ResumoAo conceber a empresa como uma instituição de produção e aprendizado, a abordagem "institucionalista-evolucionária" tem avançado na compreensão das causas e efeitos de seu desempenho como agente da inovação. A partir dessa perspectiva, este artigo faz uma revisão da discussão teórica sobre o papel das empresas na consolidação dos sistemas de inovação, enfatizando a importância do processo de aprendizado como base da acumulação de conhecimentos necessários à promoção de inovações tecnológicas, organizacionais e também institucionais.Nesse sentido, entende-se que a empresa contribui e, ao mesmo tempo, se favorece dos sistemas de inovação, na medida em que o processo de aprendizado é parte inerente da "coevolução das tecnologias físicas e sociais", propiciando avanços nos níveis micro e mesoeconômicos, o que promove o desenvolvimento econômico.Processo de aprendizado, acumulação de conhecimento e sistemas de inovação: a "co-evolução das tecnologias físicas e sociais" como fonte de desenvolvimento econômico* Learning process, accumulation of knowledge and innovation systems: the coevolution of physical and social technologies as source of economic development abstRact By conceiving the firm as an institution of production and learning, the "institutionalistevolutionary" approach has been making progress in understanding the causes and effects of its performance as an agent of innovation. From this perspective, this article is a survey of the theoretical discussion about the role of companies in the consolidation of innovation systems, emphasizing the importance of the learning process as a basis for the knowledge accumulation necessary to promote technological, organizational and also institutional innovations. Adriano José PereiraIn this sense, the paper shows that companies contribute and, at the same time, benefit from innovation systems, as the learning process is an inherent part of the "co-evolution of physical and social technologies", providing advances in micro and meso economic levels, thus promoting economic development.
Resumo O artigo analisa a influência do comportamento inovativo das grandes empresas da indústria de transformação brasileira sobre a formação do Sistema Nacional de Inovação (SNI), utilizando-se da base de dados das PINTECs (2000, 2003, 2005 e 2008), a partir da construção de indicadores relativos à responsabilidade pelo desenvolvimento de produto e/ou processo; localização e importância das fontes de informação; relações de cooperação; esforço inovativo e qualificação das pessoas ocupadas em atividades de P&D. Conforme os indicadores considerados, as empresas estrangeiras têm inovado, predominantemente, a partir de relações intra-corporativas, caracterizando-se por um comportamento “hierarquicamente integrado”, com “reação adaptativa” ao que acontece em âmbito internacional; por sua vez, as grandes empresas nacionais, em regra, têm inovado relativamente menos, além de se caracterizarem como “seguidoras” das estratégias inovativas das empresas estrangeiras. Nesse sentido, conclui-se que o comportamento inovativo desses dois grupos de empresas não tem favorecido o desenvolvimento do SNI brasileiro.
Este artigo analisa o significado e a importância das empresas para o desempenho das economias sob a perspectiva de duas vertentes teóricas que apresentam diferentes concepções, ainda que parcialmente complementares: a Nova Economia Institucional (NEI) eo Institucionalismo Evolucionário. Tais diferenças abrangem a compreensão do significado de "instituição" e a forma como se dão as relações dos indivíduos com as instituições e dessas entre si. Considerando a empresa como instituição e unidade de análise, a Teoria Institucionalista Evolucionária incorpora os conceitos de governança e de custos de transação à sua perspectiva analítica com ênfase em seus aspectos dinâmicos. Explicita-se, assim, o papel das empresas no desenvolvimento econômico em sua dupla condição: instituições e agentes de inovação.
A humanidade precisa encontrar meios que proporcionem o aumento dos níveis de sustentabilidade, sendo este um dos principais desafios que deve ser consolidado no século XXI. Considera-se que a energia pode contribuir sobremaneira neste processo. A utilização de energias renováveis vem sendo ampliada em vários países do mundo, a exemplo do Brasil, e, nesse sentido, este artigo procura avaliar quais as implicações que estas mu- danças devem trazer para o desenvolvimento sustentável no país. Para tanto, utilizou-se como base de informação as definições tecidas no planejamento energético nacional e os resultados dos programas de governo que foram executados ao longo dos anos 2000. A avaliação do impacto do aumento da utilização das energias renováveis nos níveis de sustentabilidade foi realizada com base na definição de variáveis nominais e operacionais. Constata-se que a expansão da utilização de fontes renováveis na matriz energética contribui para o alcance de melhores níveis de desenvolvimento, o que é verificado pelas variações no nível de sustentabilidade que vão ocorrendo a partir do aumento da utilização destas energias.
Journal of Political Economy, vol . 36, nº 4 (145), pp . 769-787, October-December/2016 770 of Brazilian manufactures in terms of international trade. It has been concluded that the significant participation of TNCs in Brazilian foreign trade reveals that the international insertion of the country's industrial output presents an increasing dependency on strategic decisions of TNCs.
O artigo analisa a relação entre integração regional e desenvolvimento econômico, de acordo com diferentes enfoques teóricos, incluindo a contribuição da CEPAL. As experiências de integração na América Latina (ALALC e ALADI) são estudadas a partir do prisma das políticas de desenvolvimento, buscando-se entender os motivos de seu fraco desempenho. O MERCOSUL é tratado a seguir, destacando-se a mudança de concepção teórica em sua origem e seus resultados até a atualidade. Concluindo, ressalta-se a oportunidade da adoção de políticas de desenvolvimento que o regionalismo oferece, comparativamente a estratégias unilateralistas e multilateralistas. Nesse sentido, argumenta-se que uma integração construída com o uso de políticas ativas de desenvolvimento acordadas entre os membros do grupo tende a produzir melhores resultados que a simples liberalização comercial.
*Agradecemos aos pareceristas pelas observações feitas à versão original do artigo, que contribuíram para o seu aperfeiçoamento, e ao IBGE pelas tabulações especiais. desenvolvimento de produto e/ou processo, relações de cooperação, gastos com treinamento e mudanças estratégicas e organizacionais). Ao utilizar a "teoria econômica evolucionária" como referencial de análise, objetiva-se compreender em que medida tais empresas têm se inserido no paradigma tecno-econômico das "redes flexíveis" a partir da economia brasileira.A pesquisa evidenciou que o comportamento inovativo das grandes empresas estrangeiras da indústria de transformação brasileira revela um caráter de atuação de "empresa em rede" mais do que de "rede de empresas".PalavRas-chave | Mudança Organizacional; Empresas Transnacionais; Economia Brasileira código-Jel | F23; L20; O19
O artigo analisa as principais experiências de integração econômica na América Latina, com destaque para os processos que deram origem ao Mercosul. Inicialmente, são discutidos os antecedentes históricos e as propostas da Cepal, e o desenvolvimento e desempenho da Alalc e da Aladi. Sobre o processo de integração bilateral entre Brasil e Argentina, nos anos 1980, destaca-se a realização de acordos intrasetoriais como uma maneira inovadora de integração. O Mercosul é tratado no contexto de sua constituição e primeiros resultados, enquanto um processo político bem sucedido, voltando-se, entretanto, a um padrão mais liberal de integração. Seu desempenho econômico até o presente é analisado a seguir, com destaque para a evolução e as dificuldades macroeconômicas, em suas relações com a integração. Apresentam-se também indicadores, com resultados positivos e negativos, de desempenho do Mercosul. Na conclusão, são discutidas a evolução e as perspectivas da integração econômica latino-americana, em um contexto de globalização e ameaça de marginalização e de baixo desempenho econômico regional, destacando-se a importância da participação empresarial e social na determinação do rumo das novas experiências.
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