os seus grupos de híbridos foram superiores à Sunki e ao Cravo. Quanto à produção, verificou-se a superioridade do Cravo em relação à Sunki e esta em relação ao Trifoliata, enquanto nos híbridos constatou-se ampla variabilidade genética, sendo 228 significativamente mais produtivos que o Trifoliata, 100 superiores à Sunki e 47 ao Cravo. Os resultados evidenciaram alto potencial de seleção desses híbridos.
Um dos problemas relacionados ao melhoramento de citros é a poliembrionia e a conseqüente dificuldade, após cruzamentos controlados, de distinguir clones nucelares dos híbridos. Estudou-se um método para eletroforese de isoenzimas em gel de amido para doze sistemas isoenzímicos, desenvolvendo-se procedimento apropriado para a resolução simultânea dos sistemas fosfatase ácida, peroxidase anódica e catódica, glutamato oxaloacético transaminase, fosfoglucoisomerase, fosfoglucomutase e enzima málica. Caracterizaram-se por esses sistemas 31 clones de citros com possível interesse para o programa de melhoramento do IAC. Estão envolvidos 7 locos e 25 alelos, permitindo uma identificação precoce de híbridos antes do plantio no campo para avaliações agronômicas. Implicações desses estudos básicos no melhoramento e na determinação da taxa de seedlings nucelares de porta-enxertos comerciais são discutidas.
O Brasil é o maior produtor mundial de citros e, historicamente, a tristeza, a doença de maior importância econômica da cultura. Causada por um closterovirus (CTV) de RNA fita simples positiva, encontra-se disseminada por quase todas as regiões citrícolas do globo. Transmitida por enxertia e algumas espécies de pulgão, principalmente Toxoptera citricida, apresenta diversas estirpes, causando sintomas variados em Citrus e afins. Proteção cruzada de copas sensíveis através de estirpes fracas do vírus é uma eficiente técnica de controle desenvolvida no Brasil e utilizada em várias partes do mundo. Métodos de detecção e caracterização do vírus baseiam-se nos sintomas de variedades e clones específicos, mas, métodos sorológicos e moleculares são empregados também no monitoramento da expansão da doença. As plantas, não raro, são infectadas com mais de uma estirpe, que se podem recombinar geneticamente e são passíveis de transmissibilidade diferencial pelos vetores ou por diferentes borbulhas da mesma planta. A composição do complexo de estirpes presente na planta pode alterar-se após poda drástica, ou em resposta a condições ambientais. Tipos menores de RNA defectivos e subgenômicos ocorrem freqüentemente junto às partículas normais do CTV. Alguns defectivos estão associados aos sintomas de amarelecimento de plântulas. O controle da doença é feito pelo uso de variedades de copas e de porta-enxertos que interagem conforme a capacidade de multiplicar as partículas virais em suas células e de tolerar sua presença nos tecidos do floema. Essas características têm importantes implicações para o cultivo e melhoramento. A presente revisão discute também as reações de plantas enxertadas e de pé-franco, ressalta os problemas, conceitos básicos e as implicações relevantes para o melhoramento genético de porta-enxertos.
Investigaram-se os efeitos da tristeza dos citros causada pelo vírus CTV em caracteres vegetativos, produtivos e industriais da laranjeira 'Valência', enxertada em sete progênies híbridas de irmãos germanos segregando para tolerância a essa doença. Os híbridos são provenientes de cruzamentos controlados entre os porta-enxertos comerciais Poncirus trifoliata 'Davis A' (T), tangerina Sunki (S), laranja Azeda 'São Paulo'(A) e limão Cravo 'Limeira' (C). Estudaram-se dois lotes de híbridos: o primeiro contendo 298 indivíduos, sendo 20 T x S; 67 S x T; 98 S x A; 48 C x A e 65 T x A. No segundo lote, investigaram-se 1.243 híbridos, sendo 845 S x A; 240 A x S; 139 C x A e 19 A x C. Devido à tristeza, a mortalidade no viveiro foi em torno de 21% e, entre sobreviventes transplantados para campo, outros 13% dos híbridos intolerantes morreram em um período de quatro anos. Nos híbridos sobreviventes, a tristeza reduziu em quatro anos, o diâmetro dos porta-enxertos intolerantes em 41%, o diâmetro do enxerto em 45% e o índice de vigor vegetativo em 42%. A massa dos frutos foi também reduzida, em média, em 22%. A produção de frutos foi o caráter mais drasticamente afetado, sendo reduzido em 41% na primeira colheita, acentuando-se esse efeito nas demais, até atingir 90% na quinta colheita, com média de 85% em relação ao valor acumulado das cinco colheitas. A produtividade por área da projeção da copa sofreu também acentuada redução (46%), indicando ser o decréscimo da produção proporcionalmente muito mais intenso que o do crescimento vegetativo. A relação entre os diâmetros do enxerto/porta-enxerto decresceu 7% nas plantas intolerantes. Embora pequena, indica que o crescimento vegetativo da copa tolerante exibiu um efeito mais intenso que o próprio porta-enxerto intolerante. A coloração externa dos frutos, o rendimento e o "ratio" do suco foram pouco afetados, enquanto a acidez aumentou, em média, 12% e o teor de sólidos solúveis aumentou significativamente, 14% em média, nos híbridos intolerantes.
Estudaram-se as causas biológicas do reduzido número de sementes da tangerina `Sunki' (Citrus sunki Hort. ex. Tan.), promissor porta-enxerto para a citricultura brasileira. As seguintes hipóteses foram investigadas: (1) existência de uma limitação na anatomia do fruto, decorrente do pequeno número de óvulos por ovário; (2) ocorrência de esterilidade gamética em função do desenvolvimento anormal do saco embrionário e/ou dos grãos de pólen; (3) presença de auto-incompatibilidade. Realizaram-se cortes histológicos de ovários e de sacos embrionários, observações detalhadas de frutos e suas sementes, bem como polinizações com outras espécies e cultivares. Concluiu-se que apesar de a tangerina `Sunki' produzir normalmente apenas duas a três sementes viáveis, possui potencial biológico para originar até dezessete sementes por fruto. A formação de gametas tanto masculinos como femininos é normal. Quanto ao reduzido número de sementes por fruto, pode-se explicá-lo em razão do acentuado grau de auto-incompatibilidade. Quando polinizada com espécies compatíveis, há um aumento significativo no número de sementes por fruto, cuja magnitude depende do polinizador específico utilizado. Em termos biológicos, é possível e praticamente exeqüível aumentar o número de sementes da tangerina `Sunki' por meio de polinizadores adequados, no entanto, esse aumento é acompanhado pelo maior número de plantas zigóticas e não de nucelares como seria de interesse comercial.
The biological causes for the reduced number of seeds per fruit in the `Sunki' mandarin (Citrus sunki Hort. ex Tan.), a promising citrus rootstock in Brazil, were studied. Three hypotheses were investigated: (1) existence of an anatomical limitation related to a reduced number of ovules in the ovary; (2) occurrence of sterility due to abnormal formation of the embryo sac and/or pollen grains; (3) self-incompatibility. Histological studies of the ovary, observations of fruits, seeds, and pollen grains as well as pollinations with other citrus species led to the conclusion that although `Sunki' fruits usually bear only two or three viable seeds, they have however, a biological potential to produce up to 17 seeds. The formation and viability of male and female gametes are normal. The main reason for the reduced number of seeds is the self-incompatibility of this clone. When pollinated with other species, there is a significant increase in the number of seeds/fruit of a magnitude dependent on the pollen source. Therefore, it is possible to increase the number of seeds/fruit with adequate pollinators although this will result in substantial increase only in the number of zygotic plants and not in the nucellar ones as would be commercially desirable
Sete grupos de híbridos entre porta-enxertos elite de citros (Citrus sp.) e seus genitores foram estudados quanto a reação à infecção de tronco por Phytophthora parasitica, em plantas adultas no campo. Inocularam-se artificialmente, em duas posições do tronco, 132 plantas nucelares dos genitores e 486 híbridos entre limão (Citrus limonia) Cravo 'Limeira' (C), Poncirus trifoliata 'Davis A' (T), tangerina (C.sunki) 'Sunki' (S) e laranja Azeda (C. aurantium) 'São Paulo' (A). A classificação do grau de resistência à gomose de tronco em plantas adultas no campo foi possível somente quando baseada na média do tamanho de lesões de mais de 30 plantas nucelares, devido às grandes variações observadas em plantas individuais do mesmo clone, impossibilitando a seleção precoce de híbridos baseada em valores de plantas individuais. O trifoliata e a laranja Azeda mostraram-se bastante resistentes, desenvolvendo, em geral, lesões de tamanho reduzido. A tangerina Sunki e o limão Cravo desenvolveram lesões maiores, embora a tangerina Sunki tenha mostrado uma tendência em desenvolver lesões maiores que às do limão Cravo. Híbridos de trifoliata apresentaram, no geral, lesões intermediárias. Os híbridos de Azeda apresentaram lesões de tamanhos bastante variáveis, porém a maioria, com lesões grandes. Da mesma forma comportaram-se os híbridos recíprocos entre Sunki e Cravo.
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