No dispositivo da racialidade, encena-se a agonística entre o poder racista e a resistência a ele. Este artigo retoma o Movimento da Negritude e suas repercussões para traçar as transformações pelas quais o dispositivo tem passado até chegar às práticas de letramento racial que produzem sujeitos críticos à naturalização da racialização. Nesse percurso, aborda de forma introdutória o conceito de branquitude e os Estudos Críticos da Branquitude. Além disso, relaciona o letramento racial ao conceito foucaultiano de técnicas de si a fim de evidenciar tanto as características de prática e exercício compartilhadas por ambos quanto os efeitos de subjetivação produzidos. Ao longo do artigo, conceitos de Émile Benveniste são empregados para ilustrar a maneira como a intersubjetividade tem papel fundamental na produção da subjetividade.
Desde sua publicação em 1969, “Semiologia da língua” tem sido objeto de variadas análises devido ao seu potencial de revolucionar os estudos do sentido. Analisa-se aqui uma leitura desse artigo de Émile Benveniste operada pela socióloga Vicky Kirby a fim de evidenciar os conceitos de signo e sistema de significação que estão em jogo tanto na perspectiva pós-humanista de Kirby quanto na perspectiva linguística que privilegia o sentido de Benveniste. Após explorar alguns pontos de divergência com a autora, propõe-se, ao final do texto, a inserção de um conceito estranho à semiologia benvenisteana como exercício de autorreflexão teórica.
O conceito de signo linguístico desde a crítica de 1939 à maneira como foi postulado pelo Saussure do Curso de Linguística Geral (CLG) constitui um ponto alto no pensamento de Èmile Benveniste e já foi abordado por grandes leitores tanto de Saussure quanto do linguista francês, como Claudine Normand e Simon Bouquet. Os manuscritos recentemente publicados em que o criador da Teoria da Enunciação analisa a poética de Baudelaire trazem novo fôlego a essa discussão que já dura mais de sete décadas. Esse artigo procura percorrer o pensamento benvenisteano e mostrar a evolução do conceito de signo linguístico em sua obra relacionando-a ao pensamento saussureano no CLG e nos Escritos de Linguística Geral.
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