O descontrole na exploração de carvão nos municípios da região Sul de Santa Catarina resultou em diversas áreas degradadas que necessitam de intervenção humana nos processos de recuperação. Entretanto, os modelos tradicionais de recuperação dessas áreas restringem-se a cobertura do solo e plantio de espécies nativas. É de extrema importância que os novos modelos de recuperação levem em consideração os processos de interação animal-planta, em especial a polinização, devido a sua relação com a perpetuação das espécies vegetais. Diante disso, o presente estudo visou analisar as interações entre os insetos visitantes florais e a vegetação em uma área em reabilitação após mineração de carvão no município de Siderópolis, SC. Por meio de coletas mensais, durante um ano, as espécies em floração foram devidamente acompanhadas, e os insetos encontrados visitando as flores foram capturados com o uso de rede entomológica. Foram encontrados 601 insetos, distribuídos em três ordens, Hymenoptera (S = 44, n = 473), Diptera (S = 31, n = 92) e Lepidoptera (S = 9, n = 36). As abelhas (Apidae) representaram mais da metade do número total, com 381 indivíduos amostrados. Em relação às plantas visitadas, foram registradas 26 espécies em floração que receberam visitados por insetos. A família Asteraceae atraiu a maior abundância e riqueza de espécies visitantes florais, seguido por Anacardiacea, representada pela espécie Schinus terebinthifolia, e Ludwigia sp. da família Onagraceae. Concluímos que as plantas utilizadas na recuperação da área estudada, em conjunto com a vegetação espontânea que se estabeleceu na área, têm a capacidade de aumentar a diversidade biológica no que diz respeito às relações ecológicas, principalmente, entre insetos e plantas. Ressaltamos, ainda, a importância do desenvolvimento de estudos que englobam as interações entre insetos e suas plantas visitadas em áreas degradadas para avaliar a eficiência do processo de recuperação.
A mosca-do-broto da mandioca, Neosilba perezi (Diptera: Lonchaeidae), é uma praga chave da cultura da mandioca no Sul do Brasil. As fêmeas desta espécie ovipositam nas brotações e as larvas, ao se alimentarem, impedem o crescimento da planta, após destruírem seu meristema apical. Isto resulta em perdas de ramas e na produção de raízes dependendo do cultivar. Existem poucos estudos sobre sua biologia, assim, esta pesquisa teve como objetivo analisar a influência da temperatura no desenvolvimento pupal da mosca-do-broto da mandioca. As pupas da mosca-do-broto foram mantidas em laboratório em três diferentes temperaturas constantes: 10°C, 25°C e 30°C. Foram detectadas diferenças significativas entre as temperaturas testadas. A temperatura de 25°C proporcionou o melhor desenvolvimento pupal com maior formação de adultos viáveis, enquanto a baixa temperatura (10°C) retardou o desenvolvimento e resultou em maior número de adultos deformados. A 30°C, o tempo pupal foi menor, porém o número de adultos deformados também foi maior. Esses resultados indicam que a sobrevivência da mosca-do-broto está diretamente relacionada à temperatura. Durante o período de entressafra, ou seja, quanto mais frio for o inverno na região, menor tenderá ser a população de moscas no próximo ciclo de cultivo.
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