Esta tese tem como objetivo apontar possíveis alternativas para a superação de fatores críticos específicos ao plano de negócios no campo profissional da Arquitetura e Urbanismo, tais como deficiências no plano de gestão financeira, de marketing, de pessoas ou mesmo a visão estratégica transmitida aos públicos internos e externos. Recentes pesquisas realizadas pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) apontam para o desalinhamento entre o planejamento da atividade profissional e seu mercado de atuação; ao mesmo tempo, crescem as evidências de interesse desses profissionais pelo conhecimento de empreendedorismo em publicações especializadas e no próprio Conselho. Para isso, é necessário inicialmente identificar o que é o atual escritório de Arquitetura e Urbanismo, principalmente se a atuação generalista propagada pelas propostas de formação acadêmica se reflete enquanto atividade econômica. Adotado o método de estudos de casos múltiplos, e recortando o estudo ao município de São Paulo, com maior número absoluto de escritórios em atividade no país, foram levantados dados de atividades técnicas registradas, alimentado um banco de dados georreferenciado sobre os escritórios ativos na cidade, e realizadas sete entrevistas em profundidade com arquitetos titulares. Foi constatada a atuação, de fato, em mercados segmentados e em nichos, a preservação do discurso de atuação generalista, objetivos múltiplos que incluem externalidades sociais positivas, e a necessidade de maior orientação de gestão a estes líderes. Para este último ponto, buscamos contribuir elencando um rol de diretrizes para a elaboração de um documento futuro de recomendações aos planos de negócios neste campo.
Este diagnóstico da atuação de empresas de arquitetura e urbanismo no território do município de São Paulo constitui etapa inicial da pesquisa para doutorado do primeiro autor, cujo objeto final é o plano de negócios da atuação profissional do arquiteto. Vários aspectos encontrados corroboram a hipótese de que existem, no mínimo, limites para a atuação generalista do arquiteto e urbanista, e parece apontar para a segmentação de sua atuação profissional. A hipótese supõe ser muito difícil uma empresa do ramo conseguir atuar de forma generalista, e que os escritórios de arquitetura tendem a se especializar em segmentos específicos para otimizar seus resultados, ganhar eficiência operacional e construir uma imagem que viabilize sua longevidade. Foi realizado um estudo amostral de empresas ativas e atuantes no município de São Paulo em 2018, e foram impostos critérios rigorosos de validação de cada dado. As conclusões indicam que nem todas as empresas de arquitetura atuam sequer nos grupos de atividades a que o arquiteto e urbanista está habilitado, e que essas costumam atuar com diferentes grupos, naturezas, setores de clientes; que oferecem diferentes produtos principais a diferentes mercados, possuem diferentes modelos de negócios, e selecionam nichos de atuação entre clientes privados.
Este artigo tem como objetivo divulgar os resultados de sete estudos de casos realizados com arquitetos titulares de escritórios de arquitetura com foco em planos de negócios e gestão dessas organizações. Estudos anteriores apontam para graves deficiências na gestão deste tipo de empreendimento, e recentes pesquisas realizadas pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) apontam para o desalinhamento entre seu planejamento e mercado de atuação. Adotado o método de estudos de caso múltiplos, e recortando o estudo ao município de São Paulo (maior número absoluto de escritórios em atividade no país), foi criado um banco de dados georreferenciado sobre os escritórios ativos na cidade, e realizadas sete entrevistas em profundidade com arquitetos titulares. Foi constatada a atuação, de fato, em mercados segmentados e em nichos, a preservação do discurso de atuação generalista, objetivos múltiplos que incluem externalidades sociais positivas, e a necessidade de maior orientação de gestão a estes líderes. O artigo deriva da Tese de Doutorado do primeiro autor
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