Os procedimentos de infusão intravenosa estão entre os mais usuais em hospitais e têm potencial para gerar alta ocorrência de eventos adversos. No entanto, as infusões intravenosas ainda não têm a sua verificação automatizada. Considerando este cenário, este trabalho propõe uma nova abordagem para reduzir eventos adversos em procedimentos intravenosos utilizando Aprendizado de Máquina para permitir uma inferência autônoma e registro dos perfis de infusões intravenosas. Dois regressores baseados em redes neurais foram avaliados: Multi-Layer Perceptron e Long-Short Term Memory. A avaliação dos modelos regressão, para as inferências dos perfis de administração de medicamentos intravenosos, obtiveram resultados promissores.
O objetivo deste artigo é apresentar três paradoxos envolvidos na noção de tolerância e analisar suas possíveis soluções, utilizando os resultados desta discussão para descrever um possível quarto paradoxo, relativo ao valor atribuído à tolerância pelos agentes envolvidos, que é aqui considerado como constitutivo e, portanto, insolúvel. Para isto, será apresentada uma noção estrutural da tolerância como ideal moral, discutindo-se seus elementos. Em seguida, a partir da relação com os componentes específicos desta noção, serão analisados os três paradoxos mencionados, dois muito conhecidos e um terceiro pouco discutido e ainda a ser nomeado, e suas possíveis soluções, que exigirão, respectivamente: a apresentação de argumentos em favor da tolerância, a discussão dos seus limites e uma interpretação exigente do componente de desaprovação moral daquela estrutura. Por último, partindo da discussão dos paradoxos anteriores e das suas soluções, será proposto um possível quarto paradoxo, não formulado explicitamente como tal nestas discussões, mas cujos elementos constitutivos já foram indicados desde o século XVIII, bem como apresentadas as razões da sua aparente insolubilidade.
O objetivo deste artigo é apresentar a relação entre Filosofia política e democracia na obra de Michael Walzer, a partir da influência exercida sobre ele por John Rawls. Para fazer isto, será feita uma breve apresentação das visões de Rawls sobre aquela relação. Após, será mostrado que Walzer corrobora e amplia a concepção de Rawls. Por último, será descrito o papel de crítica imanente que Walzer atribui à Filosofia política nas democracias contemporâneas, trazendo-a da pretensão de guia da política, baseada na contemplação privilegiada de qualquer suposta ordem transcendente e vinculante, para um papel de engajamento comprometido apenas com a própria ordem democrática.
Resumo Este artigo discute a situação da tolerância política nas democracias liberais, analisando algumas críticas que lhe são dirigidas e tentando mostrar que, apesar dessas, sua relevância permanece. Para isso, é utilizado como fio condutor o recente debate sobre a relação entre tolerância e neutralidade, no qual é sugerida a incompatibilidade entre ambas. A seguir, é apresentada a resposta do filósofo político Peter Jones, segundo o qual é o compromisso dos cidadãos com a tolerância que pode levar, posteriormente, à proposição da neutralidade estatal nas democracias liberais marcadas pelo pluralismo. Por último, esta linha de defesa é complementada pela sugestão, contrária ao texto do próprio Jones, de que há uma implicação recíproca entre tolerância e neutralidade políticas em tais sociedades.
Liberalismo e perfeccionismo foram considerados posições incompatíveis por John Rawls. Essa incompatibilidade foi questionada por diversos autores. Partindo daí, o artigo propõe um liberalismo perfeccionista político como uma possibilidade promissora para que as democracias liberais possam enfrentar a tarefa de promover as virtudes políticas necessárias para sua reprodução.
O objetivo deste artigo é mostrar, segundo a teoria da justiça de Michael Walzer, o papel fundamental que as esferas da educação e da cidadania, em sua recíproca sustentação, devem representar para a obtenção de uma sociedade democrática justa. Para isto, será feita uma apresentação daquela teoria com uma reconstrução dos seus conceitos básicos. Após, será mostrado porque a cidadania e o Estado precisariam ser fortalecidos muito acima do padrão habitual das democracias existentes para cumprir adequadamente tal papel. Por último, será proposto que a melhor chance de alcançar e sustentar o alto grau de solidariedade social da cidadania e do Estado que são exigidos para realizar concretamente aquela sociedade justa está em uma educação cívica democrática e comunitarista.
ResumoO objetivo deste artigo é apresentar a Filosofia da Educação de Richard Rorty, através da sua análise da educação como sendo dividida em dois processos distintos: socialização e individualização. A seguir, pretende-se mostrar duas críticas, a de conservadorismo e a de elitismo, que se dirigem a estes processos. Finalmente, será feita uma redescrição das posições de Rorty, atribuindo um caráter reformista ao seu aparente conservadorismo e um caráter privado à individualização supostamente elitista, a fim de enfraquecer a força daquelas críticas.Palavras-chave: Filosofia da educação. Política cultural. Democracia. Richard Rorty.
AbstractThis paper aims of is to present Richard Rorty's Philosophy of Education, through his analysis of the education as being divided into two distinct processes: socialization and individualization. Thereafter, it is intended to show two critiques, of conservadorism and elitism, that are addressed to these processes. Finally, a redescription of the Rorty's positions will be proposed, by assigning a reformist character to its apparent conservatism and a private character to the supposedly elitist individualization, in order to weaken the strength of those critics.
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