RESUMOOs objetivos deste estudo foram identificar crianças com atraso no desenvolvimento motor e social, verificar se esses atrasos estariam associados aos fatores de risco ambientais e analisar o impacto da intervenção motora no desenvolvimento motor e social de crianças em vulnerabilidade social. Os participantes (43 crianças entre 06 e 18 meses de idade) foram avaliados por meio da escala de Desenvolvimento do Comportamento da Criança no Primeiro Ano de Vida (EDCC) e da Alberta Infant Motor Scale (AIMS). Intervenções foram implementadas em diferentes contextos. Os resultados evidenciaram que: (1)19 crianças apresentavam desenvolvimento em níveis abaixo do esperado para sua faixa etária; (2) o desenvolvimento social era mais elevado nas famílias em que o pai estava presente e naquelas de maior poder aquisitivo; (3) o desenvolvimento motor era mais levado em bebês de mães mais velhas que tiveram tempo de amamentação mais longo e cujo nível socioeconômico era mais elevado. Nas comparações de grupos observou-se que a intervenção na creche foi mais efetiva que a domiciliar em propiciar mudanças no desenvolvimento motor e social de crianças de risco. INTRODUÇÃOO estudo do desenvolvimento motor abrange historicamente duas áreas distintas do conhecimento -a biologia e a psicologia. Da biologia emergem os conceitos de crescimento e desenvolvimento do organismo, e da psicologia, o interesse em compreender o comportamento humano, com seus aspectos relacionados ao movimento (CLARK; WHITALL, 1989). Inferese então que o desenvolvimento motor refere-se a mudanças na habilidade em geral, que começa ao nascer e vai até a vida adulta, ou seja, está relacionada com a idade e também com a influência do ambiente. Pode-se observar, de acordo com Clark e Whitall (1989), a reciprocidade entre aspectos físicos (biológicos, inatos) e sociais (comportamento, experiências, aprendizado) do desenvolvimento do indivíduo.Partindo da existência de interação entre a composição biológica do indivíduo e suas próprias circunstâncias ambientais peculiares, ou seja o processo desenvolvimentista, Gallahue e Ozmun (2004) dizem que os fatores pertinentes à tarefa, ao indivíduo e ao ambiente não apenas são influenciados um pelo outro (interação), mas também podem ser modificados (transação) um pelo outro. Dessa forma, diferentes fatores de risco, condições biológicas ou ambientais, aumentam a probabilidade de déficits no desenvolvimento da criança (ALLEN, 1993), e em muitas situações há a superposição de fatores biológicos e ambientais, acarretando maior probabilidade de ocorrerem danos (ANDRACA et al., 1998;ALLEN, 1993).As crianças que vivem em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, estão expostas a vários riscos, podendo apresentar
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